Loja da Vivo: operadora espera que os ganhos de sinergia com a GVT comecem a ser sentidos em 2016 (Adriano Machado/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2014 às 16h38.
Rio de Janeiro - O diretor de Relações com Investidores da Telefônica Brasil, líder em telefonia móvel no país com a marca Vivo, disse nesta sexta-feira que a empresa pretende pagar até o fim do ano a outorga do leilão da frequência de 700 MHz do leilão de 4G e que poderá usar caixa próprio ou aumentar seu nível de endividamento.
"É muito provável que a gente faça um pagamento não utilizando financiamento da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Temos que estudar a fonte que vamos usar, se seria financiamento de terceiros ou da companhia", disse Luis Plaster em reunião com analistas da Apimec no Rio de Janeiro.
"As duas opções são bem factíveis."
O executivo afirmou que a empresa ainda não definiu se vai usar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fazer a chamada limpeza da faixa - atualmente ocupada pelos canais da TV analógica -, mas destacou que, normalmente, o banco público oferece condições de financiamento melhores que o mercado.
Sobre a compra da operadora de banda larga GVT, ocorrida em setembro, Plaster disse esperar que a operação seja aprovada pelos orgãos reguladores até o fim do primeiro semestre de 2015.
A operadora espera que os ganhos de sinergia com a GVT - estimados em 14 bilhões de reais - comecem a ser sentidos em 2016 e atinjam a plenitude em 2020.
"Esperamos ter 70 por cento da captura potencial de sinergia a partir de 2017, e em 2020 a plenitude do ganho anual esperado", finalizou.
Plaster declarou que a aquisição da GVT será importante para a Vivo ganhar mercado principalmente no Sul do país.