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5 dicas para administrar as dívidas do seu negócio

Saber administrar os compromissos financeiros é essencial para a saúde da empresa

Dívidas não devem ser confundidas com contas a pagar, que são boletos ou débitos que ainda não venceram (Gustavo Mellossa/iStock/Getty Images)

Dívidas não devem ser confundidas com contas a pagar, que são boletos ou débitos que ainda não venceram (Gustavo Mellossa/iStock/Getty Images)

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Carolina Ingizza

Publicado em 27 de março de 2021 às 08h00.

Conjuntura econômica, imprevistos, problemas de gestão, entre outros fatores, podem levar uma empresa a se endividar. A grande questão é: como lidar com essa situação para não comprometer o futuro do empreendimento.

São exemplos de dívidas: impostos atrasados, boletos vencidos, fornecedores não pagos, encargos sociais não recolhidos, aluguel e conta de serviços, como energia elétrica, não quitados etc. Essas obrigações não devem ser confundidas com contas a pagar, que são boletos ou débitos que ainda não venceram, como uma compra a prazo. Gestão financeira é uma das principais tarefas de toda empresa.

Requer disciplina e rigor no processo, habitualidade, contínuo monitoramento e controle dos gastos. Quando a gestão financeira é realizada de maneira correta, oferece ao empresário informações precisas de suas finanças, possibilidade de redução de custos, segurança nas tomadas de decisão, melhoria dos resultados e sucesso no empreendimento. O consultor do Sebrae-SP Rogério Cardoso preparou cinco dicas para a empresa administrar bem as dívidas.

Conhecer o tamanho da dívida

É necessário conhecer em detalhes quais são as dívidas e respectivos valores, tipo (cheque especial, cartão de crédito, fornecedores, parcelas atrasadas, tributos e impostos vencidos etc.) e a taxa de correção ou crescimento. É importante saber o valor atualizado de toda a dívida. Não basta saber apenas que está no vermelho, é preciso conhecer os detalhes da situação, por pior que ela possa parecer.

Registrar todas as entradas e saídas de dinheiro

Toda movimentação financeira da empresa precisa ser registrada, incluindo as retiradas de pró-labore. É importante classificar as saídas, por meio de um plano de contas ou categoria de despesas, para o empresário descobrir para onde foi o dinheiro. As entradas podem ser classificadas pela condição ou meio de pagamento, para o empresário entender de onde ou como o dinheiro entra. As movimentações financeiras também são divididas em duas modalidades: aquelas que já aconteceram (passado) e permitem o empresário entender o comportamento dos gastos e recebimentos da empresa; e as entradas e saídas previstas (futuro), como contas a receber e a pagar; que vão possibilitar condição para a projeção de saldo futuro do caixa, ou fluxo de caixa.

Identificar sua capacidade de pagamento

Qual é o maior valor de parcela que você consegue pagar? Não adianta tentar negociar a dívida e fazer um parcelamento sem antes conhecer sua efetiva capacidade de pagamento. Procurar o gerente do banco ou fornecedor sem esta informação pode levar a uma nova situação de dívida ou ao aumento da bola de neve. Para realizar este passo, o empresário precisa conhecer os gastos da empresa, especialmente os gastos fixos.

Tentar negociar o que é devido

Os juros de cheque especial ou cartão de crédito são exorbitantes. Portanto, é fundamental substituir esse tipo de dívida por alguma com taxas menores. Junte todas as suas dívidas e troque por apenas uma. Aliado ao passo anterior, do cálculo da capacidade de pagamento, troque suas dívidas por uma com valor de parcela que realmente cabe no seu bolso.

Ter confiança e equilíbrio

Administrar uma empresa requer uma série de habilidades do empreendedor, entre as quais se destacam autoconfiança e equilíbrio para que as decisões não sejam tomadas com base no desespero. Na área de gestão, é preciso buscar qualificação e aprendizado contínuo, pois quanto maior o preparo do empreendedor, menor o risco de insucesso.

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