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YPF perde caso sobre interrupção de exportação ao Brasil

Estatal de energia perdeu um caso de arbitragem internacional bilionário por ter suspendido as exportações de gás natural ao Brasil

Estação de gás da YPF: Argentina suspendeu suas exportações de gás natural para o Brasil e Chile em 2004, quando a produção do combustível começou a cair (Marcos Brindicci/Reuters)

Estação de gás da YPF: Argentina suspendeu suas exportações de gás natural para o Brasil e Chile em 2004, quando a produção do combustível começou a cair (Marcos Brindicci/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 12h36.

Buenos Aires - A estatal de energia da Argentina, a YPF, perdeu um caso de arbitragem internacional bilionário por ter suspendido as exportações de gás natural para o Brasil, disse a empresa nesta segunda-feira em um comunicado à bolsa de Buenos Aires.

A YPF suspendeu as exportações de gás para o Brasil desde 2004 e rescindiu os contratos com a AES Uruguaiana (AESU) e com a operadora de gasoduto Transportadora de Gas del Mercosur (TGM) em 2009.

A Câmara de Comércio Internacional, um painel de arbitragem com sede em Paris, decidiu em favor das empresas, que haviam entrado com uma ação contra a YPF, juntamente com a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), por cerca de 1,4 bilhão de euros, disse uma fonte da indústria.

Naquela época a YPF era controlada pela espanhola Repsol, mas que há um ano foi expropriada pelo governo argentino.

"Esta decisão é somente sobre a responsabilidade das partes, deixando de fora a determinação dos danos que poderiam existir e que podem ser objeto de um novo processo de arbitragem perante o mesmo tribunal", disse a empresa em um comunicado à bolsa.

A Argentina suspendeu suas exportações de gás natural para o Brasil e Chile em 2004, quando a produção do combustível começou a cair.

A TGM, que opera um gasoduto argentino até a fronteira com o Brasil, tem entre seus acionistas para a argentina Tecpetrol, a francesa Total, a malaia Petronas e a norte-americana CMS Energy.

A AESU pertence ao grupo brasileiro AES, enquanto que 51 por cento do capital da Sulgás são controlados pelo Estado do Rio Grande do Sul e o restante é de propriedade da Petrobras.

A decisão desfavorável à YPF vem em um momento em que a empresa está à procura de parceiros para financiar um plano estratégico ambicioso para 7 bilhões de dólares anuais até 2017 para elevar sua reduzida produção de petróleo.

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