Empreendedora sonhando: veja algumas opções de franquias que permitem a dedicação apenas nos finais de semana (Foto/Thinkstock)
Mariana Fonseca
Publicado em 24 de setembro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 06h00.
São Paulo - Foi-se o tempo em que ter um negócio significava investir em sedes suntuosas ou grandes estoques. Há diversas opções de empreendimentos que necessitam apenas de um computador, uma conexão de internet e uma boa estratégia para darem certo.
Para ter um empreendimento digital, os primeiros passos são similares ao de qualquer negócio de sucesso. O empreendedor precisa se questionar sobre qual problema ele irá resolver para facilitar a vida de seu cliente; sobre quais tecnologias precisam ser contratadas ou dominadas para o negócio operar; e, por fim, sobre como o cliente saberá de seu produto ou serviço, enumera Carlos Alves, diretor de Marketplace da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
A partir do momento que sua empresa está planejada, surgem as particularidades do empreendimento digital tocado da própria residência. Alexandre Robazza, gerente do Sebrae-SP, destaca que é preciso ter uma boa conexão de internet (vale a pena ter um serviço de cabo e outro via celular, em caso de queda de sinal), um bom computador e disciplina para trabalhar em casa, o que vai de espaços a horários definidos.
Para quem se adaptar a esse modelo, o baixo investimento inicial pode gerar um retorno rápido do valor aportado na nova empresa.
Ficou interessado? Veja, a seguir, ideias de negócio para empreender de casa, só com um computador:
Para os empreendedores que possuem algum tipo de conhecimento, é possível dar aulas particulares por meio de softwares como o Skype; por plataformas de conteúdo, como blogs e e-books; ou por marketplaces de troca de conhecimento, como a rede social Bliive.
As possibilidades são infinitas: você pode ensinar culinária, idiomas, instrumentos musicais, matérias escolares ou conhecimentos de sua especialidade, na forma de consultorias online.
Talvez uma das formas mais conhecidas de empreendimentos digitais sejam as lojas online. A dica aqui é criar e-commerces de nicho, com base em suas habilidades. É possível vender desde artesanatos até marmitas e snacks por uma plataforma própria, por marketplaces como Elo7 ou pelas redes sociais.
Robazza, do Sebrae-SP, faz o alerta de que negócios do ramo alimentício precisam ficar de olho em cuidados sanitários.
A área de marketing e mídias digitais poderia ser incluída em serviços feitos por autônomos ou em educação. Mas sua importância foi ressaltada pelos dois especialistas ouvidos por EXAME. “Há uma demanda enorme por pessoas que ensinem empresas a investirem melhor quando se fala em marketing”, afirma Alves, da ABComm. “A produção de conteúdos é muito importante para algumas empresas. É a base de trabalho dos influenciadores, por exemplo”, completa Robazza.
Empreendimentos como uma agência de gestão de mídias digitais podem ser criados e tocados da própria residência, bastando um computador e um smartphone com conexão à internet para operar.
Além do e-commerces com produção própria, outra alternativa é a revenda de produtos. É possível fazê-la investindo em uma loja online e estoque próprios, mas uma modalidade mais recente e especialmente simples é ter uma página em marketplaces como Submarino e Magazine Luiza.
Nelas, o vendedor ativa sua rede de contatos e ganha uma comissão sobre as vendas realizadas. As plataformas se preocupam com o estoque e a logística.
Com o envelhecimento progressivo da população, o mercado de saúde fica cada vez mais aquecido. É possível empreender de diversas formas, desde a produção de conteúdo para alimentação, corpo, postura e pensamentos até o desenvolvimento de equipamentos e softwares que auxiliam na medicina preditiva. Os produtos inovadores de qualidade possuem chances especialmente maiores de emplacarem, afirma Robazza, do Sebrae-SP.
Empreendedores que queiram empreender no meio digital podem aproveitar a experiência adquirida como funcionários na hora de criarem seus negócios. Profissões autônomas, como advogados, contadores, corretores de seguros e programadores podem oferecer seus serviços a uma ou mais empresas por meio da internet. Para isso, invista em um site atraente e informativo, ressaltando seu histórico no mercado, e em uma divulgação precisa.
O setor de turismo é outro que pode se beneficiar da presença digital. Alves, da ABComm, ressalta que é possível criar um empreendimento que personalize o roteiro de viagem dos consumidores a partir de perguntas simples - algo que seria um diferencial diante de plataformas de procura por passagens e pacotes, que já são abundantes pela internet.