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4 mitos sobre investimento-anjo em que as startups acreditam

Veja o que os empreendedores acreditam e que na prática não acontece quando uma startup recebe investimento-anjo

Profissionais executivos conversando (Creative Commons/Flickr)

Profissionais executivos conversando (Creative Commons/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 06h22.

São Paulo – A entrada de um investimento-anjo é um passo importante para uma startup, seja para que os seus empreendedores possam colocar sua ideia em prática ou escalar rapidamente o negócio.

“O investidor-anjo é alguém com dinheiro e contatos, interessado em contribuir para o crescimento de uma startup através de recursos financeiros e de conexões para geração de negócios e parcerias”, explica Diego Alvarez, CEO do EasyAula.

Entretanto, é preciso ter muita conversa e construir uma relação para embolsar um capital anjo. “Não é só apresentar a ideia que vai sair com o cheque na mão”, afirma Cassio Spina, investidor-anjo e fundador da associação Anjos do Brasil. 

Para Marcilio Riegert, CEO da aceleradora Start You Up, todo empreendedor deve lembrar que ao receber um aporte financeiro, o anjo se torna sócio. Veja alguns mitos que os empreendedores ainda acreditam.

1. Vou poder fazer o que quiser com o capital

Estabelecer estratégias é o primeiro passo para receber um investimento. Depois, o alinhamento entre empreendedor e investidor tem que ser frequente. Para Spina, alguns empreendedores acreditam que vão receber o dinheiro e poder fazer o que quiserem. “Aí, começam as divergências”, diz. 

“Deve-se saber que ao adicionar um investidor ao seu quadro de acionistas, o empreendedor se compromete em atualizá-lo com os resultados e rumos da empresa e deve estar disposto a ouvir sugestões e opiniões”, afirma Alvarez. Manter um bom relacionamento com um investidor é uma tarefa que demanda tempo e energia. 

2. O investimento solucionará todos os meus problemas

Aumentar a equipe, investir mais em marketing e comprar equipamentos são algumas possibilidades para usar o capital recebido e que podem solucionar problemas pontuais da startup. 


Mas, na maioria das vezes, nem tudo pode ser resolvido de primeira. Riegert explica que os recursos aplicados tornarão o investidor-anjo um acionista de sua empresa, o que lhe garantirá, em alguns casos, participar das decisões do negócio. Sendo assim, o capital não será usado para fazer só o que o empreendedor deseja.

3. Entrarei em contato com muitos outros investidores

Um investidor-anjo ideal precisa ter experiência na área de atuação da sua empresa e um networking que possa contribuir para a geração de novos negócios. Entretanto, nem sempre as expectativas dos empreendedores são correspondidas. 

“Após a concretização do investimento, pode acontecer de alguns investidores se preocuparem mais pelos resultados da empresa e sobre como o dinheiro é gasto e deixar em segundo plano a ativação efetiva da rede de contatos, que é o que mais auxilia a empresa”, explica Alvarez. 

4. Depois que o dinheiro acabar, virá mais

Vale lembrar que investidor-anjo geralmente só se interessa por projetos que atendam um nicho segmentado do mercado. Após o aporte, o desempenho da equipe da startup é decisivo.

“Sua dedicação e entrega ao empreendimento também serão fatores que o ajudarão a decidir aplicar ou não os recursos em sua empresa”, explica Riegert. “O investidor-anjo não é uma fonte de dinheiro inesgotável”, completa Spina. 

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