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1. Visionário
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1/7 (Justin Sullivan/Getty Images)
O empreendedor visionário é aquele que consegue antecipar e às vezes até criar tendências, apostando em produtos e serviços à frente do seu tempo ou dando roupagens completamente novas a coisas que já existem. Steve Jobs, fundador da Apple, é um exemplo. “PCs, tocadores de MP3 ou tablets não foram invenções da Apple, mas ela foi quem melhor resolveu a interação destes produtos com os usuários”, destaca o professor Rene Rodrigues, do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da EAESP-FGV.
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2. Nerd
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2/7 (Ron Wurzer/Getty Images)
Bill Gates deu um novo sentido à adjetivo “nerd”. O fundador da Microsoft mostrou ao mundo que os gênios também sabem ganhar dinheiro. Rompendo com os estereotipos, mostrou que o primeiro aluno da classe não precisa passar o resto da vida confinado a um laboratório de universidade. O empreendedor nerd é aquele com alta capacidade intelectual, que mergulha fundo no seu objeto de interesse e é o grande responsável por idealizar as inovações da sua empresa. É verdade que muitas vezes os engenheiros mais brilhantes não são necessariamente o mais hábeis negociantes. Mas com o apoio necessário, podem causar um impacto e tanto no mundo. “Empreender não ter que ser uma caminhada solitária e é melhor que não seja. O empreendedor só ganha tendo alguém com um perfil complementar ao seu lado”, diz Afonso Cozzi, coordenador do núcleo de empreendedorismo da Fundação Dom Cabral. Gates, por exemplo, sempre teve Steve Ballmer como seu fiel escudeiro, ajudando-o a comandar a Microsoft, especialmente nas áreas menos técnicas da companhia.
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3. Acadêmico
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3/7 (Divulgação)
Não são raras as histórias de empreendedores que abandonaram os estudos para se dedicar a criar um negócio. É o caso de Bill Gates e Steve Jobs. Mas existem também os empreendedores que nascem no berço acadêmico e incorporam esta cultura a suas empresas. Acadêmicos “assumidos”, Sergey Brin e Larry Page desenvolveram o embrião do Google dentro da Universidade de Stanford. Até hoje a companhia valoriza muito o backgroung acadêmico dos profissionais ao fazer contratações. “É o tipo de empreendedor que se apóia fortemente na pesquisa para desenvolver seus produtos”, aponta Cozzi. “Só é preciso ter cuidado para aliar essa cultura à visão de mercado”, alerta.
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4. Libertário
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4/7 (Eirik Solheim/NRKbeta)
Muitos empreendedores têm dentro de si o impulso de transformar o mundo á sua volta, mas alguns levam essa missão mais a sério. São os empreendedores libertários, que revolucionam mercados e rompem paradigmas sem se preocupar com as conseqüências. Ganhar dinheiro não é a prioridade deles. É o caso do sueco Pete Sunde, fundador do Pirate Bay. O serviço foi o responsável por popularizar o compartilhamento de arquivos via protocolo BitTorrent, colocando em xeque o modelo de negócios das indústria do entretenimento. Sunde foi parar até no banco dos réus, mas não abandonou o barco. Linus Torvalds, o “pai” do Linux, é outro exemplo. Seu sistema operacional livre rompeu com o modelo de venda software consagrado pela Microsoft e, mesmo não se tornando predominante, é bastante popular, especialmente entre usuários corporativos. “O bom empreendedor é aquele que foge de tudo que é padrão”, define Cozzi, da Fundação Dom Cabral.
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5. Inquieto
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5/7 (Getty Images)
A inquietação é outra característica comum a muitos empreendedores. Alguns mal terminaram de fundar uma empresa e já estão se desfazendo do negócio só para reinvestir os ganhos com a venda em outra nova ideia. Um exemplo é Sean Parker, que fundou o Napster, o Plaxo e o Causes, além de ter colaborado com os criadores do Facebook nos seus primeiros anos de vida. “Parker é um exemplo típico da geração Y. Irrequieto, sempre buscando coisas novas”, destaca Rodrigues, da FGV. Embora a inquietação em excesso possa levar o empreendedor a cometer erros, na dose certa, é um importante combustível para o sucesso. Os empreendedores inquietos são fundamentais para fomentar a inovação.
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6. Vaidoso
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6/7 (Getty Images)
Alguns empreendedores conquistam visibilidade no mundo dos negócios não só pelo sucesso dos seus negócios, mas também pela excentricidade e pela vontade de aparecer. É o caso de Donald Trump, que hoje é mais conhecido por muitos pelas demissões sumárias no reality O Aprendiz do que pelos feitos no mundo do negócio (que, diga-se de passagem, não são modestos, já que o empresário deu a volta por cima depois de enfrentar severas perdas ao longo da década de 1990). Para Cozzi, a vaidade não é necessariamente um atributo negativo para um empreendedor. “Realizar é uma forma de aparecer, de estar evidência. A vaidade motiva o empreendedor a ir mais longe”, destaca.
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7. Coadjuvante
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7/7 (Justin Sullivan/Getty Images)
Enquanto alguns empreendedores parecem ter nascido para brilhar, outros preferem o anonimato à fama. Nem por isso têm um papel menos importante na construção de um negócio. É o caso de Steve Wozniak, co-fundador da Apple, e Paul Allen, co-fundador da Microsoft. Seus nomes não se tornaram sinônimos das empresas que ajudaram a criar como os de seus sócios, mas ambos foram fundamentais para que os negócios dessem certo. “Eles souberam compartilhar a liderança com pessoas-chaves, com capacidades para dirigir, junto com eles, as empresas que criaram”, destaca Rodrigues, da FGV. O empreendedor coadjuvante é aquele que está mais preocupado com o sucesso do negócio do que com os holofotes, mas que, em geral, manda muito bem nos bastidores.