Dinheiro: homem segura notas de real (Adriano Machado/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 05h00.
São Paulo – Dinheiro é essencial para começar um negócio. Não adianta ter uma ótima ideia sem disponibilidade de capital mínimo para começar a operar. “Dinheiro é fundamental para a criação de um novo negócio. É oxigênio na criação e manutenção de uma empresa”, defende Edison Kalaf, professor da Business School São Paulo (BSP).
É comum que os empreendedores não tenham todo o dinheiro que precisam para tirar uma ideia do papel. Por isso, o primeiro passo é fazer um planejamento básico, para saber o que o negócio vai demandar. “O capital próprio é a fonte de recurso mais utilizada, mas nem sempre o empresário usa uma fonte só”, diz Marcelo Nakagawa, professor do Insper. Veja a seguir onde conseguir dinheiro para começar seu negócio.
1. Capital próprio
Para Nakagawa, essa é a melhor forma de investir em uma pequena empresa. Com capital próprio, o empreendedor não contrai dívidas em bancos e tem mais noção de quanto pode gastar. “Às vezes, implica a venda de algum ativo da pessoa ou algum tipo de acordo que faz com o cliente pague antes de receber. Nos Estados Unidos, o termo é bootstrapping, pega dinheiro do cliente e entrega depois o produto”, indica.
O porém desta fonte é que o empreendedor precisa ter acumulado dinheiro ao longo do tempo. Por isso, é mais comum que pessoas mais experientes tenham essa reserva. “Esse é outro tipo de empreendedor, mais velho, e não uma startup”, diz Kalaf.
2. Incubadoras
Para startups, é muito comum que elas comecem a se desenvolver dentro de incubadoras, que são instituições ligadas, geralmente, a universidades que apoiam empreendedores iniciantes. “É uma organização que estimula a criação e o desenvolvimento de pequenas empresas. Dão espaço físico, algum infraestrutura, acesso a internet e assessoria jurídica, por exemplo”, diz Kalaf.
3. Agências de fomento
Outra opção de fonte de capital são as agências de fomento. “Esses recursos são chamados de não-reembolsáveis ou de fundo perdido”, explica Nakagawa. São organizações que trabalham com editais ou chamadas e oferecem linhas de crédito a juros baixíssimos ou nulos. “Os empreendedores tem que conhecer Fapesp, Finep, CNPQ, Senai e agências de amparo à pesquisa”, indica.
4. Empréstimo bancário
O empréstimo bancário é mais indicado para quem pensa em abrir uma franquia. “É comum bancos terem linhas de crédito espetaculares para abrir uma franquia”, indica Kalaf. “É muito difícil para quem está começando do zero, mas o empreendedor tem que prestar atenção em alguns bancos que tem financiamento para franquias”, reforça Nakagawa.
Neste tipo de crédito, é preciso ter cuidado com as taxas de juros. “No Brasil, as taxas são muito altas e é comum exigir, por exemplo, uma garantia real”, afirma Kalaf.
5. Investidores externos
Mais comum também no mercado de startups, o investimento de anjos e fundos de capital semente pode ser conseguido quando o negócio já está mais maduro. “O tipo de empresa que pega esse dinheiro é um número pequeno, são empresas de altíssimo potencial de crescimento”, diz Nakagawa. Nestes casos, o investidor quer ver o negócio concreto. No caso de anjos, investem em média de 80 mil a 100 mil reais.