Votorantim: maior produtora de alumínio do Brasil possui quatro unidades de produção. Em Poços de Caldas, Miraí e Itamarati de Minas, a Votorantim possui minas de bauxita e unidades de beneficiamento desta matéria-prima. (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2013 às 19h14.
Rio de Janeiro - A Votorantim Metais, empresa do conglomerado do empresário Antônio Ermírio de Moraes, passou a comprar bauxita de terceiros para manter sua produção de alumínio em meio à interrupção de outorgas de lavra pelo governo, informou a companhia.
Sem licença de lavra, a empresa enfrenta dificuldades para produzir a matéria-prima do alumínio na unidade de produção de Poços de Caldas, em Minas Gerais, afirmou um assessor de imprensa da companhia, ao ser procurado pela Reuters.
O governo brasileiro mantém congelada há mais de um ano a emissão de outorgas de pesquisa e de lavra para aguardar as novas regras do novo marco regulatório do setor.
Diante das dificuldades para produzir o próprio insumo, a alternativa para prosseguir com as atividades na unidade de bauxita foi adquirir o insumo de produtores de vizinhos, disse um representante do sindicato de trabalhadores da região, preferindo ficar no anonimato.
A maior produtora de alumínio do Brasil possui quatro unidades de produção. Em Poços de Caldas, Miraí e Itamarati de Minas, a Votorantim possui minas de bauxita e unidades de beneficiamento desta matéria-prima.
A bauxita das três unidades é destinada à fábrica da Votorantim Metais no município de Alumínio, em São Paulo, com capacidade para produzir 475 mil toneladas anuais de alumínio.
No caso da unidade de bauxita da Votorantim em Poços de Caldas, a exaustão da mina levou à necessidade de exploração em nova área onde a Votorantim não possui ainda a licença de lavra.
Os projetos de mineração no Brasil que aguardam autorização para iniciar a produção chegam a cerca de 120.
Tratam-se de projetos que já possuem licenciamento ambiental e que estão parados somente por falta de outorga de lavra.
A Votorantim Metais é também uma das cinco maiores produtoras mundiais de zinco e a maior fabricante de níquel eletrolítico da América Latina. Um dos planos de crescimento da empresa era justamente a produção de bauxita.
Para o período entre 2011 e 2013, a projeção de investimentos da Votorantim era de investir 15 bilhões de reais na ampliação de suas operações, sendo que a divisão de metais deveria ficar com 6,5 bilhões de reais.