Paralisação: duas fábricas terão dez dias de férias coletivas no Brasil (Volkswagen/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 27 de setembro de 2021 às 11h22.
Última atualização em 27 de setembro de 2021 às 11h36.
A Volkswagen paralisou (de novo) as linhas de montagem da fábrica de Taubaté (SP). Por quê? Por falta de componentes, o que já não é nenhuma surpresa na indústria automotiva desde o início da pandemia. Cerca de 800 funcionários terão férias coletivas, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindimetau), o que equivale a um turno de produção dos modelos Gol e Voyage.
Esse será o sexto período de férias coletivas na unidade do Vale do Paraíba, que também teve 11 dias de shutdown e mais cinco dias de day off — ambos com utilização do banco de horas dos funcionários — por gargalos no abastecimento de peças. Entre os dias 3 e 12 de maio, a fábrica foi paralisada, mas por outro motivo: adaptar a produção para novos modelos feitos sobre estrutura modular MQB.
No protocolo enviado ao Sinimetau, a Volkswagen informou que as férias coletivas poderiam afetar até 2.000 trabalhadores (ainda que houvesse a possibilidade de alterações, como de fato aconteceu). E não foi apenas Taubaté que reduziu a capacidade, já que a unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), também interrompeu dois turnos com férias coletivas de dez dias para funcionários.
Outras duas fábricas da empresa, em São Jose dos Pinhais (PR) e São Carlos (SP), continuam operando normalmente. De acordo com a Volkswagen, já há negociações junto à matriz e aos fornecedores para evitar futuros problemas de escassez no fornecimento de componentes, mas ainda não parece existir uma solução definitiva para normalizar o fornecimento de semicondutores às fábricas.