As lições de Wizard e mais 5 empreendedores sobre sucesso
O que um piripaque, um cheque e o Bill Gates têm em comum? Todos eles foram pontos de “virada” na vida desses empreendedores brasileiros.
Carlos Wizard Martins: ele deixou de ser professor para ser empreendedor
(Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2016 às 10h39.
Você já deve ter vivido algo assim. Um momento de coragem, em que você desafiou a razão para fazer o que realmente acreditava. Quem via de fora poderia até chamá-lo de louco. Provavelmente, surgiu quando você menos esperava: um acontecimento que o obrigou a se reinventar, aquela oportunidade que não ia aparecer duas vezes ou uma conversa que o inspirou a fazer o que parecia impossível: estava aí o seu Day1.
Empreender tem muito disso: olhar o que ninguém vê e acreditar nisso com todas as suas forças. E é isso que você vai encontrar nas histórias de empreendedores como Nizan Guanaes, fundador do Grupo ABC, um dos maiores grupos de comunicação do mundo; Carlos Wizard, fundador da Wizard e da Sforza Holding; e Renato Saraiva, fundador do CERS, maior portal de cursos preparatórios online para a OAB.
Se você não conseguiu acompanhar o evento, não deixe de conferir o vídeo com as histórias na íntegra, no pé desta matéria. Mas, para dar um gostinho de tudo que aconteceu no palco, veja agora os melhores momentos do Day1 2016:
Cristina Boner e Bill Gates
Até onde você iria para chamar a atenção de alguém que admira muito? Cristina Boner contratou um avião para passar o dia inteiro sobrevoando prédios à procura de Bill Gates. Mas não vamos começar uma história pelo final.
Durante muitos anos, o que tirou o sono de Cristina era sua situação financeira. E foi dessa busca por crescer financeiramente e profissionalmente que ela jogou toda sua formação fora e mergulhou de cabeça em um tecnólogo. No começo, ela nem sabia direito como os computadores funcionavam, mas foi com a cara e coragem mesmo assim.
Depois de formada, Cristina foi contratada por uma grande empresa e, por mais louca que a rotina de trabalho fosse, ela finalmente estava melhorando de vida. Depois de seis anos, a futura empreendedora mudou de emprego e foi explorar a área de vendas. Durante esse tempo, também chegou ao mercado a Microsoft.
Curiosa como era, Cristina escreveu à empresa e falou que queria ser uma parceira beta para testar o programa. Em menos de dois meses, ela recebeu uma carta de confirmação e começou o projeto. Quando viu o potencial da iniciativa, uma ideia surgiu em sua mente: iria abrir seu próprio negócio. A Microsoft cresceu e a nova empresa de Cristina também e foi aí que ela descobriu que Bill Gates viria para o Brasil.
Como não a deixavam chegar perto do empreendedor, ela comprou uma faixa e pediu para um amigo passar pela cideade com "Welcome Bill Gates" nela, junto com o nome da empresa.
Por mais improvável que possa parecer, no dia seguinte, ela finalmente o conheceu! E essa não foi a única loucura da empreendedora. Ela também foi até a Índia vender sua ideia e saiu com um sócio e muitas novas fábricas. Não deixe de conferir o vídeo na íntegra para saber mais sobre as suas aventuras.
Renato Saraiva e a revolução dos cursos online
Ao relembrar sua infância e juventude, Renato conta um dos fatos que mudou sua vida: a entrada na aeronáutica. Depois de terminar um curso para professores, Renato estava andando de ônibus pela cidade quando viu, na frente de uma casa, uma faixa com o anúncio da prova para sargento da aeronáutica. Por muitos motivos, aquela frase fez todo sentido para o empreendedor que, no mesmo instante, se inscreveu para o curso preparatório.
O pouco tempo até a prova fez com que Renato não passasse, mas esse não foi o fim da história. O empreender conta que não desistiu: Eu queria vencer e a única maneira de fazer isso era estudando. Então comecei a me dedicar e estudar 14–16h por dia.
