São Paulo - Alguns empreendedores cuidam do negócio e, ao mesmo tempo, são responsáveis por negociar com a clientela. Outros têm uma equipe especializada para a função. Em qualquer uma das situações, cuidar bem das vendas é decisivo para o sucesso do empreendimento, já que negociações ruins podem comprometer as contas no final do mês.
Por isso, todo investimento é pouco na hora de refinar o relacionamento com os clientes. "Hoje em dia, não é o que se vende que ganha o jogo, mas quem vende e como vende. Eu encontro o produto ou serviço com muita gente, e volto em uma mesma loja muito mais por causa do vendedor que me atendeu", diz Luiz Paulo Tonini Junior, especialista em varejo.
Apesar disso, a preocupação com as vendas não é muito vista por aí: um terço dos vendedores não consegue aprender técnicas de venda, o que explica o alto turnover (rotatividade de funcionários) visto no varejo, afirma Luis Henrique Stockler, sócio-fundador da ba}STOCKLER.
Mas, afinal, como ser um vendedor melhor? Para César Costa, docente de Estratégia de Vendas Complexas da BSP na Business School São Paulo, vocação e experiência não são tudo. "A área de vendas tem muitas técnicas, que podem aumentar a eficiência. O empreendedor deve se atualizar sempre sobre essas formas de trabalho".
Outro ponto a se manter em mente é o perfil do ciente, que vem mudando rapidamente, lembra Paulo Marcelo Tavares, gerente do Sebrae de São Paulo. "Hoje, o cliente está mais preparado, ele pesquisa o produto antes e compara preços na internet. Não conhecer o próprio produto e não saber tirar as dúvidas desse consumidor é um passo para o fracasso da venda", afirma.
Além de saber as melhores formas de agir para conquistar esse cliente, também é bom estar ciente do que não fazer na hora de vender. Quanto a insso, os quatro especialistas consultados por EXAME.com foram unânimes: os costumes citados logo abaixo ainda são muito cometidos, e são um veneno para as vendas. Veja, a seguir, se você pratica algum deles:
1. Ver no cliente apenas um cifrão
Em momentos de crise, muitos vendedores se desesperam em busca da produtitividade e tentam, a todo custo, arrancar uma venda. Segundo Tonini Júnior, um grande erro é olhar para o consumidor e pensar apenas na carteira, e não no relacionamento. "Fica muito evidente que o objetivo do vendedor é tirar dinheiro do cliente. Não se mostre afoito a ponto de não entender quais são as necessidades do consumidor, ou seja, o que o levou à loja".
Um problema relacionado à pressa é querer fazer um atendimento express, para se livrar logo do consumidor. "Muitos vendedores são impacientes. É um erro muito comum que atrapalha as vendas. Você tem de pensar o contrário: quanto mais tempo o cliente ficar na loja, maior a chance da venda e melhor ela é", recomenda Tavares.
2. Desacreditar no próprio produto (ou não saber explicar sua importância)
Vários produtos estão na prateleira. No atendimento, porém, o vendedor fala para o cliente que prefere um deles. É uma atitude inconsciente e parece inofensiva, mas desmerecer um produto ou serviço do próprio negócio pode comprometer a venda. "Ele quer vender um produto porque é do gosto dele, e não o do cliente. O outro produto vai ficar encalhado na loja, e talvez o cliente até estivesse disposto a comprar esse mesmo item", diz Tavares.
Há também os casos em que o atendente até acha a oferta boa, mas não sabe explicar por que o problema que o produto ou serviço resolve deve ser, de fato, solucionado. E só assim o preço é justificado. "Se não há essa discussão, você acaba negociando preço, e não o valor da solução em si", afirma Costa. "Fale sobre os impactos diretos de não adotar essa solução e mostre que é algo bem abrangente, que afeta o cliente de várias maneiras".
