Vodafone: operadora disse que vai gastar 3 bilhões de libras na Europa, 1,5 bilhão em mercados emergentes e o resto dos 7 bilhões em ativos de telefonia fixa e clientes corporativos (Odd Andersen/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 07h57.
Londres - A britânica Vodafone vai investir 7 bilhões de libras, montante acima do esperado anteriormente, para elevar a velocidade e a capacidade de suas redes de comunicações para tentar reverter queda recorde nas receitas causada por fraqueza em seus negócios na Europa.
A segunda maior operadora de telefonia celular do mundo, que está usando alguns dos recursos provenientes da venda de 130 bilhões de dólares da Verizon Communications para atualizar sua infraestrutura, disse que vai gastar 3 bilhões de libras na Europa, 1,5 bilhão em mercados emergentes e o resto dos 7 bilhões em ativos de telefonia fixa e clientes corporativos.
Porém, grande parte dos recursos da venda, 84 bilhões de dólares, será entregue para acionistas da Vodafone, com o restante sendo usado para corte de dívida do grupo.
O programa de investimentos deverá ser concluído no fim de março de 2016 - 1 bilhão de libras a mais e um ano antes do que o esperado - para atender à demanda de consumidores que querem acesso à Internet em smartphones e tablets.
O presidente-executivo da Vodafone, Vittorio Colao, afirmou que o grupo está ampliando investimentos para ficar em uma posição mais forte para quando a economia se recuperar.
Ele afirmou que espera que os rivais mais fortes da Vodafone, que incluem Telefónica, Deutsche Telekom e Orange, vão acompanhar a estratégia da empresa enquanto as operadoras menores terão dificuldades.
O grupo, que é visto como um possível candidato em uma oferta pela gigante dos Estados Unidos AT&T, anunciou os detalhes de seu programa de investimentos no "Projeto Primavera" durante a divulgação de resultados do primeiro semestre fiscal.
A receita orgânica de serviços, que exclui itens não recorrentes, caiu 4,9 por cento no segundo trimestre devido a um corte de preços imposto por reguladores e forte competição na Itália, Espanha, Alemanha, Turquia e Grã-Bretanha.
Isso foi pior do que o recuo de 3,5 por cento registrada no primeiro trimestre, e do último recorde de queda, de 4,2 por cento no quarto trimestre.
No geral, o lucro principal do primeiro semestre caiu 4,1 por cento, para 6,6 bilhões de libras, acima da estimativa compilada pela empresa de 6,4 bilhões de libras.