A Microsoft, que acaba de encerrar sua participação na CES, ofereceu indicações sobre o momento difícil que enfrenta atualmente (Kevork Djansezian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 11h07.
Seattle - A Microsoft está iniciando o ano novo mais ou menos como terminou o anterior, com vendas baixas de computadores afetando sua divisão mais importante, a do sistema operacional Windows, enquanto a empresa abre caminho aos poucos nos mercados de tablets e celulares, que estão em ascensão.
As ações da maior companhia mundial de software estão mais ou menos onde estavam um ano atrás, também, e pouca gente espera que isso mude muito com o anúncio de seus mais recentes resultados, na quinta-feira.
"Fica claro que os investidores continuarão a precisar de paciência", afirmou Raimo Lenschow, analista da Barclays Capital, em nota de pesquisa divulgada na sexta-feira.
"Pode haver ímpeto positivo em curto prazo... mas precisamos primeiro ver indicações claras de sucesso nos celulares e tablets, em lugar de apenas sinais de esperança", acrescentou.
A Microsoft, que acaba de encerrar sua participação na Consumer Electronics Show (CES), ofereceu indicações sobre o momento difícil que enfrenta, na semana passada.
Conversando com analistas na terça-feira, a vice-presidente de marketing da divisão Windows destacou a recente queda nas vendas de computadores pessoais e alertou que as inundações na Tailândia, e os problemas que causam no suprimento de discos rígidos causariam arrasto nos números, tornando difícil projetar vendas.
"Creio que serão precisos dois trimestres para que a situação se resolva", disse Tami Reller, falando sobre o efeito da escassez. "Seria ingênuo acreditar em outra coisa. E creio que será difícil prever o nível de venda em cada um desses trimestres."
A perspectiva cautelosa de Reller confirma os números setoriais divulgados anteriormente, quando o Gartner anunciou queda de 1,4 por cento nas vendas mundiais de computadores, no quarto trimestre de 2011. O grupo de pesquisa previu que a escassez de discos rígidos se faria sentir principalmente no primeiro trimestre deste ano.
Mais preocupante para a Microsoft, porém, é que o Gartner apontou para "demanda de consumo continuamente baixa para os computadores" na temporada de festas de fim de ano nos EUA e falta de entusiasmo, até o momento, sobre os novos laptops de baixo peso defendidos pela Intel.