Homem com a mão no rosto (Creative Commons/flickr/striatic)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2012 às 08h00.
São Paulo - Adquirir uma franquia, ao contrário do que muitos podem pensar, não implica somente pagar a taxa, instalar a unidade, contratar funcionários e ver tudo funcionando perfeitamente. Antes de escolher o negócio em que você vai investir, o mais importante é avaliar a sua compatibilidade com ele – assim como em todo negócio de sucesso.
Porém, mais do que questões de afinidade com a empresa, há uma série de outros fatores que devem ser analisados no momento de eleger uma franquia. Veja abaixo algumas dicas do consultor especializado em franquias Marcus Rizzo sobre como avaliar o melhor modelo para você. Ele aponta, ainda, o que pode ocorrer quando uma rede vai à falência.
1. Programa de treinamento
Comprar uma franquia, mais que trabalhar com uma marca já conhecida no mercado e ter um modelo estruturado, é comprar conhecimento de mercado. “Treinamento fraco denota que o franqueador não conhece suficientemente o negócio que está lhe vendendo. Neste caso, como você poderá enfrentar as dificuldades que surgem no dia a dia da operação?”, questiona o especialista em franquias Marcus Rizzo.
A solução para avaliar o programa de treinamento da franquia adequadamente é conversar com um franqueado que já esteja no negócio há mais de um ano. Procure saber o que ele considera como as maiores falhas da empresa e como ele supriu as deficiências. É importante verificar se a ênfase do treinamento está apenas no produto ou se também existem orientações sobre o gerenciamento do negócio, como administração financeira e de pessoal.
2. Confiabilidade da marca
Apesar de não ser uma tarefa simples, há indícios a serem observados que podem antecipar a quebra de uma rede de franquias. Um dos sinais é a quantidade de litígios contra a rede. Além disso, deve-se observar a presença e participação do franqueador. “Normalmente o franqueador é de fácil acesso. Quando a franqueadora vai quebrar, o franqueador praticamente desaparece e sai de cena”, destaca Rizzo.
Não possuir unidades próprias é outro sinal de falta de competência na operação e no controle do negócio. Fuja também daquelas redes cujo crescimento acelerado foi baseado na agressividade do marketing de vendas de franquias. “Se não estiver alicerçado sobre um desempenho consistente do negócio e do próprio franqueado, já é um motivo para desconfiar.”
3. Pesquise sobre franquias
Antes de investir em uma franquia, é necessário conhecer o franchising e, para isso, existem várias fontes de pesquisas, sendo a internet a campeã delas. Outra forma de conhecer diversas empresas franqueadoras é participando de feiras, realizadas por várias frentes, entre elas a Associação Brasileira do Franchising (ABF).
Além disso, quem deseja investir em um modelo internacional é bom ficar de olho no site da IFA (International Franchising Association), a maior entidade de franquias do mundo, que traz links para entidades e franquias de várias partes do mundo.
4. E se a franquia acabar?
Não é impossível que redes de franquias decretem falência, mas o que pode acontecer quando uma franquia acaba? Há casos em que os franqueados se juntam e compram a franqueadora ou ela pode ser fundida ou adquirida por concorrentes.
Também acontece de apenas um franqueado comprar toda a rede de franquias e o resultado nem sempre é dos melhores, pois franqueados resistem à liderança de quem antes era seu par. “Em todos estes casos houve um ponto em comum: franqueadores não tiveram o devido cuidado com a rede e não conseguiram perceber que o maior patrimônio era o franqueado”, avalia Rizzo.