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Vivendi planeja vender 85% da Activision por US$8,2 bi

Francesa venderá as ações por US$13,60 cada, o que equivale a um desconto de 10% sobre o preço de fechamento da Activision na quinta-feira

Activision Blizzard: movimento é surpreendente em alguns aspectos, dado que a Vivendi tem falado de seus ativos de mídia como o futuro da empresa (Bloomberg)

Activision Blizzard: movimento é surpreendente em alguns aspectos, dado que a Vivendi tem falado de seus ativos de mídia como o futuro da empresa (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 08h23.

Paris/Bangalore - A francesa Vivendi afirmou nesta sexta-feira que planeja vender 85 por cento da sua participação na Activision Blizzard para a administração da própria fabricante de jogos de videogame por 8,2 bilhões de dólares, seu segundo negócio de peso na semana.

A Vivendi irá vender as ações na Activision por 13,60 dólares cada, o que equivale a um desconto de 10 por cento sobre o preço de fechamento da Activision na quinta-feira. Após o acordo, a Vivendi manterá uma participação de 83 milhões de ações, representativas de 12 por cento da empresa, que é mais conhecida pela franquia Call of Duty e pelo World of Warcraft, jogado na Internet com múltiplos participantes.

A investida se dá após semanas de especulações sobre as maneiras buscadas pelo conglomerado francês de mídia e telecomunicações para retirar uma parcela dos 4,3 bilhões de dólares em dinheiro disponíveis no balanço da maior fabricante de jogos de videogame do mundo, como parte de uma reestruturação mais abrangente destinada a cortar dívidas e reorientar o negócio.

Ainda assim, o movimento é surpreendente em alguns aspectos, dado que a Vivendi tem falado de seus ativos de mídia como o futuro da empresa, depois de ter falhado na venda de uma participação de 61 por cento na Activision no início da sua revisão estratégica no ano passado, sendo que a Activision é seu maior e mais rentável negócio de mídia.

Um porta-voz do grupo disse que a Vivendi ainda vê seu futuro com mídia em uma divisão de conteúdo centrada no negócio da Universal Music Group, no canal por assinatura Canal Plus, bem como em outras atividades de entretenimento em que a companhia seria a única dona.

"A Vivendi será capaz de se desalavancar graças aos lucros imediatos e também irá se beneficiar de uma maior criação de valor, uma vez que continuará sendo acionista com 12 por cento", disse o diretor financeiro Philippe Capron, em um comunicado.

Em outra ponta do processo de reestruturação, a Vivendi anunciou no início desta semana negociações exclusivas para vender o controle da Maroc Telecom por 4,2 bilhões de euros (5,56 bilhões de dólares).

Em março deste ano, a Vivendi suspendeu a venda da operadora brasileira GVT após não conseguir atrair os 7 bilhões de euros que pretendia com a operação.

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