3. Focar no produto ou serviço e esquecer do consumidor
O que faz um vendedor fechar mais negócios do que outro? O primeiro passo é parar de falar sobre aspectos técnicos do produto que não tenham relação com o consumidor, aconselha Stockler. Ao vender uma bolsa, não fale apenas sobre materiais e compartimentos, mas leve o cliente para o espelho e mostre como o produto pode ser usado. "Faça com que o consumidor sonhe e já se sinta com aquilo que é oferecido, porque aí ele irá comprar, independente do preço".
Segundo Tonini Júnior, os consumidores compram por suas razões, e não pelas razões dos vendedores. "O cliente perde o tempo dele quando ouve coisas que não fazem o mínimo sentido, o que acontece quando o vendedor dá tiros no escuro, procurando algo que se adeque". Da mesma forma em que você não confia em um médico que não faz perguntas e já emite um diagnóstico, um vendedor que não investiga o porquê do cliente estar na loja também não satisfaz.
Costa relaciona esse problema com um pecado mortal para qualquer vendedor: deixar de ouvir. "Muitas vezes, um cliente quer mudar algum processo, mas o vendedor apresenta uma solução diferente da que ele esperava. Esse atendente está mais preocupado em falar do que ouvir, e acaba perdendo o negócio".
4. Não entender o timing do cliente
Há aquele cliente que entra na loja procurando uma solução rápida, sem pensar muito. Já outros procuram apenas fazer uma sondagem, para comparar com outros produtos ou serviços semelhantes. Seja qual for o caso, adotar um comportamento oposto ao que o cliente espera pode comprometer a venda.
"Esse desrespeito com o tempo de cada cliente e com o tempo para aplicar cada solução acaba com o negócio. Isso é mais comum em negócios B2B (empresas que vendem a outras empresas). A venda no varejo ainda depende muito do marketing", diz Costa.
5. Ignorar a concorrência (e citá-la apenas para falar mal)
Ter noção do que a concorrência anda fazendo é requisito para qualquer negócio. Em um ambiente em que vários possuem produtos ou serviços similares ao seu, os clientes mudam de empresa por conta de detalhes. Quando este consumidor chegar à sua loja, você deve saber exatamente qual o diferencial oferecido.
Um aviso: falar mal do concorrente no lugar de enaltecer o próprio produto não é o que fecha a venda. "É melhor mostrar suas qualidades. Fica mais agradável para o cliente fechar a compra", recomenda Tavares.
6. Deixar de treinar sua equipe e de fazer ajustes
Os melhores vendedores são aqueles que falam a linguagem do seu público-alvo e também os que se identificam com aquilo que é comercializado. Por isso, caso nem você nem sua equipe tenham esse entendimento, é hora de pesquisar, compreender e se preparar mentalmente.
Esse processo vem com o treinamento. "Se, algum dia, o empreendedor achar que sua equipe está pronta, estará no caminho para o erro", afirma Stockler. "A equipe nunca está pronta. Traga gente boa, motive, cobre, saiba gerenciar. Dê atenção todos os dias e faça pequenas correções, para nunca chegar em um nível insuportável".
"Na maior parte das palestras que fazemos [no Sebrae], os empreendedores estão descontentes com o despreparo e a qualidade de atendimento dos funcionários. Mas esses lojistas também não fazem a capacitação. Lembre-se: é uma via de mão dupla", alerta Tavares.
7. Ignorar informações cruciais para o sucesso
Uma situação bem chata para o cliente acontece quando o vendedor oferece um produto e depois diz que não há mais estoque para aquele modelo. Se isso irrita o cliente e pode comprometer a venda, uma outra situação também prejudica a receita: não saber qual oferta dá a maior margem de lucro para o empreendimento.
Para Stockler, o vendedor deve ser quase obssessivo em relação ao conhecimento do que ocorre com a marca e com os produtos e serviços dela. "Muitos vão para o ponto de venda sem fazer a devida preparação junto ao líder. Não sabem o que vai aumentar o ticket médio, quais facilidades podem ser oferecidas ao cliente e quais são os limites de parcelamento".
