Vivendi: o grupo está buscando vender ativos que incluem participação de 53 por cento na Maroc Telecom e na operadora brasileira GVT (Patrick Hertzog/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 07h59.
Paris - O conglomerado francês Vivendi informou nesta terça-feira que não poderá informar estimativas de desempenho para o ano enquanto não tiver mais clareza sobre vendas de ativos importantes, o que fazia suas ações recuarem e despertava críticas de analistas.
O grupo está buscando vender ativos que incluem participação de 53 por cento na Maroc Telecom e na operadora brasileira GVT, como parte de uma revisão em seus negócios para reduzir dívida e exposição ao setor de telecomunicações, intensivo em capital.
O jornal Les Echos publicou na terça-feira que a Vivendi não tinha recebido ofertas perto do preço pretendido de 7 bilhões de euros pela GVT e estava adiando a venda.
O vice-presidente financeiro do grupo, Philippe Capron, afirmou que a Vivendi não está correndo para vender ativos. A posição financeira do conglomerado não força a empresa a fazer uma "promoção", afirmou ele a jornalistas.
"Não estamos sob pressão no processo de venda. Se os preços não forem bons, vamos esperar", disse Capron.
A Vivendi divulgou nesta terça-feira que obteve lucro líquido ajustado de 2,86 bilhões de euros (3,78 bilhões de dólares), acima da meta de 2,7 bilhões. A receita no ano subiu 0,6 por cento, a 28,99 bilhões, ante estimativa média de 28,51 bilhões em pesquisa da Thomson Reuters I/B/E/S.
O resultado foi impulsionado pelo desempenho da divisão de videogames Activision Blizzard, que teve alta de 9,8 por cento na receita, para 3,77 bilhões de euros, e de 13,6 por cento no Ebita, para 1,15 bilhão. A unidade teve performance apoiada em lançamentos bem sucedidos como Black Ops 2.