Depois de encarar 16 mil candidatos e quatro dias de prova, o resultado finalmente saiu: Renato era o 11º do Brasil, 5º do Rio e 2º do curso.
Saraiva ficou 2 anos na escola, como sargento da aeronáutica. Com o saldo, conseguiu pagar a própria faculdade de direito. Passou no concurso para oficial de justiça do trabalho no RJ e depois em um concurso para trabalhar em Recife.
Quando fui pra Recife, comecei a dar aula em curso preparatório para concurso. Comecei a ficar famoso, meus livros vendiam, mas mesmo depois de tudo eu sentia que faltava algo.
O modo como as escolas lidavam com educação não parecia o correto para Renato. Ele queria fazer um curso do seu jeito, com foco nas pessoas e professores e, principalmente, acreditando nos alunos do curso. E foi com esse pensamento na cabeça que surgiu o CERS.
O sonho tomou forma quando Renato passou na frente de uma casa que caia aos pedaços, mas parecia chamar o empreendedor. E foi assim que Renato juntou todas suas economias e comprou o local.
"Contra tudo e contra todos, esse foi o meu Day1. Eu juntei tudo e investi no curso. Fui procurar meu sonho, foi difícil para caramba."
Ele conta que na época vendeu tudo que tinha e investiu mais de um milhão de reais no negócio. Mas, mesmo assim, a empresa enfrentava muitos desafios. Foi nesse período que uma professora deu a Renato uma ideia: por que você não monta o curso online? E aí a empresa começou a decolar.
A história da CERS é cheia de desafios e surpresas, mas, nas palavras do empreendedor: Empreender é correr riscos, mas isso é muito bom. Você sabe quanto vale uma ideia? Não vale nada. Mas uma ideia executada, essa sim vale muito.
As aulinhas de inglês de Carlos Wizard
A fé de Wizard não moveu montanhas, mas encurtou distâncias e fez com que sua rede de ensino se espalhasse por todo o mundo. Claro, a isso podemos acrescentar uma pitada de sonho grande, uma porção de pessoas certas e muita resiliência.
Por mais que sua história seja cheia de surpresas, de uma coisa temos certeza: quando Wizard, ainda jovem, abriu a porta para três mórmons, ele não fazia ideia que estava acolhendo o sonho que guiaria sua jornada.
Com 17 anos, Wizard saiu de Curitiba com uma mochila nas costas e 100 dólares no bolso, com destino a NY. Ele ficou 2 anos estudando nos EUA, mas nunca conseguiu uma faculdade já que ainda não tinha completado o ensino médio no Brasil. Depois de muitas aventuras Wizard voltou para Curitiba, mas ele ainda não se sentia satisfeito. Resolveu juntar dinheiro e fazer uma faculdade fora.
Ele se formou em computação e, ao voltar para o Brasil, começou a trabalhar como analista de sistemas até que um amigo perguntou se ele podia dar aulas de inglês. E foi nesse momento que Wizard começou a se perguntar: será que eu deveria abrir uma escola?
Eu tinha um negócio embrionário nas mãos, mas não sabia onde eu ia fazer minha fortuna.
Muito se passou até que a ideia finalmente tomasse forma, mas, depois de passar por um túnel escuro e cheio de surpresas a cada esquina, Wizard deixou de ser professor para ser empreendedor.
Os diferentes lados de Gustavo Ziller
Depois de apagar em seu carro, Ziller resolveu mudar de vida e retomar seus Gustavos de muitos anos atrás. Com a ideia de aplicar um truque em sua própria mente, o empreendedor reviveu sua história e separou aqueles momentos em que mais se sentiu feliz consigo mesmo.
Eu sempre tive prazer de ficar rodando por ambientes criativos e viver novas experiênicias. Esse era o Gustavo que eu queria resgatar.
Além do Gustavo que alimentava sua mente com inovação e criatividade, Ziller também sentia falta do Gustavo que morou em Londres em 95. Ele queria resgatar aquele menino que recebia todo dia uma dose de criatividade diferente e tinha grandes oportunidades na vida.