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1. Negócios que faturam com a crise
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1/22 (Thinkstock)
São Paulo – A economia brasileira não anda bem. O desemprego e a inflação têm aumentado, e as vendas em muitos setores estão caindo. Para se ter uma ideia, uma projeção feita pela ONU indica que o país terá uma retração de 1,5% do seu PIB em 2015. Portanto, não vivemos um cenário muito animador para o pequeno e médio empresário, certo? Não é bem assim. Assim como muitas empresas nacionais estão perdendo dinheiro, outras tantas têm conseguido crescer, e até dobrar seu
faturamento, mesmo neste período de
crise. As estratégias delas incluem renegociar preços com seus fornecedores, diversificar produtos e investir em marketing, num movimento contrário ao da maioria do mercado. Veja nas fotos acima 20 negócios que estão crescendo mesmo com a crise, e quais as estratégias de cada um para conseguir.
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2. Acte Sports
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2/22 (Divulgação)
A Acte Sports trabalha com acessórios esportivos e está no mercado há cinco anos. A emrpesa vende principalmente equipamentos para pilates, crossfit e ioga, além de acessórios para bicicletas. Tamanho da empresa: 20 pessoas. Faturamento: A empresa não revela o faturamento, mas espera crescer 50% em 2015. Estratégias para crescer na crise: “Como já estávamos antevendo a crise desde o início do ano passado, trabalhamos durante 2014 para enxugar os custos e, principalmente, aumentar a liquidez da empresa o máximo possível, liquidando estoque parado e produtos fora de linha”, conta o diretor, David Kamkhagi . Outro ponto que ajudou bastante foi a nossa pulverização de clientes. Trabalhar de forma concentrada, principalmente em momentos de crise, é extremamente arriscado. Nossa empresa não tem dependência de nenhum cliente, e mais de 60% das vendas são extremamente pulverizadas”, conclui.
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3. Betalabs
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3/22 (Divulgação)
A empresa atua na gestão de comércio eletrônico e trabalha com e-commerce e software na nuvem. Tamanho da empresa: 35 pessoas na equipe Faturamento: Em 2014, o faturamento foi de 4 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é crescer para 7 milhões. Estratégias para crescer na crise: Para enfrentar este momento, a empresa iniciou um programa de parcerias com agências digitais. Desta forma, as agências passam a cuidar da aparência dos sites de e-commerce que contratam a Betalabs, enquanto a empresa foca em sua especialidade, que é o fornecimento de tecnologia para a gestão. A Betalabs divulga que investiu 1,5 milhão neste projeto de parcerias. “Pela primeira vez desde nossa fundação em 2011, enfrentamos um cenário econômico externo desfavorável. Tivemos que buscar alternativas para continuar crescendo”, afirma Luan Gabellini, sócio-fundador da Betalabs.
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4. BFX
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4/22 (gyn9038/ThinkStock)
A BFX é uma empresa que presta assessoria para outras empresas que querem exportar seus produtos. Atua principalmente com indústrias de autopeças. Tamanho da empresa: 4 pessoas. Faturamento: A empresa afirma que, por contrato com seus clientes, não pode fornecer valores de faturamento, já que este está diretamente ligado aos números de exportação de outras empresas. Porém, a BFX diz que espera um aumento de 35% no faturamento das exportações de 2015 em relação ao ano passado. Estratégias para crescer na crise: "A alta do dólar aumenta a competitividade dos produtos brasileiros frente à concorrência que sofremos de outros países no mercado internacional", explica a diretora de negócios da empresa, Camilla França. “A BFX nunca teve tanta procura como neste ano de 2015, uma vez que o consumo do mercado interno está estagnado. Como a produção para o mercado interno fica ociosa, a ideia é ocupar o espaço vazio atuando de forma mais incisiva no mercado externo”, afirma.
