Caio Bonilha: de acordo com o Bonilha, sua renúncia ocorreu em comum acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (Divulgação/Telebras)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 13h46.
Brasília - O ex-presidente da Telebras, Caio Bonilha, entregou o cargo nesta quarta-feira, 15, ao então diretor comercial da estatal Francisco Ziober Filho.
O engenheiro entregou ontem carta de renúncia à presidência da empresa, alegando motivos pessoais e profissionais. Ele explicou que a distância da família - que não reside em Brasília - foi um dos fatores que o levaram a deixar a presidência da companhia.
De acordo com o Bonilha, sua renúncia ocorreu em comum acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Ele ocupava a presidência da Telebras desde junho de 2011.
"Durante esses três anos não faltaram recursos à Telebras. A companhia estava desativada e voltou a ser competitiva no mercado por meio do Plano Nacional de Banda Larga", destacou.
Para Bonilha, que deve voltar ao mercado como consultor, este seria o melhor momento para deixar a Telebras, já que um ciclo de desenvolvimento de projetos da estatal estaria sendo encerrado.
"Estamos fechando um ciclo importante, que foi a implantação e operação de um backbone nacional, com uma estrutura que irá atender a Copa do Mundo para a transmissão de TV", afirmou.
Ele relatou que 75% das obras para o Mundial estão concluídos, faltando ainda a conclusão da instalação das redes nos estádios que ainda estão em construção. "Não vai fazer diferença a minha presença aqui para a Copa", acrescentou.
O agora ex-presidente da Telebras também citou o desenvolvimento de projetos estratégicos, como o satélite nacional e o novo cabo submarino ligando o Brasil à Europa, cujos principais acordos para a construção dos equipamentos já foram assinados.
"O novo ciclo da empresa, que começa agora, focará no aumento da capilaridade da infraestrutura e implantação de redes metropolitanas, além da execução dos projetos do satélite e do cabo submarino", completou.
Bonilha disse ainda que, por enquanto, a Telebras não tem a intenção de abrir capital e também não está prevista uma capitalização com recursos do Tesouro Nacional. Segundo ele, a empresa continua buscando recursos junto a instituições financeiras para arcar com seus planos de investimento.