O que mantém uma equipe motivada?
Escrito por Alexandre Rangel, especialista em gestão de pessoas
Certa vez uma empresária falou: “Rangel, esse negócio de motivar pessoas é um saco sem fundo, não há dinheiro que chegue!” Imaginar que a motivação é movida a dinheiro é um grande equívoco. O dinheiro é fundamental na nossa vida, pois nos proporciona conforto, tranquilidade, possibilidade de uma vida mais saudável, lazer e tudo o mais que é possível adquirir por meio dele. Mas não se compra motivação, ela nasce, surge.
No trabalho, normalmente a motivação surge, ou desaparece, em função das atitudes da liderança e, nesse aspecto, há muitas lideranças pecadoras e responsáveis pelo baixíssimo grau de motivação e de comprometimento da equipe. Uma das queixas mais frequentes das lideranças é a falta de comprometimento das pessoas. Entretanto, se esquecem que, ao apontar o indicador para os colaboradores, na verdade, há três dedos voltados, em direçã¬o oposta, para si mesmos.
A base da motivação está no relacionamento e na comunicação entre a liderança e seus liderados, e é justamente aí que os problemas são mais recorrentes, devido a uma série de fatores, tais como: comunicação agressiva, relacionamento distante, falta de objetivos claros, ausência de feedback, broncas inúteis e depreciativas.
Manter uma equipe motivada exige da liderança atitudes que estejam alinhadas com os anseios dos liderados e que os façam se sentir respeitados e valorizados.
O ser humano tem três necessidades fundamentais, que devem ser atendidas no ambiente de trabalho: ser ouvido, ser reconhecido e poder aprender com os próprios erros.
Ser ouvido: se você é líder, dedique 60 minutos para conversar com sua equipe. Reserve 45 minutos para ouvir e 15 minutos para falar. Desses 15, utilize 10 minutos para fazer perguntas e use os 5 minutos restantes para dar a palavra final. Com essa atitude, você vai praticar o “saber ouvir” e atenderá à primeira necessidade básica.
Ser reconhecido: expresse seu reconhecimento, quando perceber que houve uma dedicação especial para um trabalho ficar bem-feito. Cumprimente, parabenize, elogie. As pessoas se sentem felizes quando são notadas e reconhecidas. Assim, você atenderá à segunda necessidade básica.
Ter o direito de errar: reconheça a intenção positiva da pessoa. Todo comportamento tem por trás uma intenção positiva. Sempre. Pelo menos do ponto de vista de quem o pratica. Entender isso pode ser a solução para a maioria dos problemas de relacionamento com os funcionários. Reconhecer a intenção positiva, dar valor a ela e buscar alternativas. Essa sequência pode resolver a maioria dos problemas com a equipe. Fica mais fácil entender o outro, quando nos colocamos em seu lugar, olhamos a situação com seus olhos e conhecemos o porquê de fazer o que faz. Dessa forma, é possível desaprovar uma ação feita por um funcionário, mas ainda assim continuar a valorizá-lo como pessoa. Reconheça a intenção positiva das pessoas e permita que elas aprendam com seus próprios erros, que assim estará atendendo à terceira necessidade básica.
Manter uma equipe motivada não é tão difícil, vai depender da atitude do líder.
Alexandre Rangel é sócio-fundador da Alliance Coaching.
Envie suas dúvidas sobre gestão de pessoas para pme-exame@abril.com.br.
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1. Aprenda com eles
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São Paulo – Quer estar no comando da sua própria
empresa? Pois saiba que a vida de CEO (sigla em inglês para diretor executivo) não é nada simples. Pelo contrário, quem está à frente de um negócio muitas vezes enfrenta a solidão de decisões difíceis, tomada de riscos e o julgamento constante de quem trabalha ao seu lado. Para ajudá-lo a conhecer esses desafios, listamos aqui dez ensinamentos que todo CEO recebe ao estar no comando de um negócio. Cada ponto foi relatado por um executivo diferente, em resposta a um post na
rede social Quora, que perguntava: “Quão difícil é ser um CEO?”. “Se você é um CEO ou já foi um pode descrever o que faz diariamente?”, solicita o post, que teve um total de 68 respostas até ontem. Os relatos dão uma ideia de como é estar à frente de uma empresa, posição em geral reservada aos próprios fundadores no caso de negócios menores, mas que também pode ser ocupada por outras pessoas contratadas para isso. Veja nos slides acima dez lições que você deve aprender para pensar como um CEO.