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5. BUW - Business Woman
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5/22 (Divulgação)
A BUW – Business Woman é uma marca de roupas femininas focada em moda para executivas. Criada em 2012, com um investimento inicial de 220 mil reais, a marca se fortaleceu com uma loja no Shopping Ibirapuera, em São Paulo. Agora, a empresa se prepara para inaugurar sua primeira franquia em Belém (PA). Tamanho da empresa: 6 funcionários e 1 franqueada em Belém. Faturamento: O faturamento em 2014 foi de 600 mil reais, e a expectativa para 2015 é de 800 mil reais. Estratégias para crescer na crise: Para passar por esse momento de crise, a marca tem investido na expansão via franquias, já que, segundo a empresa, o mercado para aquisição de pontos está ótimo. A BUW está também buscando investidores, renegociando com fornecedores e reduzindo custos. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma franquia da BUW é de 250 mil reais, já com capital de giro, reforma, taxa de franquia e primeira coleção. O prazo de retorno é de 24 meses.
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6. Clear Clean
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6/22 (Divulgação/Clear Clean)
A Clear Clean é uma rede de microfranquias de serviços de limpeza residencial e comercial. A empresa nasceu em abril 2013 depois de uma viagem de um dos fundadores para a Europa, quando ele conheceu o serviço. A empresa teve grande procura logo no início, e por isso os sócios Clovis Campos e Douglas Barbosa decidiram franquear o modelo de negócio. Tamanho da empresa: 17 franquias em funcionamento e 3 que serão inauguradas até setembro de 2015. Faturamento: Em 2014, o faturamento da empresa foi de 1,3 milhão de reais. Para este ano, a expectativa é crescer e alcançar 4 milhões. Segundo a empresa, o aumento se deve também ao número de unidades abertas este ano (foram oito) e às que ainda serão inauguradas ao longo deste semestre. Estratégias para crescer na crise: A Clear Clean tem aproveitado a repercussão causada pela PEC das Domésticas, que tem gerado oportunidades para empresas do setor de limpeza. Além disso, investe em novos serviços, como o de limpeza e impermeabilização de estofados e limpeza carpetes. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma franquia Clear Clean é de 25,5 mil a 61 mil reais. O prazo de retorno do investimento é de 12 a 24 meses.
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7. Espetinhos Mimi
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7/22 (Divulgação)
A rede de franquias Espetinhos Mimi atua há 45 anos no mercado de churrascos de palito. Tamanho da empresa: A rede tem 70 unidades em funcionamento, presentes em 12 estados, e mais 13 para inaugurar. Faturamento: Em 2014, o grupo faturou cerca de 70 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é crescer 15%. Estratégias para crescer na crise: Num cenário de crise, a rede tem apostado nas modalidades de franquia que requerem um investimento menor, como o modelo Express e Empório que precisam de um investimento de R$35 mil, e o carrinho, com investimento de R$45 mil. A ideia é que esses modelos possam aproveitar grandes eventos, como Rock in Rio e Olimpíadas. Para o franqueado: O investimento inicial para abrir uma franquia vai de 30 mil a 350 mil reais, dependendo do modelo escolhido. O prazo de retorno é em média de 24 a 26 meses.
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8. Flores Online
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8/22 (Getty Images)
Fundada em 1998, a Flores Online afirma ser o primeiro e-commerce de flores e presentes do país. Tamanho da empresa: 90 funcionários. Faturamento: A empresa faturou 40 milhões em 2014 e espera crescer 25% em 2015. Estratégias para crescer na crise: Para enfrentar o momento de crise, a empresa investe na diversificação de mercados. Além das vendas diretas para pessoas físicas, a empresa aposta agora no mercado corporativo, com kits personalizados e exclusivos para empresas em datas comemorativas. Outra nova modalidade é o AdSales, com kits que misturam flores e presentes com itens de marcas como Air Wick, Johnnie Walker. “A Flores Online tem apostado nas vendas corporativas e na diversificação do portfólio. A ideia é oferecer ao cliente uma variedade de presentes diferenciados e de bom gosto, mas com um preço acessível neste período de crise”, afirma Carlos Miranda, CEO da Flores Online.
