Volkswagen: o número equivale ao total de funcionários ociosos que a fábrica alega ter, o equivalente a 30% de sua mão de obra (Fabian Bimmer / Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2016 às 15h52.
São Paulo - A direção da Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC fecharam na manhã desta terça-feira, 2, acordo para evitar 3,6 mil demissões aleatórias ma fábrica de São Bernardo do Campo.
O número equivale ao total de funcionários ociosos que a fábrica alega ter, o equivalente a 30% de sua mão de obra.
Pelo acordo, a empresa abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que, até o dia 10, vai pagar até 35 salários extras a quem aderir. Esse "pacote turbo", como foi chamado pelos trabalhadores, é decrescente.
Ou seja, o valor a ser pago é regressivo, assim, quanto antes o funcionário se inscrever, mais vai receber em valores extras.
A proposta foi aprovada em assembleia realizada na manhã de hoje. O acordo prevê também o congelamento dos salários nos próximos cinco anos, período em que não haverá aumento real, apenas o repasse da inflação a partir de 2017.
Outras medidas incluem a possibilidade de redução de jornada e salário em até 30% no Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Hoje, essa redução é de até 20%.
A produção nas fábricas do ABC e de Taubaté (SP) segue totalmente parada nesta semana por falta de componentes fornecidos pela metalúrgica Fameq, que fechou as portas no mês passado, após ser adquirida pelo grupo Prevent, com quem a Volks trava uma disputa comercial há mais de um ano.