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BeClub permite que empresários criem seus clubes de compras coletivas

Com investimento de R$5 milhões, plataforma deve reunir 800 clubes de compra até o final deste ano

Mercado de compras coletivas será dominado por poucos (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Mercado de compras coletivas será dominado por poucos (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 16h04.

São Paulo - A BeClub estréia no mercado de compras coletivas com uma proposta diferente: ser uma plataforma para que empreendedores criem seus próprios clubes focados em públicos segmentados.

Qualquer um pode se credenciar no site e fundar seu próprio clube de compras coletivas gratuitamente, negociando com parceiros para trazer ofertas orientadas ao seu público.

É o caso do Clube Jardins Todo Seu – um dos 18 clubes que inauguram a plataforma, prevista para começar a funcionar em 14 de fevereiro. Os fundadores do clube negociaram parcerias com restaurantes, academias e clínicas estéticas da região dos Jardins, em São Paulo, e vão oferecer cupons de até 50% de desconto nos serviços por meio da ferramenta.

Os lojistas que anunciarem em qualquer um dos clubes do site pagam uma taxa que varia de 10% a 15% do serviço oferecido ao BeClub, mais uma comissão para o dono do clube, que é negociada diretamente (em geral, em torno de 15%). 

Para garantir que o serviço se destaque entre os mais de 400 sites de compras coletivas que já estão em funcionamento no Brasil, os fundadores do BeClub dedicarão 80% dos 5 milhões de reais que serão investidos na companhia em seu primeiro ano de vida a iniciativas de marketing para divulgar a plataforma. O objetivo é atrair entre 1 milhão e 2 milhões de usuários para o site no prazo de um ano.

Segundo Luiz Pavão, diretor geral do BeClub, a expectativa da companhia é ter 800 clubes cadastrados até o final do ano. Cada um deles deve ter em média 10 novas ofertas todos os meses, com número médio de 60 cupons por oferta e valor médio de 35 reais.

De acordo com o executivo, a ideia é dar oportunidade aos pequenos anunciantes, que normalmente não conseguem se destacar nos grandes sites de compras coletivas. “Com duas a três ofertas por dia, eles têm um inventário limitado para oferecer e, em troca, exigem descontos e volumes que são agressivos demais”, aponta o executivo.

Na visão de seus criadores, o BeClub deverá ser uma plataforma de clubes de nicho, voltada a praças ou públicos específicos – entre os clubes estreantes figuram o Valekids, voltado a crianças, e o ABC da Viagem e Hospedagem, focado em turismo.

O modelo propõe que os donos de clubes funcionem como “curadores”, oferecendo sempre boas opções de negócios para fidelizar o seu público. “Eles entram com a tecnologia e o marketing e nós entramos com o networking”, explica Vanessa Sun Silberberg, fundadora do clube Jardins Todo Seu.

Além de oferecer o espaço virtual para criação do clube, os responsáveis pela plataforma prestam consultoria aos empresários que quiserem ingressar no ramo para evitar os problemas comuns de quem anuncia em sites de compras coletivas, como a falta de capacidade para atender a demanda gerada pelas ofertas e o erro no cálculo das margens, que pode inclusive levar a prejuízos.

Segundo o executivo, além de promover seus produtos e serviços a um custo menor do que o da publicidade tradicional, o empreender pode utilizar as compras coletivas como ferramenta para eliminar a ociosidade do seu negócio – uma pousada pode oferecer preços atrativos para baixa temporada ou um restaurante pode dar descontos para dias da semana em que o número de clientes cai, por exemplo.

De acordo com Pavão, o mercado de compras coletivas atingiu 10 milhões de usuários no Brasil em apenas 10 meses e deve superar o e-commerce tradicional ainda este ano.

Os fundos para a criação do BeClub foram levantados por um grupo de empresários do ramo de comércio eletrônico, entre eles Ricardo Ikeda, que desenvolveu a plataforma de e-commerce de sites como Submarino, LePostiche e NetShoes.

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