São Paulo - Você trata seus funcionários como uma contribuição fundamental ao negócio ou como pessoas substituíveis? Fazer com que eles se sintam parte das decisões pode trazer benefícios, e não apenas para a empresa.
"A partir de boas ações no ambiente de trabalho, uma série de eventos positivos é gerada. Os funcionários, o dono do negócio, a empresa e a sociedade como um todo ganham", afirma Adriana Gomes, do núcleo de carreira da ESPM.
Um aviso prévio: ser líder é muito diferente de ser apenas um chefe, afirma Gilberto Guimarães, professor da Business School São Paulo (BSP). "Dizer que você é diferente de todo o resto da empresa por ser um dono é um caminho ruim. Com esse raciocínio, você não será um líder de verdade".
Segundo Denise Dantas, professora do MBA em Gestão de Pessoas do Ibmec/DF, esse trabalho de motivação ainda é mais comum em grandes empresas, mas as pequenas já estão adotando esse foco na hora de melhorar seus resultados. "Temos uma escassez de mão de obra, então qualificar seus funcionários é essencial para o negócio adquirir um diferencial competitivo".
Veja, a seguir, cinco técnicas para fazer com sua equipe também se sinta uma empreendedora do negócio:
1. Dê uma causa que justifique o engajamento
Por que as pessoas batalham pelo sucesso de uma empresa, mesmo que não sejam as donas? Segundo Guimarães, é porque estão lutando por uma causa maior. "O empreendedor precisa definir e comunicar o objetivo do negócio. Essa razão de existência deve ser importante para o grupo, e não apenas para o dono".
2. Esteja presente
As pequenas e médias empresas têm um grande trunfo: os funcionários estão próximos do núcleo de decisão. "Em negócios de grande porte, muitos acabam nem conhecendo o presidente", diz Adriana.
Por isso, aproveite essa vantagem e participe mais do dia a dia da operação, assumindo o papel de coach da sua equipe. "Esse trabalho por parte do dono coloca na cabeça do funcionário que ele pode crescer dentro da empresa e depois ser, ele próprio, um empreendedor", explica Denise.
3. Ofereça recursos e capacitação
Querer que os funcionários produzam ser ter recursos básicos só irá gerar frustração na sua equipe, afirma Guimarães. Por isso, antes de exigir, forneça equipamentos de trabalho e benefícios de saúde, educação e qualidade de vida.
Dar treinamento pode ser outra razão para o dono estar presente durante o dia a dia, além de participar na operação do empreendimento, diz Denise. Mas essa capacitação também deve incluir cursos formais, quando o orçamento permitir.
4. Dê espaço para novas ideias
Criar um espaço para que a equipe possa colaborar não é só deixar uma caixinha de sugestões no canto do escritório, diz Adriana. Nessas horas, é preciso pensar na cultura de uma startup.
"O ideal é que as sugestões sejam compartilhadas entre o grupo, em uma reunião, além de dar espaço para que elas sejam eventualmente testadas, mesmo que em um ambiente menor", afirma a docente.
5. Acredite que a empresa é uma comunidade e compartilhe
Uma estratégia para os funcionários se sentirem como empreendedores do negócio é fazê-los entender que estão trabalhando como membros de uma comunidade. "O pequeno empresário tem que fazer com que todos se sintam pertencentes ao grupo, e não com o dono de um lado e o resto de outro", afirma Guimarães.
Na mesma linha, todos os resultados do empreendimento devem ser perceptíveis pela equipe. "Isso dá a noção de realização, de que eu faço parte desses resultados e de que eu estou junto do negócio", diz Adriana.
6. Remunere com dinheiro e reconhecimento
Recompensar faz com que o trabalho do funcionário melhore, e muito. Mas, se a ideia é trabalhar com bônus financeiro em cima de metas, é preciso que os indicadores estejam bem claros. "Todos têm de saber por que estão sendo remunerados ou por que não estão", alerta Denise.
Adriana também recomenda dar prêmios, que podem variar desde uma folga até descontos em produtos de uma empresa parceira. Mas é possível, mesmo sem nenhum caixa disponível, estimular a equipe. "Reconhecer as ideias, ações e iniciativas do funcionário o incentiva e sai de graça", afirma Adriana.
Para isso, reconheça a importância do trabalho que um membro da equipe executa, e não apenas qualidades, como ser uma boa pessoa. "Quando eu percebo que o que eu faço é importante, eu carrego a bandeira da empresa junto, e não sou apenas levado pelos outros", afirma Guimarães.
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1. Ensinamentos
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São Paulo - Para aprender a ter uma visão mais ampla do funcionamento da
pequena empresa, o
empreendedor não precisa recorrer apenas aos livros e aos cursos. Há grandes
filmes com valiosos ensinamentos sobre como montar um negócio de sucesso. Por isso, selecionamos obras que ensinam aspectos fundamentais de uma empresa: desde ter uma ideia marcante até entender como funciona o ritmo de vendas do seu setor de atuação. As indicações são dos professores Alessandro Saade, especialista em Empreendorismo da Business School São Paulo (BSP), e Marcelo Minutti, que ensina Empreendedorismo e Inovação no Ibmec/DF.
