Semana do Brasil: em 2019, as vendas cresceram 41% durante o período da campanha (Andrey Rudakov/Bloomberg/Getty Images)
Carolina Ingizza
Publicado em 8 de setembro de 2020 às 14h01.
Na quinta-feira passada, dia 3, começou a chamada Black Friday brasileira. Criada pela Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a "Semana Brasil 2020" promete descontos de até 70% para os consumidores.
Pelo segundo ano consecutivo, a ideia do governo é usar a “Semana Brasil” para impulsionar as vendas do varejo nacional. Grandes varejistas de diversos segmentos, como Magazine Luiza, brMalls e Sephora aderiram à campanha.
Os pequenos negócios, por outro lado, sequer conhecem o evento. Pesquisa feita pela Loja Integrada (do grupo VTEX) com quase 600 empreendedores mostrou que 66% dos pequenos varejistas não conhecem a data e só 20% estavam se preparando para a semana de descontos.
Os pequenos comerciantes estão mais animados com a Black Friday tradicional, realizada na última sexta-feira de novembro. Cerca de 72% dos entrevistados estão com expectativas positivas pra o evento e 78% acreditam que irão faturar mais que na Semana do Brasil.
Outro estudo, feito pela consultoria Bip, mostra que os consumidores estão também mais entusiasmados com a Black Friday de novembro. “Quando comparamos as buscas da "Semana Brasil" com "Black Friday", o evento que está ocorrendo agora parece insignificante em relação ao que deve acontecer em novembro" afirma o consultor Wagner Pereira.
Para as empresas que decidiram participar do evento, a expectativa é que haja um alívio no caixa. Entre os segmentos com maior possibilidade de realizar vendas, Pereira cita os eletroeletrônicos, que tem mantido o fluxo de consumidores mesmo na pandemia.