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5 dicas do empreendedor milionário que começou com 12 reais

O então morador de rua usou os 12 reais que tinha no bolso, destinados a um remédio da esposa, que estava grávida, para comprar doces e revender


	David Portes: sua banca de doces começou com uma decisão arriscada
 (Divulgação)

David Portes: sua banca de doces começou com uma decisão arriscada (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2015 às 15h32.

São Paulo - David Portes, cortador de cana de Campos de Goytacazes (RJ), decidiu se mudar para a cidade do Rio de Janeiro em busca de oportunidades. Ele conseguiu um emprego como motorista e uma casa na Rocinha. Mas, após ser demitido, perdeu a moradia e teve de tomar uma decisão que definiria sua trajetória como empreendedor.

O então morador de rua pegou os 12 reais que tinha (na época, o valor era em cruzados) e, em vez de comprar o remédio para dor que sua esposa grávida esperava, adquiriu doces para revender. Com a operação, ele conseguiu cerca de 24 reais, o dobro do que tinha inicialmente. Após destinar uma parte do valor para comprar o remédio (e um lanche), Portes continuou com a tática.

Assim, vender se tornou o negócio do empreendedor, que montou sua própria banca de doces. Ele só passou a prestar mais atenção no marketing quando começou a perder a clientela. Uma estratégia foi abrir vários departamentos dentro do negócio, como "Térreo" e "Mezanino EngorDiet" (veja na foto acima).

Diante de outras ideias do mesmo tipo, o empreendedor começou a ser procurado por diversas empresas e executivos para ministrar palestras. "Eu percebi que o empreendedorismo era chave para que eu pudesse mudar de vida. Hoje, eu sou uma espécie de investidor-anjo", conta.

Portes é palestrante e comanda as empresas Talk About (de palestras corporativas), a Agência D!Marketing, a AD POP e a Investcomm (aceleradora de investimentos). Apenas palestrando, Portes fatura 70 mil reais mensais.

Nesta quinta-feira (16), o empreendedor irá lançar seu novo livro, chamado "O Segredo do Sucesso: 60 dicas do homem que transformou 12 reais em milhões". Veja algumas delas:

1. Arrisque

A decisão de Portes em gastar suas últimas economias para revender doces mostra que arriscar faz parte da trajetória de um empreendedor. "Milhares de pessoas estão pensando na mesma ideia que você. Enquanto você fica com medo, elas podem criar o negócio. Quem corre na frente bebe água limpa, e quem não corre fica sem nada para beber", diz.

2. Monte o negócio perto do seu público-alvo

Antes de abrir uma empresa, é preciso conhecer muito bem as características do seu ponto comercial, incluindo o perfil dos moradores da região. "Não abra uma concessionária de luxo em Paraisópolis, mas sim na Barra da Tijuca", exemplifica Portes. Segundo o empreendedor, esse é um exercício de paciência e de planejamento.

3. Guarde uma parte do que você ganha

Portes conta que dividia o dinheiro que ganhava com sua banca em três partes: a primeira parte era destinada a comprar o produto; a segunda era para gastos pessoais; e a terceira era guardada.

"Não saia gastando o dinheiro que sobra. Guarde para saber que, no futuro, terá capital para introduzir outros produtos e, assim, ter um ganho maior", recomenda. "As pessoas acham que estão ganhando muito dinheiro no primeiro ano e gastam tudo. Depois, não têm capital de giro e a empresa quebra". 

4. Surpreenda o cliente

Um bom atendimento é fundamental, já que um cliente encantado se torna um vendedor do seu negócio, conta Portes. "A única linguagem universal é o sorriso: abre todas as portas e, também, as carteiras", brinca o empreendedor. Tenha bom humor e dê brindes, mas como cortesia e não como bajulação.

Falando no tema, Portes também recomenda dar apenas o que o cliente pediu, sem tentar empurrar outra venda ou, pior ainda, tentar vender sem cumprir a entrega que já havia sido prometida.

5. Seja honesto e transparente

Quem vende também precisa ser honesto e transparente com seu consumidor. "Deus perdoa, mas o cliente não. Se você fizer um marketing negativo, é como uma gota de veneno em um balde com água: acaba contaminando todas as partes do negócio", diz Portes.

Uma atitude ruim é agravada com a internet. "As informações podem tanto empurrar o empreendedor para cima quanto para baixo. Se ele faz algo errado e não é transparente nem honesto quanto a isso, a velocidade da internet quebra seu negócio".

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