Mas esse também não era o único perfil que Ziller sentia falta. Ele queria ser o homem pelo qual sua esposa se apaixonou, aquele que dizia mais sim do que não e tinha muito contato com as pessoas.
Conhecer gente o tira do lugar. Esse terceiro Gustavo estava esquecido bem lá no fundo da minha memória.
O quarto Gustavo era aquele que sempre inspirava as pessoas. Ziller queria voltar a ser um garoto do rock and roll. Uma pessoa que questiona mais do que pergunta, que está sempre inquieto em busca de algo novo. Depois de muito trabalho, Ziller conseguiu fazer essa disrupção e conta que esse 4º Gustavo é como um bicho de estimação que nunca mais sai do lado dele.
O 5º era um lado que aceitava as oportunidades sem pensar duas vezes. Esse foi o momento em que o empreendedor percebeu que podia estar mais do que ser. Esse 5º Gustavo me arremessou para o mais legal, aquele que que é viciado em loucura.
Ziller começou a pensar em como pessoas comuns fazem coisas incríveis e foi aí que ele entendeu que a sua meritocracia era de gente, que ele era, na verdade, um empreendedor de gente. O seu Day1 foi o dia em ele percebeu o poder de inspirar pessoas.
Nizan Guanaes e o despertar do sonho
Março de 90 é uma data que Nizan não vai esquecer tão fácil. Logo depois de conseguir um investimento de muitos dígitos para sua ideia, o governo Collor congelou seus recursos. O choque de realidade foi tão grande que o empreendedor ficou um dia inteiro deitado na cama, até que algo estalou em sua mente:
A solução não vai vir até mim, eu tenho que levantar. O empreendedorismo é a gestão dos seus sonhos, é a resiliência e a capacidade de aprender com seus erros e com os dos outros."
E essa não foi a única pedra no sapato do empreendedor. Quando ainda era jovem, Nizan queria ser o melhor redator publicitário do Brasil. Seu sonho grande era fazer uma das melhores agências do mundo e ele conseguiu isso ainda muito novo, mas a conquista veio em uma época em que ele ainda precisava desenvolver suas habilidades.
Eu me achava o onipotente. Peguei meu dinheiro e fui investindo em tudo que via pela frente, achando que podia ser bom em tudo
Isso tudo dispersou completamente o caminho do empreendedor. Por causa da sua incapacidade em aprender com os erros, Nizan perdeu tempo e dinheiro.
Tudo isso mudou depois dele ser o CEO do IG com Jorge Paulo Lemann, Marcel e Beto Sucupira. De toda trajetória e lições, o que mais aprendemos com Nizan é a renovação dos sonhos e inspiração.
Empreender é o que você faz do momento em que acorda até a hora que vai dormir. É a gestão do seu sonho. O empreendedorismo é o problema que você tira da cama. Quando levaram o meu dinheiro, o sonho ficou. E um sonho não se faz sozinho.
Os 6 conselhos que Salim Mattar não seguiu
Abrir uma empresa nem sempre foi o sonho de Salim. Quando pequeno, encantado pelos sons do piano que um amigo sempre tocava, ele queria ser pianista. O sonho não foi muito longe depois que Salim contou para sua família o que ele queria ser quando crescesse.
Meu pai ficou tão bravo que me olhou nos olhos e disse: você vai crescer, ganhar dinheiro, comprar uma casa e comprar os discos de pianistas que quiser, mas você vai abrir um negócio.
Passaram-se os anos e Salim foi ser office boy de uma exportadora de Minas. Na sua primeira semana de trabalho, seu chefe pediu para que ele pagasse uma conta. Chegando na empresa onde ele deveria entregar o dinheiro, seus olhos saltaram ao ver o valor escrito no cheque. Salim começou a fazer as contas e percebeu que aquele negócio dava certo. Eu paguei uma conta e defini a minha vida. Esse foi meu Day1.
