Paris - A companhia francesa Vivendi afirmou nesta terça-feira que embora não pense em vender suas filiais estudará a oferta da Telefônica sobre a aquisição da Global Village Telecom (GVT).
A operadora de telecomunicações afirmou em um comunicado que "nenhuma de suas filiais está à venda" e que sua estratégia "consiste em criar um grupo industrial centrado no crescimento orgânico de suas atividades e em apoiá-las em seu desenvolvimento".
No entanto, disse que seu conselho de vigilância analisará a oferta da empresa espanhola "em sua próxima reunião" e decidirá então as medidas a tomar.
A operação proposta pela Telefônica está avaliada em R$ 20,1 bilhões.
O prazo dado para a Vivendi aceitar a proposta em 3 de setembro e caso ocorra significaria a fusão da GVT com a Telefônica Brasil.
Essa união, segundo destacou hoje a Telefônica, criaria a maior operadora de telecomunicações no mercado brasileiro.
A Vivendi receberia R$ 11,962 bilhões e uma participação em ações da companhia resultante de 12% de seu capital social, avaliado em algo mais de R$ 8,1 bilhões.
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1. Heineken e a disputa pela Fraser %26 Neave
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1/7 (Germano Luders/Justin Sullivan)
São Paulo – Um mês atrás, a
Heineken fez uma oferta para comprar o controle da cervejaria Fraser & Neave, de Cingapura, por cerca de 4 bilhões de dólares. A companhia holandesa é parceira da F&N há mais de 80 anos. Na ocasião, a oferta foi considerada positiva para o mercado e atrativa para os acionistas da cervejaria asiática , até a Kirin, cervejaria japonesa e dona da Schincariol, entrar na jogada e anunciar que também tinha interesse no negócio. Dias depois, no entanto, o conselho da F&N anunciou que a Heineken era preferida, pois tinha oferecido uma proposta mais atraente para comprar o controle. Quando o mercado achou que a aquisição estava prestes a ser divulgada, mais um revés aconteceu: a oferta foi considerada baixa e a Heineken precisou oferecer uma nova proposta. No fim da semana passada, finalmente um acordo definitivo e irrevogável foi assinado pelas duas fabricantes de cerveja. A Heineken propôs compra a F&N por 4,5 bilhões de dólares e a oferta foi aceita pela cervejaria de Cingapura.
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2. Fusão entre Glencore e Xstrata
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2/7 (Sebastian Derungs/AFP)
Outra novela que está longe do capítulo final é a fusão entre as mineradoras
Glencore e Xstrata. Os primeiros boatos da união das operações da companhia surgiram em junho de 2011 e até hoje não se chegou a nenhuma conclusão. A nova companhia, que deverá se chamar Glencore Xstrata International, terá escala para produzir e negociar recursos naturais, incluindo metais, petróleo e grãos, em cinco continentes, e tem valor avaliado pelo mercado em 90 bilhões de dólares. A Glencore já avaliou abandonar a operação a fim de evitar o aumento do valor do acordo. O Catar, segundo maior acionista da Xstrata, exige que a participação monetária da companhia suíça seja maior. Até as autoridades antitruste da Austrália disseram que não vão se opor à operação. Resta agora as duas companhias de fato concluírem a fusão.
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3. CSA e ninguém interessado
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3/7 (Germano Lüders/EXAME.com)
Desde janeiro, a ThyssenKrupp, siderúrgica alemã, está tentando vender sua participação de 73% na
Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na qual a Vale também é sócia, e não está conseguindo achar um comprador. Recentemente, a Usiminas e a Gerdau afirmaram que a aquisição da CSA não estava no radar. Outra possível compradora seria a CSN, que estaria aguardando, desde de junho, dados da companhia para avaliar a operação. Sabe-se que o setor siderúrgico não vive o melhor dos mundos. A atual crise é motivada pelo alto preço dos insumos, como minério de ferro, e pelo aumento da concorrência, principalmente de companhias chinesas desse setor.
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4. Demorou, mas a Dell comprou a Quest
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4/7 (Getty Images)
Em maio, a
Dell anunciou a compra da Quest por 2,4 bilhões de dólares, mas, dias depois, sem nenhum motivo aparente, as negociações entre as duas companhias foram rompidas. No mês passado, no entanto, a Dell reiterou o desejo de comprar a companhia de tecnologia pelo mesmo valor da oferta inicial e finalmente a operação foi concluída. Vale lembrar também que em março a Quest havia concordado em ser adquirida pela Insight Venture Partners por 2 bilhões de dólares, mas voltou atrás no negócio. Será a Dell ou a Quest a enrolada na história?
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5. Coty ainda quer a Avon?
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5/7 (Divulgação)
Embora já tenha caído no esquecimento, durante os meses de março, abril e maio deste ano, a Coty, companhia francesa de fragrâncias, tentou de todas as maneiras comprar a
Avon. A primeira oferta feita pela companhia, no valor de 10 bilhões de dólares, foi considerada hostil pela empresa de venda direta americana e rapidamente recusada. Dias depois, no entanto, a Coty aumentou a proposta para 10,7 bilhões de reais e a Avon disse que iria avaliar as condições do negócio, mas não chegou a dar nenhuma resposta formal sobre a operação. Aborrecida com a situação, a Coty retirou sua oferta de 10,7 bilhões, alegando que a maior companhia de venda direta de cosméticos do mundo não cumpriu p prazo para iniciar a discussão sobre um acordo proposto em março.
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6. Volks quer ser única dona da Porsche
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6/7 (Divulgação)
No início de junho, a
Volkswagen anunciou que compraria por 4,4 bilhões de euros o controle da montadora de luxo Porsche, mas, desde então, não se voltou mais a falar sobre a operação. A Volks é sócia da Porsche desde 2009, quando adquiriu participação de 49,9%, por 3,9 bilhões de euros. Durante anos, a montadora alemã estudou maneiras de se tornar a única dona da marca de automóveis de luxo. O acordo de aquisição está previsto para, finalmente, ser concluído neste mês. Agora, é aguardar para ver.
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7. Veja: 11 empresas brasileiras compradas por estrangeiras
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7/7 (Getty Images)