Fundadores da Wiz: israelenses também criaram a Adallom, em 2012 (Avishag Shaar Yashu/Divulgação)
Repórter
Publicado em 18 de março de 2025 às 18h02.
Última atualização em 18 de março de 2025 às 18h05.
Nesta terça-feira, 18, a Alphabet (controladora do Google) anunciou a compra da startup israelense de cibersegurança Wiz por impressionantes US$ 32 bilhões. A aquisição não apenas marca a maior transação da história da gigante de tecnologia, mas também coloca seus fundadores — Assaf Rappaport, Yinon Costica, Ami Luttwak e Roy Reznik — um pouco mais acima na lista dos mais ricos do mundo.
A trajetória da Wiz começa em Israel, onde seus fundadores se conheceram durante o serviço militar na Unidade 8200, uma das divisões das Forças de Defesa de Israel (IDF). Essa unidade de inteligência, especializada em guerra cibernética, é frequentemente comparada à National Security Agency (NSA), agência de segurança dos Estados Unidos.
Após prestar serviço militar, Rappaport, Luttwak e Reznik se juntaram para criar a startup Adallom em 2012 (Costica entrou mais tarde, em 2014, como vice-presidente de produtos). Como a americana Salesforce, a empresa protegia dados sensíveis de empresas na nuvem. Ela chamou rapidamente a atenção da Microsoft: três anos depois, em 2015, foi comprada pela gigante por US$ 320 milhões.
Após alguns anos trabalhando na 'casa' de Satya Nadella, onde ajudaram a desenvolver soluções de segurança para o Microsoft Azure, os quatro amigos decidiram sair para criar a Wiz em 2020. Ainda com foco em cibersegurança, a startup se destacou rapidamente e conquistou clientes como Slack, BMW, DocuSign e Plaid.
Antes da aquisição pelo Google, em 2024, a Wiz já estava avaliada em US$ 12 bilhões, o que fez com que cada um dos fundadores fosse estimado em US$ 1,2 bilhão pelo índice de bilionários da americana Forbes. Todos eles detêm 10% de participação na companhia.
A estimativa é que, após o fechamento do negócio de US$ 32 bilhões, cada fundador passa a ter uma fortuna de aproximadamente US$ 3,2 bilhões cada, totalizando US$ 12,8 bilhões.
Vale ressaltar que o valor vai diminuir com a taxação de impostos feita por Israel. Para a venda de ações de empresas não públicas, a taxa mínima é de 30% para acionistas majoritários. Isso impacta também o fundo Cyberstarts, que tem 10% de capital da empresa.