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Volks comunica chassis de carros Audi afetados por escândalo

Esse é o primeiro passo da montadora para ajudar os consumidores a identificarem se seus carros foram equipados com o software manipulador de emissões


	Audi: em todo o mundo, 2,1 milhões de carros da marca podem ter sido afetados pelo problema
 (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

Audi: em todo o mundo, 2,1 milhões de carros da marca podem ter sido afetados pelo problema (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 11h29.

São Paulo - O Grupo Volkswagen começou nesta sexta-feira (2) a ajudar os consumidores a descobrir se seus carros a diesel foram equipados com o software que mascara a emissão de poluentes.

Por enquanto, a identificação vale apenas na Alemanha, para modelos Audi. A empresa disponibilizou no site da marca os chassis dos veículos que têm o problema.

"Os consumidores poderão imediatamente ver se seu carro foi afetado", diz o comunicado da montadora (entenda melhor o escândalo aqui).

Segundo o documento, na próxima semana a função poderá ser acessada em todos os mercados em que Audi está presente, por meio da página oficial da marca em cada país.

A empresa disse também que, nesses locais, enquanto o serviço não está disponível, os clientes podem buscar ajuda nas concessionárias autorizadas ou em organizações de suporte ao consumidor.

"Em paralelo, soluções técnicas estão sendo preparadas para os modelos Audi que vão ser adaptados. Essa ação será apresentada às autoridades responsáveis ainda em outubro", informou a companhia.

Os carros da Audi afetados pelo escândalo são aqueles com motores a diesel TDI 1.6 e 2.0, do tipo EA 189. A empresa ressalta que eles "continuam tecnicamente seguros, sem nenhuma restrição".

Segundo o Grupo Volkswagen, cerca de 2,1 milhões de automóveis da Audi em todo o mundo foram equipados com o software manipulador. Considerando as outras marcas, o número global pode chegar a 11 milhões de veículos.

Histórico

A Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA) acusou a Volkswagen de ter usado em motores a diesel um software que mascara a emissão de poluentes durante testes.

O "dispositivo manipulador", como foi definido pelo órgão, teria sido usado em 482.000 veículos de passeio das marcas Volks e Audi vendidos no país a partir de 2008. Ele seria capaz de reconhecer o ambiente de testes e usar os sistemas de controle de gases apenas durante esses momentos.

Em condições normais, os veículos liberariam até 40 vezes mais partículas de óxidos de nitrogênio (NOx) do que o permitido pela lei nos Estados Unidos.

A montadora admitiu a manipulação e revelou que o número de carros com o problema era mais de 20 vezes maior do que a EPA havia denunciado, quando colocados na conta os modelos vendidos em todo o mundo.

Por conta do escândalo, o Grupo Volkswagen demitiu o seu então presidente, Martin Winterkorn, e pode enfrentar processos judiciais nos Estados Unidos e receber multas de até 18 bilhões de dólares.

As ações da empresa em bolsa despencaram desde então e seus automóveis a diesel passarão a ser averiguados em diversos países, incluindo o Brasil.

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