Reestruturação: as unidades das marcas BIG e Hiper Bompreço serão convertidas para marca Walmart (foto/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 28 de outubro de 2016 às 11h48.
Última atualização em 28 de outubro de 2016 às 12h33.
São Paulo – O Walmart anunciou que irá investir R$ 1 bilhão nos próximos três anos para reformular suas lojas no Brasil. Ao longo dos próximos anos, a companhia irá converter todas as unidades das marcas BIG e Hiper Bompreço para Walmart.
As três primeiras lojas a serem alteradas são a unidade Walmart Tamboré, na Grande São Paulo, e os mercados da marca BIG em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, e Santa Felicidade, no Paraná, que serão convertidos para a marca Walmart.
Em 2004, a companhia comprou a rede Bompreço, varejista nordestino que pertencia ao grupo holandês Royal Ahold por US$ 300 milhões. A rede Sonae, que era dona da marca BIG, foi adquirida em 2005 por R$ 1,7 bilhão.
Segundo o presidente, as mudanças nas marcas serão acompanhadas de melhorias no sortimento e disposição das lojas. “Temos muito respeito pelas marcas que adquirimos. Não poderíamos simplesmente mudar o nome na fachada sem oferecer melhorias importantes e mais inovação para nosso cliente”, explicou.
O projeto de revitalização da sua operação no Brasil começou há um ano com pesquisas com consumidores, para entender o que eles esperavam de um hipermercado, afirmou a empresa.
“Fizemos uma verdadeira transformação do nosso hipermercado, alterando desde a planta da loja, tipo de sortimento, serviços oferecidos a equipamentos do salão de vendas e das áreas internas”, afirmou o presidente. Um dos objetivos é simplificar a operação da empresa no Brasil e torná-la mais ágil e com processos padronizados.
“Operamos hoje cinco formatos de lojas entre hipermercados, supermercados, lojas de vizinhança, de atacado e clubes de compras. No caso dos hipermercados, temos três bandeiras diferentes no país. Precisamos simplificar nossa operação e resolvemos focar nos hipermercados pela representatividade no nosso negócio”, disse Cotini.
Antes de fazer a conversão das bandeiras, no entanto, a empresa precisou fazer a integração dos sistemas de todas as unidades, concluída em julho deste ano. “Sem os sistemas integrados, não teríamos os ganhos de produtividade esperados”, afirmou o presidente.
Cotini assumiu o cargo como presidente da operação brasileira em janeiro deste ano. Ele estava na empresa desde 2014, como vice-presidente.
No mesmo mês, a empresa anunciou o fechamento de 60 lojas no país que estavam com resultados abaixo do esperado. No mundo todo, o número de unidades fechadas foi de 269.
Lojas transformadas
Além das conversões de bandeiras, a disposição e os sortimentos das unidades também passarão por mudanças. De acordo com o Walmart, as novas lojas serão mais confortáveis, claras e com corredores mais amplos.
“Teremos uma qualidade maior nas frutas e verduras, um sortimento mais inovador nos itens de tecnologia e preços baixos sempre”, cita a companhia. O projeto também inclui melhorias nos estacionamentos e na galeria de serviços.
Presente no país desde 1995, o Walmart Brasil opera hoje com 485 unidades e cerca de 70 mil funcionários. São 9 bandeiras entre hipermercados (Walmart, Hiper Bompreço e BIG), supermercados (Bompreço, Nacional e Mercadorama), atacado (Maxxi), clube de compras (Sam’s) e lojas de vizinhança (TodoDia).
Em 2015, o faturamento da empresa no Brasil foi de R$ 29,3 bilhões.