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XP quer ser o 1º banco de varejo apenas virtual do país

O investimento no projeto, concentrado basicamente em tecnologia, está orçado em R$ 80 milhões, distribuídos nos próximos três anos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 10h50.

São Paulo - A XP Corretora quer ser em 2014 o primeiro banco de varejo exclusivamente virtual do Brasil e, em cinco anos, aumentar o número de agentes autônomos de investimento, dos atuais 1,5 mil para 15 mil. O pedido de autorização ao Banco Central para atuar como banco será encaminhado no mês que vem.

O investimento no projeto, concentrado basicamente em tecnologia, está orçado em R$ 80 milhões, distribuídos nos próximos três anos. Hoje, a corretora tem 80 mil clientes ativos e espera chegar a 160 mil até o fim de 2014. “

"Se 20% de nossos atuais clientes abrirem contas em nosso banco de varejo, o projeto está pago"”, disse o executivo-chefe e fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol.

Mas tornar-se um banco não é o maior projeto da corretora. “Nosso principal projeto é fomentar a atividade de agentes autônomos. É nele que nossos sócios estrangeiros têm interesse em investir”, disse Benchimol. Os sócios estrangeiros da XP são as empresas de private equity Actis, com participação de 10%, e General Atlantic, com 30%.

“"A ideia é formar mercado. Queremos que profissionais de outras áreas venham para esta atividade, como distribuidores de previdência, gerentes de bancos, corretores de seguros e empreendedores de forma geral”", explica Benchimol.

A corretora pretende investir R$ 10 milhões em 2013 em eventos e outras iniciativas para disseminação da atividade.

A XP é atualmente a corretora com o maior número de agentes autônomos. A empresa nasceu em 2001, com um grupo de agentes autônomos que chegou a ter 30 filiais. Os 1,5 mil agentes representam 50% do mercado, de acordo com dados da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord).


Em 2010, a corretora expandiu seus negócios para a distribuição de fundos de investimento e outros produtos financeiros, criando o primeiro shopping financeiro, um modelo que foi seguido por outras corretoras na esteira das perdas do mercado acionário depois da crise.

Em qualquer um de seus projetos, a preocupação do executivo é ocupar um espaço no mercado que, a seu ver, os grandes bancos não conseguem e não querem atender.

“Entendemos que, com a estabilidade alcançada pela economia brasileira e o amadurecimento do mercado de capitais, há muitos investidores potenciais que precisam e buscam orientação sobre produtos que os gerentes dos grandes bancos não estão treinados e não têm interesse em oferecer”, disse.

Nesse sentido, Benchimol espera que seu banco virtual preencha as necessidades de serviços bancários de clientes que já investem seus recursos por meio da corretora, mas de modo personalizado e com custo inferior à rede convencional dos bancos com agências físicas.

Benchimol diz que a corretora estuda com profundidade os modelos de bancos virtuais de maior sucesso no mundo, como o americano TD Bank.

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