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9. Hoken
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9/22 (Divulgação)
A Hoken é uma franquia de venda de purificadores de água que está há 18 anos no mercado. Em 2015, a empresa pretende expandir os negócios para cidades importantes, como a capital paulista. Tamanho da empresa: Atualmente, a rede conta com 150 unidades em todo o território nacional, América Latina, Europa e África. Para este ano, a empresa tem a expectativa de inaugurar de 70 a 100 unidades. Faturamento: A marca espera um incremento de 25% em seu faturamento neste ano, superando os 120 milhões de reais registrados em 2014. Estratégias para crescer na crise: Para manter o ritmo de crescimento mesmo com a crise, a empresa fez uma reavaliação das exigências para se tornar um franqueado, o que tornou o processo mais curto. Além disso, a Hoken mudou alguns processos internos e reviu sua política de gastos com telefonia, água, energia e demais custos. Houve ainda uma redução de 18% no número de funcionários da empresa. Para o franqueado: O investimento necessário para se tornar um franqueado Hoken varia de 80 mil a 100 mil reais, com prazo de retorno entre 18 e 24 meses.
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10. Innovapharma
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10/22 (Divulgação)
Baseada em Goiânia, a empresa multinacional atua no setor de beleza, com produtos contra rugas e marcas de expressão. A marca afirma que, ao contrário de outros segmentos, o mercado de beleza tem crescido apesar da crise. Para aproveitar este momento, a empresa planeja investir mais de R$ 10 milhões no Brasil em 2015. O investimento vai para busca de novos mercados, ações de marketing e participação em eventos internacionais. Tamanho da empresa: 250 funcionários. Faturamento: Em 2014, a Innovapharma cresceu 48% e fechou com faturamento de 15 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é alcançar os R$ 20 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: Como já está consolidada na dermatologia e na medicina estética, uma das estratégias para crescer é aumentar a participação na cirurgia plástica e entrar em novos mercados, como o da ginecologia (rejuvenescimento íntimo) e da odontologia (preencimento facial do terço inferior da face), além do lançamento de novos produtos.
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11. Just Digital
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11/22 (Divulgação)
A Just Digital é uma empresa parceira do Google que presta serviços de gestão de informação e conteúdo. Tamanho da empresa: 60 pessoas Faturamento: A empresa teve faturamento de 7 milhões de reais em 2014, e espera crescer para 10 milhões de reais em 2015. Estratégias para crescer na crise: Na contramão de outras empresas, que estão demitindo funcionários neste período, a empresa aposta na manutenção da equipe. A ideia é sair na frente quando a crise passar. Neste período, a estratégia tem sido reestruturar algumas áreas, estudar novos produtos para incorporar ao portfólio e apostar em ações de marketing. “Quando a crise passar estaremos ainda mais prontos e na frente de empresas que terão que reforçar seus times e adaptar seus processos. Além disso, sabemos que os produtos com que trabalhamos podem gerar economia para as empresas”, afirma o CEO da empresa, Rafael Cichini.
