Mark Zuckerberg: em publicação no Facebook, presidente da empresa disse que sua esposa e ele investem 40 milhões de dólares na causa por ano (Charles Platiau/Reuters)
Carolina Ingizza
Publicado em 1 de junho de 2020 às 11h49.
Última atualização em 1 de junho de 2020 às 11h52.
O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou na noite do último domingo, 31, que a empresa iria destinar 10 milhões de dólares para grupos antirracismo nos Estados Unidos. O anúncio, feito em publicação na rede social, foi o segundo pronunciamento público do empresário feito após a morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos assassinado por um policial na cidade de Minneapolis, no estado de Minnesota.
Na publicação de domingo, Zuckerberg disse que o Facebook doaria 10 milhões de dólares para grupos que lutam contra a desigualdade racial nos Estados Unidos. Ele reconheceu que o valor não era uma grande quantidade para resolver o problema, mas disse que sua esposa e ele investem 40 milhões de dólares todos os anos para essa causa por meio de sua fundação.
“A dor da semana passada nos lembra de quão longe nosso país ainda precisa ir para dar a cada pessoa a liberdade de viver com dignidade e paz. Nos lembra mais uma vez que a violência que os negros americanos vivem hoje faz parte de uma longa história de racismo e injustiça. Todos nós temos a responsabilidade de criar mudanças", escreveu o empresário.
Zuckerberg também afirmou que o Facebook precisa fazer mais para manter as pessoas seguras e garantir que os sistemas não aumentam o preconceito existente.
O Facebook foi muito criticado por parte de seus funcionários após a decisão de manter as publicações do presidente Donald Trump sobre os protestos que aconteciam nos Estados Unidos no dia 29 de maio, após a morte de Floyd. O presidente americano escreveu no Twitter e no Facebook que quando "quando os saqueamentos começam, o tiroteio começa”, o que muitos entenderam como uma ameaça contra os primeiros manifestantes de Minneapolis.
Enquanto o Twitter bloqueou a publicação do presidente afirmando que ela violava as regras da plataforma por “glorificar a violência”, o Facebook decidiu mantê-la.
Zuckerberg defendeu a decisão no dia 30, dizendo que sabia que muitas pessoas estavam chateadas por a plataforma ter deixado o posts do presidente, mas que sua posição era a de que a companhia deveria permitir o máximo de expressão possível. Desde a publicação, muitos funcionários do Facebook usaram suas redes privadas para expressar sua insatisfação com a decisão da empresa.