Wells Fargo: as ações do Wells Fargo fecharam com queda de mais de 1% em Nova York nesta sexta (Justin Sullivan/Getty Images)
AFP
Publicado em 4 de agosto de 2017 às 19h22.
O gigante bancário Wells Fargo afirmou, nesta sexta-feira, que pode descobrir ainda mais contas falsas, ampliando o escândalo que abalou a instituição há pouco mais de um ano.
O terceiro maior banco dos Estados Unidos anunciou uma expansão da sondagem interna para investigar três anos adicionais, que provavelmente revelarão mais contas de poupanças e cartões de crédito não autorizadas.
A empresa também revelou uma nova investigação por reguladores na prática bancária de cobrar encargos a donos de imóveis para manter as taxas de juros de suas hipotecas por prazos mais longos.
Como resultado dos contínuos problemas legais, o Wells Fargo disse que os fundos reservados para cobrir os gastos com ações legais chegaram a 3,3 bilhões de dólares no fim de junho, ante os 2 bilhões do trimestre anterior.
No ano passado, o banco foi o centro de um escândalo por admitir que funcionários tinham aberto milhões de contas no nome de clientes sem seu conhecimento para bater metas de vendas.
O banco pagou 185 milhões em multas, recuperou milhões em compensação de executivos e o CEO John Stumpf se afastou após ser publicamente criticado por legisladores.
No relatório trimestral divulgado na sexta-feira para a Comissão de Títulos e Câmbio, o banco disse que ampliou sua revisão interna para avaliar sete anos - de janeiro de 2011 a setembro de 2016 - em vez de apenas quatro.
O banco espera encontrar "um aumento significativo" no número de contas fictícias, afirma o relatório.
Mas qualquer novo pagamento aos clientes não deve afetar significativamente a situação financeira do banco, disse.
Além disso, o Wells Fargo também anunciou nesta sexta-feira um acordo num processo em que o banco é acusado de cobrar indevidamente taxas ocultas de devedores que eram veteranos militares. O banco vai pagar 108 milhões aos Estados Unidos para resolver o caso.
As ações do Wells Fargo fecharam com queda de mais de 1% em Nova York nesta sexta.