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Atitudes que podem ser consideradas assédio moral no trabalho

Muitas atitudes do empreendedor podem constranger os funcionários e gerar problemas sérios para a empresa. Não vacile, veja o que pode ser assédio moral:

Assédio moral: cuidado para não tornar o clima na sua empresa um inferno (Divulgação)

Assédio moral: cuidado para não tornar o clima na sua empresa um inferno (Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 15h07.

Atitudes que podem ser consideradas assédio moral no ambiente de trabalho

Há uma grande quantidade de atitudes de um gestor que causam constrangimentos ao funcionário. E, resumidamente, o assédio moral ocorre ao se colocar um indivíduo em uma situação constrangedora repetidamente. Duas vezes já caracterizam repetição.

Compreender e evitar essas situações são atitudes fundamentais para a retenção dos funcionários, preservar o clima organizacional e atrair novos talentos para a organização. Se não por isso, servem também para reduzir os riscos jurídicos da empresa.

Entre as atitudes mais comuns de assédio moral está o feedback negativo de maneira não apropriada. Criticar alguém em voz alta na frente de seus colegas de profissão é constrangedor. Além de desmotivar e desmoralizar a pessoa, causa medo em todos os demais, de que o mesmo ocorra com eles. Feedback é a competência que exige mais treinamento por parte dos líderes, e sua execução errada é motivo recorrente de assédio moral.

Uma situação mais sutil ocorre quando o líder estabelece metas inalcançáveis para o subordinado. É o caso de, em plena crise econômica, o gerente definir que as vendas devem aumentar 20%, por exemplo. Como alguém cumprirá isso? E, se o fizer, qual o custo pessoal envolvido em horas sem dormir, ausência no ambiente familiar e um grande estresse?

Outra situação comum, mas também discreta, é a do líder que não oferece informações necessárias para que o funcionário execute a tarefa de maneira apropriada, em menor tempo ou com maior qualidade. Em casos extremos, o líder induz o profissional ao erro.

Observe que isso causa, propositalmente, um ciclo no qual o funcionário faz algo errado e recebe um feedback negativo; na sequência, nova tarefa, também com os mesmos vícios de comportamento da liderança, e o processo se repete.

A vítima, por fim, acredita que não é capaz de fazer as tarefas sob sua responsabilidade, se desmotiva e, ou pede demissão, ou transforma-se em alguém resignado. É tudo que a empresa não precisa, principalmente se for um profissional com qualidade e que necessite apenas de um ambiente saudável para desenvolver suas atividades.

Muitos gestores se surpreenderiam com a resposta à seguinte pergunta: por quais doenças de meus liderados eu sou responsável? A qualidade de vida de todos diminui quanto menos consciente for um gerente de suas responsabilidades, não apenas com o resultado, mas também com a maneira como ele é obtido.

Ele pode causar um clima desanimador, estressante e empobrecedor, ou promover um ambiente relevante, marcante e inspirador.

O assédio moral é cada vez mais identificável e intolerável nas organizações. Um bom líder sabe evitá-lo e reprimir aqueles que o fazem. Afinal, se queremos resultados duradouros, devemos fomentar a permanência na empresa dos melhores talentos, de maneira saudável e produtiva.

Vamos em frente!

Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching.

Envie suas dúvidas sobre gestão de pessoas para pme-exame@abril.com.br.

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