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Vendas do Carrefour no país ficam abaixo da média

O movimento nas lojas no Brasil cresceu 5,6% no quarto trimestre, bem abaixo da expansão de 11,9% registrada no resultado total da América Latina


	Carrefour: a empresa relaciona o resultado com a desaceleração da inflação das commodities
 (Ricardo Benichio/EXAME)

Carrefour: a empresa relaciona o resultado com a desaceleração da inflação das commodities (Ricardo Benichio/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 12h45.

Londres - As vendas da filial brasileira do Carrefour ficaram abaixo da média das demais filiais na América Latina. Relatório de vendas divulgado nesta quinta-feira, 16, pela varejista em Paris mostra que o movimento nas lojas no Brasil cresceu 5,6% no conceito de mesmas lojas (abertas há mais de um ano) no quarto trimestre de 2013, bem abaixo da expansão de 11,9% registrada no resultado total da América Latina.

A maior filial do Carrefour fora da França puxou o resultado da América Latina para baixo. Segundo relatório da empresa, o ritmo de aumento das vendas no Brasil foi um pouco abaixo da metade do observado no restante da região.

O Carrefour relaciona o resultado com a desaceleração da inflação das commodities. A empresa cita, porém, como destaques positivos o desempenho dos hipermercados e das lojas "Atacadão" no País.

Mesmo com o peso negativo do Brasil, a América Latina liderou o aumento das vendas das filiais internacionais do Carrefour no quarto trimestre. Ao considerar o câmbio estável, o movimento latino-americano cresceu 11,9% em euros.

A varejista diz que os números mostram "continuidade do forte crescimento" da filial. Entre as demais subsidiárias, o movimento caiu 0,7% na Europa (excluída a sede na França) e houve expansão de 1,3% na Ásia no mesmo conceito de mesmas lojas.

Na América Latina, o grande destaque positivo foi a Argentina, cujas vendas saltaram 29,7% no conceito de mesmas lojas. O relatório cita que o faturamento cresceu rapidamente em meio ao programa de congelamento de preços no país vizinho.


O relatório do Carrefour é divulgado em euros e a varejista usa o conceito de câmbio constante para verificar a evolução operacional das filiais. A empresa nota, porém, que a depreciação das moedas latino-americanas afetou negativamente o resultado financeiro.

"As vendas foram significativamente impactadas pela maior depreciação do peso argentino e do real brasileiro com efeito geral negativo do câmbio de 18,8%", diz o relatório.

Em teleconferência para divulgar as vendas ao mercado, o diretor financeiro Pierre-Jean Sivignon anunciou que a empresa cogita uma oferta pública de ações do Carrefour Brasil para financiar a operação no País.

"Vamos crescer no Brasil e um IPO é um dos itens que temos em nossa caixa de ferramentas para financiar a expansão nos próximos anos", disse. Sivignon não especificou outras possíveis opções de financiamento ou a fatia da subsidiária que poderia ser ofertada.

O Brasil é o segundo maior mercado do grupo e a empresa planeja continuar crescendo no País, principalmente com a abertura de lojas Atacadão.

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