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Black Friday brasileira: vendas caem 8,3% em relação a 2019, diz Cielo

Enquanto setores como turismo e vestuário caíram, supermercados e lojas de material de construção conseguiram superar as vendas de 2019

Black Friday brasileira: evento foi criado em 2019 pela Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Black Friday brasileira: evento foi criado em 2019 pela Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) (Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Carolina Ingizza

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 15h35.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 15h48.

A Cielo fez um balanço da Semana do Brasil 2020, conhecida como a Black Friday brasileira, que aconteceu de 3 a 13 de setembro. Apesar dos esforços do varejo, as vendas de 2020 foram 8,3% menores do que as de 2019. Os dados foram divulgados em primeira mão por Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral do Gouvêa Ecosystem, nesta terça-feira, 15, no Global Retail Show

Alguns setores registraram quedas mais significativas, como turismo (-55,8%), bares e restaurantes (-33,6%), e vestuário (-28,3%). Mas nem todos sofreram. As lojas de móveis e eletrodomésticos registraram alta de 7%, os supermercados cresceram 13,2% e o setor de material de construção subiu 21,3%. 

Em média, o varejo físico registrou uma queda de 10,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O e-commerce, por sua vez, cresceu 10,3%. Desconsiderando o turismo e transporte, o comércio eletrônico cresceu cerca de 90%. 

Gouvêa afirma que o resultado negativo não deve ser interpretado como uma derrota. Por causa da pandemia, o varejo estava com números ruins mesmo antes da semana promocional. No final de agosto, a queda em relação ao mesmo período de 2019 era de 18,4%. “O que era negativo ficou menos negativo. Essa melhoria de 10 pontos percentuais é semelhante a que tivemos no ano passado em relação a 2018”, diz o especialista.

Criada pela Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) em 2019, a Semana do Brasil 2020 prometia descontos de até 70% para os consumidores. O objetivo do governo era impulsionar as vendas do varejo nacional. Grandes empresas de diversos segmentos, como Magazine Luiza, brMalls e Sephora aderiram à campanha.

No ano passado, cerca de 3.000 lojas participaram da chamada “Black Friday verde e amarela”. Segundo levantamento realizado pela Cielo, na comparação com o mesmo período de 2018, a Semana do Brasil de 2019 fez o varejo crescer 11,3%. O setor de móveis e eletrodomésticos foi um dos que registraram maior aumento de vendas, com crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior.

 

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