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2. 1 – Tomar o mínimo de decisões possível
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“Ser um CEO é pelo menos duas vezes mais difícil do que a segunda posição mais difícil numa empresa. É realmente duro. Isso é especialmente verdade no caso de CEOs fundadores. “Para tornar o trabalho mais fácil, os CEOs deveriam tentar tomar o mínimo de decisões possível. Grandes CEOs devem deixar a maior parte das decisões para outras pessoas na empresa. Isso libera seu tempo para focar em decisões mais importantes (e tem o benefício extra de desenvolver as pessoas dentro da organização, por conta da confiança que é depositada nelas).” Auren Hoffman, ex-CEO da LiveRamp e empreendedor, fundador de ao menos cinco empresas.
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3. 2 – Exercer muitos papéis
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“O papel do CEO varia muito de empresa para empresa, especialmente de acordo com o tamanho de cada uma. “Acho que todos sabem que os CEOs desempenham muitos papéis. Mas a parte desafiadora é que, como CEO, você precisa descobrir qual chapéu vestir – dentre milhares e milhares de opções. Existem sempre milhões de coisas que você pode fazer como CEO, então muito do meu tempo é gasto tentando descobrir no que vale a pena gastar o meu tempo. A cada um ou dois meses, eu assumo um novo papel, e então tento ver se aquilo é vital para o negócio, e como estruturar aquele papel, para então poder entregá-lo para outra pessoa na equipe e procurar um novo chapéu para provar.” Lauren Kay, fundadora da Dating Ring e da SmartSitting.
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4. 3 – Correr riscos
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“Muita gente diz que o CEO gerencia pessoas, mas numa startup em geral não existe muita gente para gerenciar, principalmente quando você ainda é um estudante. Eu toquei minha empresa sozinho por alguns anos. “Eu diria que a gestão é uma grande parte do trabalho do CEO, mas quando você está começando pode não ser tanto assim. Outro grande papel do CEO é ser capaz de tomar grandes decisões e correr riscos. Um CEO está sempre pesando riscos e avaliando decisões a fim de seguir no caminho certo, isso pode ser bem estressante às vezes.” Usman Majeed, fundador da TechTwurl e da Protection.
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5. 4 – Saber que você é o menos importante
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“Eu fui CEO de uma empresa de 25 mil funcionários por 10 anos. Aqui estão algumas reflexões sobre isso: - Eu não queria ser CEO. As pessoas que têm muita ambição de chegar lá, fora os fundadores, provavelmente não são as certas para o papel; - Sim, é verdade, é solitário e tudo é culpa sua; - Se você fizer seu trabalho direito, você trabalhará o tempo todo, e precisa ser disciplinado para manter seu corpo e sua mente saudáveis; - Você deve ter uma mesa em ordem – é sério. Você é a única pessoa na empresa com a pesada responsabilidade de garantir a sobrevivência do negócio no longo prazo. Você não pode pensar sobre isso com uma caixa de e-mails cheia e uma mesa cheia de papéis; - Seja muito, muito acessível. Ande por aí propositalmente. Você vai captar o que está realmente acontecendo, com o que as pessoas estão preocupadas; - Livre-se de pessoas que têm alta performance, mas são um pé no saco. Os lucros que elas geram em geral são anulados pelos lucros perdidos pelo desperdício de energia de todos os outros que são desmoralizados e atingidos pelo mau comportamento deles; - Lembre-se de que, no trabalho diário, você provavelmente é a pessoa menos importante na organização (a maioria dos CEOs não entende isso). A pessoa servindo o cliente é a mais importante." Geoff Cooper, ex-CEO.