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12. Medicina Direta
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12/22 (Divulgação)
A Medicina Direta é uma plataforma que auxilia médicos na gestão de prontuários dos pacientes. As informações ficam armazenadas na nuvem e o médico pode acessá-las pelo smartphone. “Acreditei que isto solucionava um problema real do mercado no Brasil, e o retorno dos médicos nos mostra isso”, diz o dono da empresa Tiago Delgado. Hoje com 500 clientes usando a plataforma, dentre consultórios, clínicas e médicos, a Medicina Direta esperar dobrar a sua base de clientes em 2015. Tamanho da empresa: 5 pessoas Faturamento: A empresa faturou 200 mil reais em 2014, e espera dobrar esse número, chegando a 400 mil em 2015. Estratégias para crescer na crise: Como o investimento em marketing na maioria das empresas diminuiu, a Medicina Direta aproveita para aumentar o investimento nesta área e ganhar visibilidade. O momento também é propício para ouvir o cliente, diz Delgado. “Estamos investindo muito em entender as reais necessidades dos clientes. Neste momento eles tendem a externar mais suas limitações e dificuldades e usamos estas informações para melhorar nossos produtos e oferecer uma solução cada vez melhor”, afirma.
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13. Megamatte
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13/22 (Divulgação)
A Megamatte é uma rede de franquias de alimentação saudável que está há 21 anos no mercado. Tamanho da empresa: A rede tem um total de 119 unidades, espalhadas por sete estados. São nove unidades próprias e 110 franqueados. Faturamento: Em 2014, a rede inaugurou 12 unidades e fechou o ano com um aumento de 17% no faturamento em relação ao ano anterior, atingindo 101 milhões de reais. Para 2015, prevê um avanço de 20% no faturamento. Estratégias para crescer na crise: No fim do ano passado, a rede começou a traçar planos que pudessem reduzir os custos, o que envolveu negociação com fornecedores, afirma o diretor executivo, Julio Monteiro. "Fizemos reunião com os fornecedores e demonstramos que, se os insumos permanecessem com os valores altos, a conta não fecharia, e o relacionamento com eles acabaria tendo vida curta", relata. Além disso, a empresa está investindo numa linha de produtos mais baratos para o consumidor e lançou ainda um novo formato de franquia, com investimento inicial de 80 mil. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma unidade Megamatte varia de 80 mil a 295 mil reais. O prazo de retorno do investimento é de 24 a 36 meses.
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14. Mercadão dos Óculos
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14/22 (Divulgação)
A empresa é uma franquia de óculos voltada para classes C e D. O dono do negócio, Celso Silva, começou no setor há 20 anos, com uma ótica comum: com armações de grife e preços salgados. Com o tempo, porém, percebeu o potencial que teria um negócio com produtos mais baratos. Hoje, o Mercadão vende óculos a partir de R$ 19,90. Tamanho da empresa: A rede tem hoje 44 unidades abertas e em funcionamento; a meta de expansão deste ano é para 70 unidades. Faturamento: Em 2014, a rede faturou 10 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é triplicar este número, com previsão de faturamento de 30 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: Para continuar crescendo mesmo com a crise, a rede afirma que investe em preço justo, variedade de produtos, treinamento da equipe de vendas e marketing segmentado. Para o franqueado: O investimento inicial da rede é entre R$ 80.000 a R$ 120.000 e o prazo de retorno é de 12 a 24 meses.
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15. My Gloss
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15/22 (Divulgação)
A MyGloss é uma franquia de acessórios femininos e também tem crescido apesar da crise. Segundo a empresa, seu maior diferencial é produzir suas peças nacionalmente, num mercado em que a grande maioria dos produtos são importados. “Mais de 90% da nossa produção é nacional. Com isso conseguimos lançar cerca de 80 modelos novos por semana oferecendo novidades com antecedência em relação às concorrentes”, afirma Rodrigo Stocco, CEO da empresa. Tamanho da empresa: A marca tem 45 lojas franqueadas e mais 37 funcionários diretos. A expectativa é abrir mais 30 pontos de venta até o fim do ano. Faturamento: Em 2014, a rede faturou aproximadamente 21 milhões de reais. Para este ano, a projeção é de um faturamento de 35 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: Como a maior parte da produção é feita no Brasil, a alta do dólar impacta pouco na empresa e também no valor dos produtos oferecidos. “Como o poder de compra da consumidora diminuiu, ao invés de adquirir roupas novas, ela prefere trazer novidades para suas composições apostando em acessórios que são mais em conta”, afirma a empresa. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma franquia MyGloss vai de 140 mil a 330 mil reais. O prazo de retorno do investimento é de 25 meses.
