Negócios

Vendas fazem lucros de construtoras dispararem no 1o tri

São Paulo - Os números expressivos apresentados pelas construtoras e incorporadoras no Brasil no primeiro trimestre, impulsionados por recordes de venda para o período, atestaram a recuperação do setor imobiliário doméstico, que há cerca de um ano sofria os efeitos da crise de crédito mundial. Embora os três primeiros meses do ano sejam tradicionalmente fracos […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - Os números expressivos apresentados pelas construtoras e incorporadoras no Brasil no primeiro trimestre, impulsionados por recordes de venda para o período, atestaram a recuperação do setor imobiliário doméstico, que há cerca de um ano sofria os efeitos da crise de crédito mundial.

Embora os três primeiros meses do ano sejam tradicionalmente fracos para venda de imóveis, a retomada da confiança do consumidor e o nível de emprego em patamares elevados mantiveram a demanda aquecida, garantindo às principais representantes do segmento resultados históricos para o período.

Se consideradas as companhias integrantes do Ibovespa, o crescimento dos ganhos foi de, no mínimo, 73,4 por cento, caso da Cyrela Brazil Realty, que teve lucro líquido de 174,2 milhões de reais no trimestre encerrado em março, apoiado no recorde de mais de 1 bilhão de reais em vendas contratadas.

O maior salto percentual em termos de lucro líquido foi apresentado pela PDG Realty, que teve ganho de 136,14 milhões de reais no primeiro trimestre do ano, alta de 153 por cento sobre o mesmo período de 2009.

Outra a registrar recorde de vendas foi a MRV Engenharia, que viu seu lucro acelerar 136,4 por cento entre janeiro e março, para 115,8 milhões de reais, melhor resultado para o período.

No primeiro quarto do ano, a MRV contabilizou vendas contratadas de 732,7 milhões de reais, avanço de 70,4 por cento maior em relação ao vendido no mesmo intervalo do ano passado.

"O mercado está forte... Vimos recuperação total da demanda neste trimestre", disse o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, em entrevista à Reuters.

Também impulsionada por vendas quase três vezes maiores, a Rossi Residencial teve lucro líquido de 64,5 milhões de reais no trimestre passado, alta de 126 por cento sobre os 28,6 milhões de reais um ano antes.

"Embora seja um período sazonalmente mais fraco para o setor, vendemos mais do que no quarto trimestre. A demanda tem se recuperado e, em contrapartida, temos oferecido mais produtos", disse o vice-presidente financeiro da Rossi, Cássio Audi.

As vendas contratadas da Rossi somaram 842 milhões de reais no trimestre encerrado em março, um aumento de 146 por cento sobre igual período de 2009. 
 


 

Uma das primeiras a reportar os números para os primeiros meses do ano, a Gafisa teve lucro líquido 76,5 por cento maior, de 64,8 milhões de reais. As vendas contratadas da construtora avançaram 53,3 por cento na comparação anual, somando 1,025 bilhão de reais.

Metas
Consideradas as projeções de vendas e lançamentos divulgadas pelas companhias, a aposta é em um cenário de contínuo aquecimento da demanda. Ao mesmo tempo, as estimativas podem colocar a capacidade de execução das empresas em teste.

Nesta quinta-feira, o vice-presidente financeiro da Cyrela, Luís Largman, disse que a incorporadora está preparada para cumprir as metas de vender até 6,9 bilhões de reais e lançar até 7,7 bilhões de reais em 2010. "Estamos muito confortáveis com nosso 'guidance'", disse ele.

Já a MRV estima que suas vendas contratadas fiquem entre 3,7 bilhões e 4,3 bilhões de reais neste ano, enquanto os lançamentos devem atingir "pelo menos 4,5 bilhões de reais", segundo seu vice-presidente financeiro.

A Gafisa, por sua vez, prevê lançamentos com Valor Geral de Vendas (VGV) entre 4 bilhões e 5 bilhões de reais até dezembro.

Agre
Novata no índice Ibovespa, a Agre teve lucro líquido de 43,8 milhões de reais no primeiro trimestre, comparado a lucro proforma de 44,1 milhões de reais um ano antes --quando a empresa ainda não havia sido formada a partir da união entre Abyara, Agra e Klabin Segall.

A empresa está sendo adquirida pela PDG Realty, que no início de maio anunciou acordo da ordem de 2,4 bilhões de reais para aquisição da totalidade das ações, em operação que formará a maior companhia do setor imobiliário em vendas do Brasil.

Juntas, PDG e Agre as companhias têm a meta de lançar entre 6,5 bilhões e 7,5 bilhões de reais em 2010.

Com isso, a Cyrela passou à segunda colocação entre as empresas do setor imobiliário do país. As vendas combinadas da nova companhia totalizaram 4,26 bilhões de reais em 2009, superando as da Cyrela, que foram de 3,96 bilhões de reais. 
 

Acompanhe tudo sobre:AgreConstrução civilEmpresasIndústriaIndústrias em geralLucroRossi

Mais de Negócios

21 franquias baratas que custam menos que um carro popular usado

Startup quer trazer internet mais rápida e barata para empresas

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980