Com 23 anos, o empreendedor começou seu negócio. Mas, como bom menino do interior, antes de tudo Salim foi se aconselhar com pessoas mais velhas. O primeiro choque foi saber que todo mundo era contra sua ideia. Na verdade, quase todos. O sócio do empreendedor era tão louco quanto ele e apostou no projeto. Esse foi o primeiro conselho que Salim ignorou.
A empresa cresceu, ganhou investimentos e parecia não precisar de mais nada, até que Salim teve a ideia de expandir o negócio. Nessa hora ele foi chamado de louco pela segunda vez, agora pela pessoa que cuidava das suas finanças.
Mais uma vez, ele desafiou a razão e foi em frente. Nos anos 80, eles já eram líderes de mercado. E o empreendedor não parou por aí. Movido pela inovação, Salim queria trazer o sistema de franchising para o Brasil.
Mais uma vez, lá foi ele pedir conselhos para os mais experientes. O que ele ouviu, agora sem surpresas, era que a ideia não tinha como dar certo. Contrariando o terceiro conselho, Salim criou a Localize-se.
Nos anos seguintes, ele quebrou paradigmas ao vender carros diretamente para seus consumidores finais e abriu o capital da empresa. Foram vários conselhos ignorados, mas muitas lições aprendidas e uma história que faz muitos empreendedores acreditarem no impossível.
São Paulo – Os donos de negócio já sabem que se capacitar é essencial para que seus empreendimentos tenham sucesso. A leitura é a forma preferida de muitos empreendedores na hora de aprender pela teoria: essa é a receita de empreendedores como Bill Gates, Elon Musk, Mark Zuckerberg e Warren Buffett, por exemplo. Diante do mar de livros disponíveis atualmente, como descobrir quais obras valem a pena? Uma boa dica pode ser olhar justamente para as recomendações dos grandes empreendedores e ver quais delas se adequam à realidade do seu negócio. Selecionamos alguns livros que terão um lugar garantido na sua estante - e contamos o porquê. Navegue pelos slides acima e confira quais são essas obras.
2. 1. Alberto Saraiva — O sucesso não ocorre por acasozoom_out_map
2/17(EXAME e Reprodução)
Alberto Saraiva passou um tempo conciliando diferentes comércios e o curso de medicina, mas preferiu a primeira opção. Um dia, um senhor idoso veio pedir emprego ao empreendedor, contando que sabia fazer diversas comidas árabes. Saraiva o contratou e aprendeu mais dessa culinária. Em um papel, escreveu tudo que o brasileiro mais aceitava e usou sua filosofia do preço baixo. Assim nasceu a primeira unidade do Habib’s, rede fast food de comida árabe (conheça mais sobre a história de Saraiva). Um livro que marcou a trajetória do empreendedor foi O sucesso não ocorre por acaso, que argumenta que o êxito, seja nos negócios ou em qualquer aspecto da vida, não é resultado da sorte, mas sim de estar preparado para enxergar e agarrar as oportunidades. “Esse livro marcou tanto a minha vida que trouxe o Lair [Lair Ribeiro, autor do livro] para falar para os meus funcionários na primeira oportunidade que tive”, contou a EXAME.com. O sucesso não ocorre por acaso Autor: Lair Ribeiro Editora: Objetiva
3. 2. Alexandre Costa — Qual é a tua obra?zoom_out_map
3/17(Alexandre Battibugli/EXAME e Reprodução)
Com apenas 17 anos, Alexandre Tadeu da Costa ingressou no ramo dos chocolates. O empreendedor acabou criando uma das redes de franquias mais bem sucedidas do Brasil: a Cacau Show. Qual é a tua obra?, livro do filósofo e palestrante Mario Sergio Cortella, é uma das leituras recomendadas por ele a quem quer empreender. Na obra, Cortella fala sobre as inquietações do mundo corporativo. Ele define o líder espiritualizado como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de fundamentá-la, buscando sempre o significado de tudo que o rodeia. “Com ele [o livro], me aprofundei ainda mais nas questões de liderança, tema muito importante para um empreendedor, e na questão da inovação, ou seja, a capacidade de se reinventar a cada dificuldade encontrada no caminho”, destacou Costa em entrevista a EXAME.com. Qual é a tua obra? Autor: Mario Sergio Cortella Editora: Vozes