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16. Perky
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16/22 (Divulgação)
A Perky é uma empresa gaúcha que vende alpargatas, criada pelo casal Rodrigo Casas e Gabriella Giovanini. A empresa tem pontos de venda em várias partes do país e exporta seus modelos de alpargatas para Europa, Ásia e Oceania. Tamanho da empresa: Cerca de 150 pessoas. Faturamento: A empresa faturou 11 milhões de reais em 2014, um crescimento de quase 300% em relação a 2013. Para 2015, a expectativa é crescer 70% e chegar aos 18 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: "Para crescer na crise, a Perky está com novos projetos como um e-commerce próprio e uma fábrica própria de acessórios, o que vai nos ajudar a diversificar produtos. Também estamos montando um projeto de exportação, para não depender só do Brasil. O objetivo é construir vários negócios ao redor da Perky para aumentar o faturamento da empresa", afirma o CEO da marca, Rodrigo Casas.
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17. Pingobox
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17/22 (Divulgação)
A Pingobox trabalha com um sistema de vendas para a frente de caixa do micro e pequeno varejista. A ideia é levar para o negócio do empresário a mesma facilidade e tecnologia que ele encontra no smartphone, diz a empresa. “Já temos mais de 500 clientes que usam a solução com pouco mais de seis meses de esforço comercial, sendo que a maior parte do crescimento foi justamente no primeiro semestre desse ano, com a crise batendo forte na porta do nosso cliente”, afirma Felipe Lachowski, sócio-fundador da Pingobox. Tamanho da empresa: São cerca de 20 funcionários. Faturamento: A empresa ainda estava em fase de desenvolvimento em 2014. Para este ano, a previsão inicial era faturar 1 milhão de reais. Porém, com as vendas acima da expectativa, a nova previsão é fechar o ano com faturamento de 1,5 milhão. Estratégias para crescer na crise: “Estávamos super preocupados com a crise, mas ela nos gerou oportunidade, pois soubemos ajudar nossos clientes a enfrentá-la. Nós sabíamos que tínhamos um produto superior em qualidade e o mais barato do mercado. Qual cliente não quer ter algo melhor e mais barato?”, afirma Lachowski. Ele explica que, a partir deste cenário, a Pingobox refez toda a sua estratégia de marketing. “O objetivo era espelhar justamente como poderíamos ajudar o micro e pequeno empresário a enfrentar a crise. Estamos super felizes não apenas por ter tido um ótimo primeiro semestre como empresa, mas principalmente porque ajudamos outros centenas de empresário a ficarem mais fortes e saudáveis nesse período difícil”, conclui.
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18. Printi
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18/22 (Divulgação)
A Printi é uma gráfica online, criada no Brasil por dois alemães, Mate Pencz e Florian Hagenbuch. A empresa afirma que se destaca pela praticidade e baixo custo para o consumidor. Tamanho da empresa: Hoje a empresa tem cerca de 80 funcionários, entre parte administrativa, produção e logística. Até o final do ano, os planos são mudar sua sede e lançar seu parque gráfico, o que deve fazer com que a empresa chegue a 130 funcionários. Faturamento: A empresa faturou 12 milhões de reais no ano passado, e espera ganhar mais que o dobro neste ano, chegando à marca dos 30 milhões. Estratégias para crescer na crise: Para enfrentar a crise, a gráfica limitou a variável de produtos e otimizou seu processo de produção. Outro ponto são os preços competitivos. “Os consumidores vem sofrendo com a diminuição de budgets e com número de impressões menores, o que faz com que as gráficas tradicionais não se tornem atraentes, pois possuem um mínimo na quantidade e valores que só se tornam bons com um número alto de demanda. A Printi não possui esse minimo e consegue ser forte quando a quantidade se torna menor”, afirma Mate Pencz cofundador da empresa.
