São Paulo – Investir em inovação não é - e nem deve - ser exclusividade de grandes empresas. A modernização de uma pequena empresa ou indústria pode decorrer de melhorias nos processos de gestão e produção ou no atendimento ao cliente.
“Inovar é preciso, todos os dias, não importa o tamanho da empresa. O mercado é competitivo e está sempre se renovando. Não pode ser só uma vez por ano ou uma vez a cada década”, afirma Batista Salgado Gigliotti, professor da Business School São Paulo.
Primeiro, o pequeno empresário precisa saber qual é o seu motivo para querer instalar mudanças no negócio. Para Julio Tadeu Alencar, consultor do Sebrae-SP, esse questionamento tem que ser seguido de um diagnóstico para entender por onde e como ele deve começar. Veja outras recomendações para quem deseja revolucionar a sua empresa e alcançar melhores resultados.
1. Questione-se
Estou obsoleto? Quero me diferenciar no mercado? Gasto mais do que o concorrente? Quero aumentar as minhas vendas? Esses são alguns questionamentos que o empresário precisa fazer antes de tomar qualquer decisão. “Tem que fazer um diagnostico e entender qual é o motivo para inovar”, resume Alencar.
Para Gigliotti, inovar dentro de uma pequena empresa é buscar soluções adequadas para novos produtos ou serviços, melhorar processos internos, ganhar produtividade ou velocidade, e, para isso, o empreendedor precisa saber qual é o seu foco.
2. Monitore as informações
Uma vez definidos os processos que passarão por mudanças, o empresário deve procurar indicadores de desempenho para acompanhar os resultados. Caso contrário, ele não saberá se o aumento de clientes está ajudando nas vendas e no lucro da empresa.
Para Alencar, sem medir os resultados, o empreendedor não saberá se o que ele planejou está realmente dando certo. “A quantidade de informações é muito grande, é preciso organizar os dados para administrar melhor”, completa Gigliotti.
3. Invista em softwares
Hoje, donos de pequenas empresas podem contar com o auxílio de ferramentas de gestão online. Para Gigliotti, há uns anos esses tipos de sistemas custavam mais, mas atualmente existem alguns softwares de gestão financeira e de vendas que são gratuitos para o empreendedor.
“É possível automatizar o cadastro de cliente e do fornecedor, por exemplo”, conta Alencar. Uma das principais vantagens é poder modernizar a gestão do negócio.
4. Observe os clientes
Que tipo de coisas você faria de maneira diferente na sua empresa? Observe o comportamento do cliente e da concorrência, pois eles podem ser a fonte de novas práticas no seu empreendimento. “É possível melhorar o layout interno para atender melhor o cliente”, exemplifica Alencar.
Gigliotti explica que nem sempre a inovação tem que ser no produto. Para alguns empresários, o consumidor interagir mais com o negócio com um autoatendimento, por exemplo, pode ser interessante. Para outros, investir na venda online ou renovar o sistema de distribuição pode ser o caminho.
5. Capacite a equipe
Para que as novas práticas implantadas na sua pequena empresa deem os resultados esperados, o empreendedor não pode deixar de lado a sua capacitação e a dos funcionários. Alencar diz que é importante avaliar quais são os seus recursos disponíveis e quais cursos podem agregar conhecimento para toda equipe.
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1. Mudanças
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1/10 (Stock.xchng)
São Paulo – O termo pivotar é muito usado no meio de
empreendedores e
startups e significa que uma estratégia testada pela empresa não deu certo e é hora de mudar os planos. Clientes não compram ou seu produto ou serviço chegou no limite de crescimento. Esses são alguns
sinais de que é hora de pivotar, por exemplo. Com a ajuda de Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil, Frederico Lacerda, sócio da
aceleradora 21212, Guilherme Junqueira, da ABStartups, André Barrence, diretor do SEED, e Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora, Exame.com listou nove startups que não tiveram medo de mudar de rumo, pivotaram e hoje são um sucesso.