4. 3. Bill Gates — Aventuras Empresariaiszoom_out_map
4/17(Getty Images e Reprodução)
Bill Gates, da Microsoft, recebeu uma bela recomendação deste livro: quem a deu foi o megainvestidor Warren Buffett. Aventuras Empresariais conta com uma série de artigos do jornalista John Brooks para o veículo The New Yorker. A obra mostra que o poder das decisões é capaz de alavancar uma empresa ou dizimá-la. “O trabalho de Brooks é um grande lembrete de que as regras para administrar um negócio forte e criar valor não mudaram. Primeiro, há um fator humano essencial em cada empreendimento empresarial. Não importa se você tem um produto perfeito, um plano de produção ou um pitch de marketing; você ainda precisará das pessoas certas para liderar e implementar esses planos”, escreve Gates. Aventuras Empresariais (“Business Adventures") Autor: John Brooks Editora: Best Business
5. 4. Bill Gates — Por que algumas pessoas fazem sucesso e outras nãozoom_out_map
5/17(Getty Images e Reprodução)
Em Por que algumas pessoas fazem sucesso e outras não, Carol Dweck mostra que inteligência mental e talentos não são algo pré-determinado. Contra uma “mentalidade fixa”, ela sugere uma “mentalidade de crescimento”: acreditar que habilidades podem ser desenvolvidas, como músculos do corpo. É impossível saber de antemão no que você irá de destacar. Bill Gates conta em uma resenha que uma das razões para ele ter amado este livro é o foco em solução que a obra possui. “A melhor virtude deste livro é que você não tem como deixar de se perguntar ‘para quais áreas eu sempre olhei com uma mentalidade fixa?’ e ‘de que formas eu estou mandando a mensagem errada para meus filhos sobre mentalidade e esforço?’”, escreve o criador da Microsoft. “Graças ao coaching habilidoso de Dweck, é quase certo que você irá responder essas perguntas difíceis com uma mentalidade de crescimento.” Por que algumas pessoas fazem sucesso e outras não (“Mindset: The New Psychology of Success”) Autor: Carol Dweck Editora: Fontanar
6. 5. Carlos Wizard — A Universidade de Sucessozoom_out_map
6/17(Alexandre Battibugli/EXAME e Reprodução)
A Universidade do sucesso é uma referência fundamental para quem quer se tornar um empreendedor bem-sucedido. É o que defende o empreendedor Carlos Wizard, que hoje gerencia a rede de produtos naturais Mundo Verde. “Em minha opinião, ele possui a maior coletânea de tópicos de diversas áreas do conhecimento que um empreendedor terá que lidar em seu dia a dia”, destacou o empreendedor a EXAME.com. Alguns assuntos sobre os quais a obra trata são como usar melhor suas qualidades; como encontrar coragem para correr riscos; como parar de adiar decisões; como construir reservas financeiras; como se comportar como vencedor; e como ser dono de sua vida. Ao todo, são 50 lições. A universidade do sucesso Autor: Og Mandino Editora: Record
7. 6. Guilherme Paulus — Lee Iacocca: uma autobiografiazoom_out_map
7/17(Germano Lüders/EXAME.com e Reprodução)
O fundador da CVC, Guilherme Paulus, diz que uma grande influência em sua carreira empreendedora foi a autobiografia de Lee Iacocca. Em “Lee Iacocca: uma autobiografia”, o empresário conta como superou o baque de ser demitido após 32 anos de dedicação à Ford. Em seguida, assumiu a presidência da Chrysler, que logo enfrentaria uma dura crise. Coube à Iacocca tirar a empresa da falência. “Mesmo em face de todos esses problemas, ele não desistiu de vencer. A derrota nunca foi uma alternativa na sua vida”, destacou Paulus a EXAME.com. “Além disso, o livro mostra que as pessoas que chegaram num posto muito elevado são seres humanos, que também passaram por dificuldades e cometeram erros”, ele acrescenta. Lee Iacocca: uma autobiografia Autor: Lee Iacocca Editora: Editora de Cultura