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19. Rapiddo
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19/22 (Rapiddo/Divulgação)
O Rapiddo é uma plataforma na internet que oferece o serviço de entregas rápidas. A empresa atua nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Campinas. Mensalmente, são realizadas 30 mil entregas. O Rapiddo atua num modelo com entregadores em nuvem, fazendo com que o cliente seja atendido pelo entregador mais próximo. Os pedidos e o pagamento são feitos online, e o cliente pode acompanhar o pedido em tempo real. Para iniciar seu desenvolvimento, a empresa recebeu aporte de 5 milhões de reais da Movile. Tamanho da empresa: 50 funcionários. Faturamento: Em 2014, o faturamento da empresa foi de 1,2 milhão de reais. Para este ano, a expectativa é faturar cinco vezes mais e chegar à marca de 6 milhões. Estratégias para crescer na crise: Num cenário de contenção de gastos, o Rapiddo diz buscar preços competitivos, garantindo a qualidade. Além disso, a empresa investiu na diversificação de produtos: criou um aplicativo para ser usado por empresas de entrega e criou ainda a possiblidade de seu serviço ser usado por e-commerces, permitindo uma entrega mais rápida para esses clientes, explica o CEO Guilherme Bonifácio.
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20. Sweethings
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20/22 (Divulgação)
Especializada em confeitaria, a Sweethings começou a operar em meio à crise, em janeiro de 2015. Com o setor alimentício em dificuldades devido à inflação, a empresa foca suas vendas para restaurantes, mas também aceita encomendas de consumidores finais. A empresa montou sua cozinha com um investimento inicial de 300 mil reais, e agora aposta na criação de novos sabores e na manutenção da qualidade para conquistar seus clientes. Tamanho da empresa: 7 funcionários Faturamento: No primeiro mês de operação, o negócio obteve faturamento de 10 mil reais. A expectativa é fechar o ano de 2015 faturando 1 milhão de reais e, para 2016, chegar aos 3 milhões. Os valores são estimados com base na demanda dos clientes e nos planos de crescimento da Sweethings, que projeta sua expansão com a implantação do serviço delivery de sobremesas. Estratégias para crescer na crise: A aposta dos sócios Arnor Porto e Ana Gabriela Borges é não praticar lucros exorbitantes e repassar o custo das embalagens para o consumidor sem ganhos extras “Desta forma, conseguimos preços mais acessíveis”, afirma Ana Gabriela.
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21. Tostex
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21/22 (Divulgação)
A Tostex é uma rede de franquias que trabalha com sanduíches tostados. A empresa nasceu em Trancoso, na Bahia, mas cresceu após se associar à rede Giraffas, em São Paulo. Tamanho da empresa: A marca tem 14 lanchonetes e está presente em cinco capitais: São Paulo, Brasília, Goiânia, Recife e Fortaleza. A meta é fechar o ano com 26 lanchonetes. Faturamento: A rede faturou 4 milhões de reais em 2014 e pretende finalizar 2015 com o faturamento de 24 milhões. Estratégias para crescer na crise: A marca tem aproveitado o momento difícil da economia para buscar pontos comerciais em melhores condições de negociação. Além disso, afirma que trabalha com inovação e com a oferta de novos produtos para o consumidor e para o franqueado. “O cenário é o mesmo para todas as empresas, e ganha quem conseguir aproveitar melhor as oportunidades que cada período traz”, afirma Andrea Mendonça, sócia-diretora da empresa. Para o franqueado: O investimento inicial vai de 200 mil a 1,2 milhão de reais, e o prazo de retorno é de 24 a 36 meses.
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22. Veja agora negócios móveis para se inspirar
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22/22 (Divulgação)