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3 exemplos de mulheres empreendedores para se inspirar

Em um mundo ainda dominado por lideranças masculinas, precisamos ressaltar a força e a resiliência de algumas mulheres empreendedoras.

Mulheres no escritório; trabalho (Thinkstock)

Mulheres no escritório; trabalho (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 15h04.

Exemplos de mulheres empreendedores para se inspirar

Escrito por Lyana Bittencourt, especialista em empreendedorismo

Em um mundo ainda dominado por lideranças masculinas, precisamos ressaltar a força e a resiliência de algumas mulheres empreendedoras que ganharam seu espaço mesmo numa sociedade que ainda pode ser considerada machista.

Não é novidade que mulheres em cargos de liderança nas empresas costumam ganhar menos, mesmo que na mesma função que os homens.

Paradoxalmente, empresas com pelo menos 30% de mulheres em cargos executivos sêniors tendem a ser pelo menos 15% mais rentáveis (segundo pesquisa do Peterson Institute for International Economics, instituto que investiga o impacto da diversidade de gênero nas empresas).

Pensando nisso, gostaria de apresentar para vocês mulheres que levantaram negócios praticamente do zero e que conquistaram espaço, desenvolvendo não apenas seus negócios, mas também contribuindo para o desenvolvimento de outros empreendedores por meio do sistema de franquias.

Cleusa Maria da Silva

Quem ouve falar da Cleusa e da Sodiê Doces, não pode imaginar que uma empresária de tanto sucesso tenha passado por tantos percalços na vida. Cleusa começou a trabalhar com 9 anos como cortadora de cana, já foi doméstica e recepcionista, começou a vender bolos para incrementar o orçamento doméstico e hoje é franqueadora com mais de 230 unidades de franquias espalhadas por todo o Brasil.

O negócio deu certo, pois Cleusa nunca parou de empreender e de acreditar no seu negócio. Ela percebeu a oportunidade de expandir por franquias ao ouvir de um cliente que queria abrir uma unidade da sua loja. Cleusa na época nem sabia do que se tratava, mas foi atrás de entender. Sua curiosidade e capacidade de abraçar uma oportunidade a levaram a construir um negócio próspero e que também leva a oportunidade de empreender para outras mulheres.

Dra. Carla Sarni

Dra. Carla é a fundadora de uma das maiores redes de franquias de clínicas odontológicas do Brasil. E também nesse caso o sucesso não caiu do céu. Foi em razão de muito trabalho e um propósito claro que Carla começou uma clínica para atendimento das classes C e D.

Durante seu período de faculdade, Carla fez trabalho voluntário para conquistar os créditos para se formar. Foi aí que ela viu a oportunidade na sua frente. Criar um modelo de negócios que possibilitasse um atendimento digno e de qualidade a pessoas de baixa renda.

Com essa missão de vida, nasceu a Sorridentes, que é um modelo de sucesso pois possibilita a dentistas ter um negócio estruturado com marca forte. Hoje a rede possui mais de 160 unidades de franquia e a Dra. Carla continua à frente com um espírito forte de liderança e de inspiração para toda a rede.

Claudia Bittencourt

Também nesse caso, a história é de superação. Claudia era executiva de uma grande empresa de fertilizantes e, após a falência dessa empresa, se viu recém viúva, com duas filhas pequenas e com uma única alternativa: superar todas as dificuldades e empreender.

Claudia decidiu montar sua própria empresa de consultoria, que iniciou suas atividades em 1982 no estado de Goiás com foco em reestruturação de empresas e, hoje, já com as atividades concentradas em São Paulo, o Grupo Bittencourt é responsável pelo desenvolvimento de mais de 2 mil projetos de estruturação e formatação de empresas para atuarem no sistema de franquias.

Claudia também tinha um propósito claro: ajudar empresários a construírem negócios prósperos que gerem empregos e melhor qualidade de vida para a comunidade onde estão inseridos.

O que faz com que essas mulheres sejam exemplos, para mim, é muito claro. Superação de dificuldades, propósito claro de vida e a certeza de que são capazes. É claro que nesse processo surgiram dúvidas e anseios, e tiveram muitas quedas, mas a capacidade de se levantar e seguir em frente foram maiores.

Meu convite é para que as mulheres se inspirem nessas histórias e saibam que o que muda o curso de uma vida é a atitude que se toma em relação às adversidades. Entre sentar e chorar ou erguer a cabeça e seguir em frente, elas escolheram a última opção.

Lyana Bittencourt é diretora de marketing e desenvolvimento do Grupo Bittencourt.

Envie suas dúvidas sobre empreendedorismo feminino para pme-exame@abril.com.br.

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