DPSP, uma das associadas da Abrafarma: o faturamento geral do grande varejo farmacêutico cresceu 7,74% no período (Grupo DPSP/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 20 de agosto de 2020 às 15h00.
Última atualização em 20 de agosto de 2020 às 15h52.
Com as medidas de isolamento social e, principalmente, o desenvolvimento dos aplicativos e canais de vendas digitais das farmácias, as vendas pela internet nesse segmento mais do que dobraram no primeiro semestre do ano.
As 26 redes que fazem parte da Abrafarma, Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, movimentaram 718,77 milhões de reais pelo delivery ou por vendas pela internet entre janeiro e junho de 2020, valor 106,49% maior que o registrado no mesmo período de 2019.
O faturamento geral do grande varejo farmacêutico cresceu 7,74% no período. O resultado das vendas online foi influenciado especialmente pelos genéricos e medicamentos isentos de prescrição médica, embora a quarentena tenha ajudado a criar medidas para reduzir a burocracia no setor. No período, foi regulamentada a comercialização de remédios com receita pela internet, por exemplo.
“A necessidade de cumprir a quarentena agilizou a adaptação a esse novo modelo e ainda atraiu novos clientes para o e-commerce”, diz Sergio Mena Barreto, presidente da Abrafarma.
O volume de atendimentos feitos nesses canais digitais subiu de 2,78 milhões para 4,98 milhões, enquanto o tíquete médio avançou de 124,75 para 140,30 reais. O número de remédios ou itens vendidos por esses canais cresceu 76,86%, passando de 14,62 milhões para 25,86 milhões.
Este pode ser um ano-chave para o setor de drogarias e farmácias. No ano passado, as 26 maiores redes do varejo farmacêutico nacional, filiadas à Abrafarma, registraram um lucro líquido de 1,09 bilhão de reais. O valor correspondeu a uma margem de 2,04% sobre as vendas brutas, percentual ligeiramente inferior aos 2,34% de 2018. O Ebitda passou de 5,70% para 6,46%.