Agronegócio: a fabricante de fertilizantes Yara divulgou o balanço do 4º trimestre de 2019 nesta sexta-feira (Paulo Fridman/Corbis/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 14h11.
São Paulo - A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara reportou, nesta sexta-feira, 7, lucro líquido após participações de acionistas minoritários de US$ 199 milhões (US$ 0,73 por ação) no quarto trimestre de 2019. O resultado representa alta de 26,7% ante o registrado em igual período do ano passado, de US$ 157 milhões (US$ 0,58 por ação). Já a receita recuou 12,4% no mesmo comparativo, para US$ 3,028 bilhões.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 16%, para US$ 499 milhões.
Ao excluir itens especiais, o Ebitda do quarto trimestre do ano passado teve avanço de 24%, comparado com igual intervalo de 2018, para US$ 525 milhões.
Após a divulgação dos resultados financeiros, às 9h30 de Brasília, os papéis da Yara negociados na Bolsa Valores de Oslo operavam em alta de 5,31%, a 378,60 coroas suecas por ação (US$ 1 = 9,63 coroas suecas).
As entregas de produtos da companhia foram 3,0% menores em comparação com o ano anterior, e atingiram 9,097 milhões de toneladas. A empresa atribui à queda nas entregas especialmente ao menor volume de produtos entregues na Europa.
A produção de insumos da companhia no período registrou baixa de 3,8%, para 5,43 milhões de toneladas. Quanto ao Brasil, a companhia informou que o volume importado de ureia diminuiu 4,7% na comparação entre o quarto trimestre de 2019 e 2018, passando de 2,1 milhões de toneladas para 2 milhões de toneladas.
Segundo a companhia, o resultado trimestral refletiu margens comerciais mais elevadas e um melhor mix de produtos, que mais que compensaram o impacto negativo dos preços mais baixos das commodities.
A queda na receita pelo segundo trimestre consecutivo veio em linha com o observado nos resultados das demais empresas de insumos.
A demanda global por fertilizantes arrefeceu no ano passado em virtude de quebras nas safras dos principais países produtores, o que levou os agricultores a diminuírem o investimento em tecnologias, como o adubo.