8. 7. Guilherme Paulus — O maior vendedor do mundozoom_out_map
8/17(Germano Lüders/EXAME.com e Reprodução)
Outro livro que o empreendedor Guilherme Paulus, da CVC, colocou em sua estante é “O maior vendedor do mundo”. A obra conta a história de Hafid, um pobre guardador de camelos que alcança a riqueza. Paulus adotou como lema a máxima do livro: superar os feitos dos concorrentes é bom, mas superar os próprios feitos é tudo. “É preciso saber combinar amor e paixão pelo que se faz a um sistema eficaz de vendas, para ter saúde física e mental admirável, além de poder e riqueza”, disse a EXAME.com. Este livro também está na lista dos melhores de Alberto Saraiva, o criador da rede de alimentação Habib’s. O maior vendedor do mundo Autor: Og Mandino Editora: Record
Elizabeth Holmes, fundadora e CEO da empresa de tecnologia e saúde Theranos, inspira-se com a coleção de ensaios filosóficos de Marco Aurélio. O imperador romano escreve, em seu livro, que a única maneira de um homem ser atingido pelos outros é ao permitir que sua reação tome conta. A negação das grandes emoções libertariam o homem das dores e prazeres do mundo material, para o autor. A empreendedora leu o livro “de novo e de novo” antes de lançar sua empresa, informa um perfil da New Yorker. Pode ser uma boa pedida para o empreendedor que busca ser mais resistente aos altos e baixos do mundo dos negócios. Meditações (“Meditations”) Autor: Marco Aurélio Editora: Kiron
Elon Musk, o CEO da Tesla e da SpaceX, inpira-se em uma personalidade do passado: Benjamin Franklin. “É possível ver como ele era um empreendedor”, conta em uma entrevista ao Foundation. “Ele começou do nada.” Sabendo disso, não é de surpreender que um de seus livros favoritos é Benjamin Franklin, biografia de Walter Isaacson sobre o inventor conhecido especialmente por suas experiências com a eletricidade. As descobertas científicas e ideias empresariais e filosóficas de Franklin reverberaram mundo afora. Ele é considerado uma das figuras mais influentes de sua época, ajudando a moldar os Estados Unidos e, de forma geral, o mundo moderno. Benjamin Franklin Autor: Walter Isaacson Editora: Companhia das Letras
11. 10. Jack Dorsey — Checklist: como fazer as coisas benfeitaszoom_out_map
11/17(Reuters e Reprodução)
O empreendedor Jack Dorsey, co-fundador da rede social Twitter, já tuitou que trouxe pilhas do livro Checklist: como fazer as coisas benfeitas para distribuição na empresa, de acordo com o Business Insider. Além disso, todos os funcionários do serviço de pagamentos Square, outra empresa de Dorsey, recebem uma cópia da obra no seu primeiro dia de trabalho. Por que esse livro é tão valorizado por Dorsey? Nele, o cirurgião e escritor Atul Gawande parte de relatos de cirurgias de risco para refletir sobre como profissionais lidam com a complexidade crescente de suas funções. O autor mostra como o “checklist” (lista de tarefas) evita desperdícios, erros graves e até catástrofes. Inclusive no empreendedorismo, o planejamento pode fazer toda a diferença. Checklist: como fazer as coisas benfeitas (“The Checklist Manifesto”) Autor: Atul Gawande Editora: Sextante
Jack Dorsey também recomenda outro livro: a obra Tao Te Ching é sua possessão mais valiosa, diz o empreendedor. Esse antigo texto chinês, atribuído ao filósofo Lao Tsé, é composto por poemas que discutem o “Tao”: a força por trás de tudo, segundo o Taoísmo. Alguns dos temas explorados são a humildade da condição humana e a impossibilidade de compreender os movimentos do universo. Tao Te Ching Autor: Lao Tsé Editora: Martin Claret