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6. 5 – Conformar-se com um trabalho ingrato
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“CEO é um trabalho ingrato, existem mais cicatrizes do que troféus. Você precisa motivar a si mesmo, seus funcionários e parceiros, independente dos obstáculos financeiros, e assegurar a integridade do negócio. Os elogios devem sempre ser distribuídos para o bom trabalho e você pessoalmente aceita todos os erros em estratégia, julgamento e performance. “O papel de CEO vai mudar sua alma e torná-lo mais forte em todos os aspectos da vida. Você vai olhar para os negócios de forma diferente, e apreciar o que é preciso para liderar uma empresa.” Christopher Justice, diretor de marketing da Magnolia International.
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7. 6 – Aceitar a falha dos outros
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“A parte mais difícil de ser um CEO é explicitamente dar um passo atrás e permitir que outra pessoa falhe – mesmo acreditando que algo é um erro e que provavelmente gerará arrependimento e ansiedade para a organização – reconhecendo que o erro é o preço para a descoberta. "Porque, no fim do dia, eu sou apenas uma pessoa. E mesmo que eu saiba um monte de coisas, eu sei muito pouco sobre tudo. Minha meta como CEO é construir uma organização cheia de pessoas que são experts em resolver as coisas por elas mesmas.” David Barrett, fundador e CEO da Expensify.
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8. 7 – Convencer as pessoas de que você é a pessoa certa (e liderá-las)
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“A parte mais difícil de ser um CEO é convencer a todos de que você deve ser o CEO. Não quero dizer colocar o trabalho em primeiro lugar, o que já é difícil. Quero dizer que, em uma empresa de 30 pessoas, ou em uma de 30 mil, existem 30 ou 30 mil pessoas que têm uma opinião sobre o que o CEO deveria fazer em qualquer situação. Você precisa ouvir a sua equipe (foi por isso que você os contratou), mas então tomar a sua decisão (é por isso que você foi contratado), e então convencer as pessoas não apenas de seguir a sua decisão, mas de convencerem as equipes delas a segui-la, mesmo que eles pensem que suas ideias eram melhores que a sua escolha. Isso é liderança.” Richard Russell, empreendedor, fundador de duas startups.
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9. 8 – Ter inteligência emocional
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"Ser um CEO exige muito foco e flexibilidade e junto com isso toneladas de energia, experiência e inteligência emocional. Esta última pode ser a mais importante. "Se existe algo que um CEO precisa é do combo de casco duro com o coração mole. E essas duas características devem aparecer quase simultaneamente, sem que uma se sobreponha à outra. Ninguém pode saber o que te preocupa ou estressa, porque, se eles souberem , isso pode comprometer tudo. E enquanto isso ainda capacitar outras pessoas, mais do que engrandecer a si mesmo." Andrea Morisette Grazzini, empreendedora.
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10. 9 – Saber dizer não
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“Para mim, ser CEO significa duas coisas: esforçar-se constantemente para se tornar redundante e exercitar-se para dizer não quando necessário (em desacordo com a disposição natural de pessoas nessa posição). Vejo as pessoas falharem o tempo todo nesta questão. "Contrate ótimas pessoas, delegue, dê a você mesmo o espaço para focar em crescimento. Seu espírito empreendedor como um líder empresarial significa que a sua verdadeira satisfação e seu verdadeiro valor tendem a vir com a avaliação de onde crescer – novas iniciativas, entrar em novos mercados, desenvolver novos produtos ou serviços. “Quando você é CEO, você não é necessariamente parte de um departamento – por isso, encontrar ativamente outros donos de negócios, lembrar a si mesmo que o seu papel é de fato um papel, mesmo que às vezes ele pareça vago, isso é muito importante.” Anant Sharma, CEO da Matter Of Form.
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11. 10 – Saber vender
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“CEO não é um cargo de trabalho, é um estilo de vida. A SchooLinks é minha primeira startup, e para mim ser CEO significou duas coisas: vender e inspirar. "Você vende a sua visão, vende você mesmo e a sua equipe para os investidores, o seu produto para o cliente e o futuro da sua empresa para os seus funcionários. "Você inspira seu time a inovar, criar e trabalhar duro. Você não precisa saber absolutamente tudo, mas precisa saber o caminho para resolver qualquer problema que você ou a sua equipe encontre pelo caminho." Katie Fang, fundadora e CEO da SchooLinks.
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12. Se animou? Então veja esses conselhos de mestre:
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12/12 (Reprodução)