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5 dicas de governança para pequenas empresas

É importante que o espírito empreendedor dê um pouco mais de espaço ao espírito gestor

Reunião (Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 12h12.

5 dicas de governança para pequenas empresas
Escrito por Alexandre Caseira, da Endeavor

É natural que um empreendedor, ao iniciar seu negócio, não dê muita atenção à cultura de processos da empresa. Afinal, ele é aventureiro, está assumindo riscos e precisa se preocupar com seus resultados. Engana-se quem pensa que governança é problema apenas de grandes empresas. Dar atenção a essas práticas desde cedo faz bastante diferença no crescimento sustentável das pequenas e médias.

É importante que o espírito empreendedor dê um pouco mais de espaço ao espírito gestor, quando o negócio começa a rodar. Uma governança bem feita oferece agilidade, transparência e melhor fluxo de informação a todas as partes interessadas, o que influencia diretamente na produtividade dos funcionários. Confira algumas práticas de governança mínimas para garantir o crescimento saudável de sua empresa.

1. Defina um tomador de decisões principal e outros para assuntos específicos

Vamos supor que sua empresa tem mais de um sócio - e se ainda não tiver, que um investidor um dia entre como sócio. Quando duas ou mais opiniões divergem, o que acontece? É recomendável que esteja decidido, entre todos, quem deve bater o martelo.

Discordâncias, quando passam de um limite saudável, podem chegar a paralisar uma empresa. Se isso ocorre, ela pode perder tempo de mercado e, consequentemente, vantagem competitiva.

Cabe ao presidente confiar e dar poder suficiente a cada diretor para que eles sejam as autoridades em suas áreas. Uma empresa pode ter vários diretores e nenhum CEO. Nesse caso, para evitar grandes impasses, uma das saídas possíveis é ter um conselho com presidência rotativa.

2. Estabeleça uma estrutura hierárquica coerente

É comum que um funcionário exerça mais de um tipo de função em times distintos. Ao receber demandas de vários lados, a capacidade de entrega desse funcionário é potencialmente comprometida. Deve ficar claro quem é seu líder direto, a quem ele deve se reportar, para que possa alinhar suas atividades e definir prioridades.

3. Agende reuniões periódicas

Não faz sentido ter os itens acima sob controle se o reporte de acontecimentos da empresa não é feito com certa frequência, em momentos formais. Dentro da governança, vale definir quais reuniões, com que periodicidade e quem participa de cada uma. Elas devem ser registradas em atas claras e estabelecer responsáveis finais para fazer o acompanhamento e cobrança do que foi discutido.

4. Mantenha documentos e registros organizados

Quanto mais sua empresa cresce, mais dados ela processa e mais ela terá que prestar contas. Organizar quais relatórios precisam ser elaborados, por quem, para quem e em que datas, pode poupar bastante dor de cabeça.

Uma auditoria sem ressalvas, por exemplo, facilita obtenção de bons acordos de crédito bancário. Manter a casa arrumada é importante para crescer de forma sustentável, no entanto, não é necessário colocar processos demais em empresas de pequeno porte. O empreendedor deve se perguntar sobre a relevância de cada documento, ou o resultado é uma pilha de relatórios que ninguém lê.

5. Forme um conselho consultivo

Não confunda com conselho administrativo. Desde sempre, vale a pena o empreendedor ter mentores. Se rodear de gente experiente, que já passou pelos desafios que você passa, é mais valioso que muito aporte de capital. Por isso, é aconselhável combinar com um grupo fixo, geralmente de 2 a 4 pessoas com diferentes perfis, quem participa dessas reuniões, com que frequência, e que informações devem ser compartilhadas.

Alexandre Caseira é coordenador responsável pela Endeavor Rio de Janeiro. 

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