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2. À Procura da Felicidade
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Chris Gardner é um pai de família que enfrenta uma série de dificuldades ao longo do filme. Sua ideia de vender aparelhos médicos não dá certo porque, só depois de comprar todo o estoque, ele percebe que o produto é muito caro para os consumidores. Mesmo depois de problemas pessoais, o protagonista continua lutando pela sobrevivência. Por que vale a pena? A obra é importante por duas lições, segundo Minutti. A primeira é que a falta de planejamento pode fazer o empreendedor fracassar. A segunda é não se deixar abater. "Mesmo levando rasteiras, o que faz parte do empreendedorismo, você pode encontrar um caminho para aquilo que deseja". "The Pursuit of Hapiness"
Diretora: Gabriele Muccino
Ano de produção: 2006
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3. A Origem
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A Origem conta a história de um especialista em extrair informações durante os sonhos dos seus alvos, interpretado por Leonardo DiCaprio. Para rever sua família, ele precisa fazer um último trabalho: plantar a origem de uma ideia na mente de alguém. Por que vale a pena? Para Minutti, o filme mostra o poder das ideias. O empreendedor não oferece produtos ou serviços, mas sim propostas atraentes, que se apoderam da mente do consumidor. "Quem não tem a habilidade de criar ideias assim não tem capacidade de alcançar o sucesso", diz.
"Inception"
Diretor: Christopher Nolan
Ano de produção: 2010
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4. A Rede Social
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A Rede Social mostra o processo de criação do Facebook, incluindo complicações pessoais e legais de Mark Zuckerberg. Segundo o próprio filme, não é possível chegar a 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos. Por que vale a pena? A obra mostra como é difícil articular diferentes visões sobre o negócio, diz Saade. Cada pessoa possui um perfil, como ser arrojado ou conservador, e saber mediar é fundamental em uma empresa. "The Social Network"
Diretor: David Fincher
Ano de produção: 2010
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5. Cartas para Julieta
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Sophie viaja para a Itália com seu noivo. Percebendo que ele está mais interessado em seu restaurante do que nela, a protagonista junta-se a um grupo de voluntários que responde cartas de amor. Por que vale a pena? Para Saade, o filme é importante para os empreendedores principalmente pela atitude do noivo de Sophie. "Ele tem uma relação intensa com seu restaurante, e isso acaba atrapalhando seu relacionamento. O filme mostra como é necessário equilibrar o pessoal e o profissional". "Letters to Juliet"
Diretor: Gary Winick
Ano de produção: 2010
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6. Mensagem para você
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Mensagem para Você conta a história de dois vizinhos de negócios, cada um dono de uma livraria. Sem saber que são rivais, eles começam a namorar por e-mail. Por que vale a pena? Segundo Saade, o filme é importante para empreendedores porque ensina como é a competição entre negócios de tamanhos diferentes. Na obra, uma das personagens possui uma grande rede, enquanto outra tem uma livraria de bairro. "You've Got Mail"
Diretora: Nora Ephron
Ano de produção: 1998
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7. O Aviador
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O drama biográfico conta a história de Howard Hugues, que ficou milionário aos 18 anos por causa de uma herança. Ele resolveu, então, investir em algo que gostava muito: a aviação. Porém, sua obsessão começa a afetar a vida pessoal. Por que vale a pena? Segundo Minutti, o filme tem dois ensinamentos. O primeiro é ter a audácia e tomar as decisões cetas na hora de construir um negócio, acreditando em seus ideais. O outro é que nem sempre esse empreendimento pode valer a pena, diante da destruição dos seus relacionamentos. "The Aviator"
Diretor: Martin Scorsese
Ano de produção: 2004
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8. O Campo dos Sonhos
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O filme conta a história do agricultor Ray Kinsella, que após ouvir um chamado decide construir um campo de beisebol, ainda que encontre muita resistência pelo caminho. Por que vale a pena? A obra ensina a não desistir. "Se você acredita no seu sonho, por mais que todos estejam contra e existam muitas adversidades, você não pode desistir nas primeiras negativas", afirma Minutti. "Field of Dreams"
Diretor: Phil Alden Robinson
Ano de produção: 1989
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9. O Poderoso Chefão
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O filme, que teve duas sequências, conta a história da família mafiosa Corleone. O enredo mostra não apenas o crime e a violência, mas também aspectos como lealdade e a importância da família.
Por que vale a pena? O Poderoso Chefão é uma aula sobre como negociar, como tomar decisões e como lidar com concorrentes, fornecedores e colaboradores. "A máfia tem muitos conceitos de como funcionam organizações complexas. O empreendedor deve conhecê-los, porque isso o ajuda a trilhar o caminho para o sucesso", diz Minutti.
"The Godfather"
Diretor: Francis Ford Coppola
Ano de produção: 1972
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10. O Senhor dos Anéis
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O Senhor dos Anéis é uma trilogia de filmes baseada no livro do autor J. R. R. Tolkien. O enredo conta a jornada de Frodo, que foi encarregado com a tarefa de destruir um antigo anel. Por que vale a pena? Segundo Minutti, o filme mostra como o empreendedor precisa aprender a trabalhar em equipe para criar um negócio. Durante a jornada de Frodo, uma sociedade é composta para ajudá-lo. "Se pegarmos toda a saga da trilogia, veremos que há pessoas diferentes das outras, cada uma com competências específicas para o sucesso da missão". "The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring"
Diretor: Peter Jackson
Ano de produção: 2001
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11. Odeio o Dia Dos Namorados
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Genevieve é uma dona de floricultura e também conselheira sentimental para seus amigos e vizinhos. Mas, quando conhece Greg, que abre um restaurante próximo, ela deve encarar seus medos sobre ter um relacionamento duradouro. Por que vale a pena? A obra mostra como o empreendedor deve estar atento à sazonalidade e às datas comemorativas, como é o caso de Geneviveve e o Dia dos Namorados. "A protagonista, atenta aos picos de consumo, muda seus argumentos de venda", conta Saade.
"I Hate Valentine's Day"
Diretora: Nia Vardalos
Ano de Produção: 2009
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12. Precisa de um empurrão para abrir seu negócio próprio?
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12/12 (Mik122/Thinkstock)