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2. YouTube
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2/10 (Bryan Bedder/Getty Images)
Hoje, o YouTube é uma das plataformas mais usadas para armazenamento e compartilhamento de vídeos online. Fundada em 2005, pelos empreendedores Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, a ideia inicial da startup era atuar como um serviço de vídeo para namoro online. Com problemas para crescer, decidiram focar somente no compartilhamento de vídeos. Em 2006, o Google comprou a startup por 1,65 bilhões de dólares.
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3. Samba Tech
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3/10 (Germano Lüders/EXAME.com)
Criada em 2007, a Samba Tech distribuía jogos de celular para o Brasil e para países da América Latina. Três anos depois, o fundador Gustavo Caetano percebeu que o mercado não era escalável. Mudou o foco do negócio e criou uma plataforma de gestão de vídeos online. Depois, a empresa fez dois spin-offs: a Samba Adstream e a Samba Ads. No ano passado, foi anunciada a criação da holding Samba Group.
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4. Twitter
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4/10 (Andrew Burton/Getty Images)
Em 2005, a startup Odeo criou uma plataforma para buscar e assinar podcasts na internet. O Twitter era uma das suas ferramentas, que entrou no ar 2006. O negócios de podcasts não decolou e todos os esforços foram destinados à rede. Em 2013, a startup chegou à bolsa de valores de Nova York e levantou 1,82 bilhão de dólares.
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5. PayPal
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5/10 (Getty Images)
Fundado em 1998, o sistema do PayPal foi criado para efetuar pagamentos via palmtops e só depois os fundadores resolveram focar em transferir dinheiro online. Hoje, o serviço de pagamento online mais conhecido do mundo tem 148 milhões de contas ativas e está disponível em 26 moedas, em 193 mercados. Em 2002, foi comprado pelo eBay por 1,5 bilhão de dólares.
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6. ZeroPaper
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6/10 (Divulgação/ZeroPaper)
Simplificar a contabilidade e reduzir a necessidade de papel eram os principais objetivos dos fundadores da ZeroPaper. Entretanto, mudaram o rumo do negócio para atender as necessidades do mercado e criaram um gerenciador financeiro online para ajudar pequenos e médios empresários. Em 2013, a TOTVS Ventures adquiriu participação minoritária na startup.
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7. Instagram
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7/10 (Getty Images)
Os cofundadores do Instagram, Mike Krieger e Kevin Systrom, começaram o negócio em 2010 e inicialmente era chamado de Burbn. No começo, o app não só compartilhava fotos como também tinha funcionalidades do Foursquare e elementos de jogos. Eles mudaram o foco e resolveram investir apenas no compartilhamento de fotos. Em 2012, Mark Zuckerberg anunciou a compra do Instagram por aproximadamente 1 bilhão de dólares.
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8. Easy Taxi
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8/10 (Alexandre Severo/EXAME.com)
O empreendedor Tallis Gomes tinha pensado em criar um aplicativo de monitoramento dos horários de ônibus. Depois de uma experiência em que teve muita dificuldade para conseguir um táxi, desenvolveu a ideia do que seria o Easy Taxi. Em 2011, a startup vence o concurso da aceleradora Startup Farm Rio 2011. Hoje, a startup está presente em 30 países, tem uma rede com mais de 120 mil taxistas e recebeu várias rodadas de investimento.
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9. Flickr
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9/10 (Getty Images)
Em 2004, o Flickr foi fundado pela empresa canadense Ludicopr, dos empreendedores Caterina Fake e Stewart Butterfield, e começou como um RPG online e era chamado de Game Neverending. Foi a ferramenta para compartilhar e salvar fotos na rede enquanto os usuários jogavamque liderou a mudança do modelo de negócio da startup. Um ano após sua fundação, o Flickr foi comprada pelo Yahoo por 35 milhões de dólares.
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10. Agora, veja mais sobre empreendedorismo
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10/10 (Getty Images)