13. 13. Jeff Bezos — O Dilema da Inovação: quando as novas tecnologias levam empresas ao fracassozoom_out_map
13/17(Getty Images e Reprodução)
Um dos livros que Jeff Bezos, o líder da Amazon, tem em sua estante é O Dilema da Inovação, de Clayton Christensen. A obra apresenta um conceito que muitos empreendedores já conhecem: o de inovação disruptiva. Christensen mostra por que boas empresas, mesmo sendo competitivas, ouvindo os clientes e investindo agressivamente em novas tecnologias, perderam a liderança no mercado quando se confrontaram com mudanças tecnológicas de ruptura (e como evitar um destino semelhante). Bezos faz seus gerentes seniores lerem o livro para uma reunião durante o verão americano para refletir sobre a obra, em uma espécie de “clube do livro" da Amazon. O Dilema da Inovação - Quando As Novas Tecnologias Levam Empresas Ao Fracasso (“The Innovator’s Dillema: When New Technologies Cause Great Firms to Fail”) Autor: Clayton Christensen Editora: M. Books
O Gestor Eficaz é um livro de Peter Drucker, um muito conhecido autor na área de administração. A obra mostra como a eficácia pode ser aprendida – sem ela, nenhum dono de empresa consegue comandar de forma adequada. Este é outro livro que Bezos obriga seus gerentes seniores a lerem para o “clube do livro” durante o verão americano, diz o Business Insider. O Gestor Eficaz (“The Effective Executive”) Autor: Peter Drucker Editora: LTC
15. 14. Peter Thiel — Coisas ocultas desde a fundação do mundozoom_out_map
15/17(Getty Images e Reprodução)
O bilionário Peter Thiel, co-fundador do PayPal e um dos primeiros investidores externos no Facebook, é um admirador do livro do filósofo francês René Girard. Ele conta ao Business Insider que leu o livro Coisas ocultas desde a fundação do mundo pela primeira vez quando estava na graduação, na Universidade de Stanford. E isso afetou muito sua visão sobre o mundo e sobre negócios. Há dois pontos de atenção na obra, segundo o empreendedor: competidores ficam tão obsessivos quanto aos seus rivais que se esquecem de seus objetivos; e a intensidade desta competição não diz nada sobre seu real valor. Isso também pode ser aplicado ao mundo empreendedor: às vezes, é preciso nadar contra a corrente e esquecer a direção que o mercado está tomando. “Você pode não ter como escapar da imitação inteiramente, mas, se você reconhece o quanto isso nos move, você já está na frente de muitos”, diz Thiel. Coisas ocultas desde a fundação do mundo ("Things Hidden Since the Foundation of the World") Autor: René Girard Editora: Paz e Terra
16. 15. Sergey Brin — O senhor está brincando, Sr. Fenyman!zoom_out_map
16/17(Getty Images e Reprodução)
Sergey Brin foi inspirado a unir tecnologia e criatividade por conta de um livro, diz o Business Insider: a obra de aventuras vividas pelo físico Richard Fenyman, que ganhou o Prêmio Nobel na área por seu trabalho em eletrodinâmica quântica. Brin contou que, além de suas grandes contribuição à Física, Fenyman tinha uma mente aberta. “Eu lembro que, em um trecho do livro, ele explica como realmente queria ser um Leonardo [da Vinci]: um artista e um cientista. Eu achei isso bem inspirador. Acho que essa escolha leva a uma vida bem recompensadora.” O senhor está brincando, Sr. Fenyman! ("Surely You're Joking, Mr. Feynman!") Autor: Richard Feynman Editora: Campus
17. Está procurando mais inspiração? Então, confira estas histórias:zoom_out_map
Empresas como Netflix, Airbnb e Natura são conhecidas por estudarem o público e desenvolverem ações efetivas com foco no cliente. Entenda como o design thinking funciona na prática