Negócios

VW, Mercedes e Volvo dão folgas coletivas

A indústria automobilística, que tem estoques para 46 dias de vendas, segue adotando medidas de corte de produção


	Trabalhadores da Volkswagen durante assembleia após demissões em São Bernardo do Campo: aproximadamente 13 mil trabalhadores entrarão em férias coletivas
 (Edmilson Magalhães/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC/Fotos Públicas)

Trabalhadores da Volkswagen durante assembleia após demissões em São Bernardo do Campo: aproximadamente 13 mil trabalhadores entrarão em férias coletivas (Edmilson Magalhães/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 09h05.

São Paulo - A exemplo do que fez durante todo o primeiro trimestre, a indústria automobilística, que tem estoques para 46 dias de vendas, segue adotando medidas de corte de produção.

A Volkswagen vai parar todas as atividades da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) entre os dias 4 e 14 de maio, na sequência do feriado do dia do Trabalho. A empresa produz os modelos Gol, Voyage e, recentemente iniciou a montagem do Jetta.

Aproximadamente 13 mil trabalhadores das áreas de produção e administrativa entrarão em férias coletivas, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A empresa não comentou o assunto.

Na Mercedes-Benz - fabricante de caminhões e ônibus também em São Bernardo -, os quase 10,5 mil funcionários estão de folga hoje e amanhã, conforme informação do sindicato confirmada pela empresa.

Esse tipo de parada geral vem ocorrendo desde o ano passado na unidade, que também tem cerca de 750 trabalhadores em lay-off com volta prevista para o fim do mês.

A montadora prorrogou para o dia 27 o fim de um programa de demissão voluntária (PDV) que deveria ter sido encerrado no início do mês.

Na segunda e na terça-feira os trabalhadores ficarão em casa em razão do feriado de Tiradentes.

Em Curitiba (PR), a Volvo colocará em banco de horas cerca de 1,5 mil trabalhadores do setor de caminhões entre 20 de abril e 4 de maio, aproveitando os dois feriados do período. No dia 6, um grupo de 1,7 mil funcionários retornou de férias coletivas de 20 dias.

A produção total de veículos teve queda de 16,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014, para 663 mil veículos. Só para caminhões a queda foi de 49,3% (21,7 mil unidades).

Neste ano, as montadoras já demitiram 3,6 mil trabalhadores. Em 12 meses, foram fechadas 14.660 vagas.

Já as vendas totais de veículos caíram 17%, para 674,3 mil unidades, enquanto para o segmento de caminhões isoladamente caiu 36,6%, para 19,3 mil unidades.

Entre os motivos apontados pelos fabricantes estão a crise econômica, a falta de confiança dos consumidores e o crédito mais caro.

Ações de venda

Fábricas e revendas têm 360,3 mil veículos em estoque. No mês passado foram vendidas apenas 234,6 mil unidades. Para atrair clientes, as fabricantes lançam mão de várias promoções. A General Motors iniciou no fim de semana campanha de troca com troco.

O consumidor leva o carro usado para trocar por um novo e, dependendo das condições do veículo, pode sair da loja com R$ 10 mil e usar a diferença para abater do valor do zero quilômetro.

A marca oferece ainda juro zero no financiamento de vários modelos, com entrada de 60% do valor do bem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaEmpresasEmpresas alemãsIndústriaIndústrias em geralMercedes-BenzMontadorasVolkswagen

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'