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Vendas líquidas da MRV no 1º tri crescem 15%

O executivo disse que a MRV não espera recuperação forte em 2017, apesar das medidas positivas adotadas pelo governo no Minha Casa Minha Vida

MRV: "Esse primeiro trimestre foi de inflexão e esperamos que esse ano seja mais ativo em lançamentos e vendas comparado a 2016", afirmou o co-presidente da empresa (Talita Abrantes/Site Exame)

MRV: "Esse primeiro trimestre foi de inflexão e esperamos que esse ano seja mais ativo em lançamentos e vendas comparado a 2016", afirmou o co-presidente da empresa (Talita Abrantes/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2017 às 18h36.

São Paulo - As vendas líquidas da construtora de imóveis econômicos MRV Engenharia entre janeiro e março cresceram 15 por cento sobre igual período um ano antes, conforme os lançamentos atingiram nível recorde para o primeiro trimestre e os distratos recuaram mais de 15 por cento.

"Esse primeiro trimestre foi de inflexão e esperamos que esse ano seja mais ativo em lançamentos e vendas comparado a 2016", afirmou à Reuters o co-presidente da empresa, Rafael Menin.

O executivo ainda disse que a MRV não espera recuperação forte da economia em 2017 e, apesar das medidas positivas adotadas pelo governo no âmbito do Minha Casa Minha Vida (MCMV), a MRV será "assertiva" nos lançamentos, concentrando-se em microrregiões subabastecidas.

No primeiro trimestre, as vendas contratadas brutas da MRV somaram 1,3 bilhão de reais, 7,2 por cento mais ante janeiro a março de 2016, conforme prévia operacional divulgada nesta segunda-feira. Já vendas líquidas subiram 15 por cento na mesma comparação, para 1,05 bilhão de reais.

A construtora lançou 7.677 unidades nos três primeiros meses de 2017, o equivalente a um valor geral de vendas (VGV) de 1,211 bilhão de reais.

A cifra é 24,5 por cento maior que a do primeiro trimestre de 2016 e foi 13,1 por cento acima do quarto trimestre.

Ao mesmo tempo, a relação distratos sobre vendas caiu para 20,5 por cento, de 26 por cento entre janeiro e março de 2016, devido à adoção do projeto 'venda garantida', por meio do qual a MRV contabiliza o negócios somente após o repasse.

Menin afirmou que o mecanismo posterga o reconhecimento das vendas, mas deve permitir à MRV zerar os distratos dentro de aproximadamente dois anos.

"Sem isso, as vendas (brutas do primeiro trimestre) teriam crescido 12 por cento, e não 7 por cento", comentou, acrescentando que a empresa espera introduzir esse método em todas as regiões até o fim deste ano.

A construtora também pretende gastar entre 100 milhões e 120 milhões de reais a mais com a compra de terrenos em 2017, de acordo com o executivo.

"A competição está pequena e queremos montar um land bank gigantesco até esse janela de oportunidade se fechar", afirmou.

O estoque de terrenos da MRV totalizava 41,4 bilhões de reais ao fim de março, 14,1 por cento maior sobre o mesmo período de 2016.

Segundo o co-presidente, os desembolsos com a compra de terrenos e investimentos em infraestrutura tendem a limitar a geração de caixa da empresa no curto prazo.

No primeiro trimestre, a MRV teve geração de caixa recorrente de 75 milhões de reais, 58,3 por cento menos ante igual intervalo do ano passado, afetada ainda pela postura restritiva de um dos bancos parceiros, o que comprometeu as vendas e o repasse das unidades, disse Menin.

"Quando as obras ficam prontas podemos migrar de banco, então esperamos recuperação de caixa no segundo semestre em função dessa migração", disse o executivo.

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