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Vendas de combustíveis da Petrobras recuam 5,2% no 3º tri

As vendas de diesel (combustível mais vendido no país) da Petrobras caíram 10%, para 672 mil barris ao dia

Petrobras: na média do ano, de toda a oferta de gasolina no país, a Petrobras respondeu por 76% (Reuters/Reuters)

Petrobras: na média do ano, de toda a oferta de gasolina no país, a Petrobras respondeu por 76% (Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 22h38.

Rio de Janeiro/São Paulo - O volume de derivados de petróleo vendido pela Petrobras no mercado interno somou 1,886 milhão de barris ao dia no terceiro trimestre, queda de 5,2 por cento na comparação com a média do mesmo período do ano passado, com a empresa enfrentando a concorrência do produto importado pelos concorrentes.

As vendas de diesel (combustível mais vendido no país) da Petrobras caíram 10 por cento, para 672 mil barris ao dia, enquanto as de gasolina recuaram para 450 mil barris/dia, ante 459 mil no mesmo trimestre de 2016.

Uma das explicações dadas por executivos da companhia, durante comentários dos resultados financeiros divulgados nesta segunda-feira, foi a perda de mercado de combustíveis, com a empresa ainda lidando para calibrar sua política de preços diante de uma concorrência forte, com rivais realizando elevadas importações em um mercado ainda em recuperação da crise econômica.

"Nós perdemos mercado porque vivemos uma nova realidade que é positiva para o país, mas isso tem impacto no nosso resultado, que é o aumento das importações", disse a jornalistas o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

As importações de derivados e petróleo pela Petrobras somaram 336 mil barris ao dia, ante 341 mil no segundo trimestre e 352 mil no mesmo período do ano passado. Desse total, as importações de petróleo responderam por 136 mil barris no terceiro trimestre.

A Petrobras não comentou sobre as importações dos concorrentes.

"Estamos atentos a isso, a esse tema, e vamos tomar as iniciativas necessárias para recuperar esse 'market share', mas sem dúvida isso tem impacto no nosso resultado. Mas não podemos dizer que somos monopolistas", adicionou.

Ao ser questionado como a empresa poderia recuperar fatias de mercado que foram perdidas, Parente afirmou que a empresa enfrenta uma nova realidade "que não conhecia, que é a de existir competição".

"Isso temos enfrentar com garra", avaliou.

Na média do ano, de toda a oferta de gasolina no país, a Petrobras respondeu por 76 por cento, mas no terceiro trimestre o índice foi de 73 por cento, disseram executivos a jornalistas.

A redução ocorreu justamente após o ajuste fino feito na política de preços em julho deste ano.

A companhia instituiu a sua política de preços de combustíveis em outubro do ano passado, com ajustes pelo menos uma vez por mês, o que não foi suficiente para lidar com os concorrentes.

Assim, desde meados deste ano, as alterações no preços passaram a ocorrer quase que diariamente.

Mesmo com a perda de mercado, a política de preços pode ser considerada bem-sucedida, de acordo com o CEO da empresa.

"Se essa política não estivesse da forma como está, poderia haver um estímulo ainda maior de importações...", frisou Parente, acrescentando que a mudança recente evitou uma perda maior de mercado.

O executivo atribuiu ao governo, devido ao aumento de tributos (PIS/Cofins), a alta nos preços dos derivados mensuradas nos últimos meses no mercado interno.

Segundo Parente, de meados de outubro de 2016 a outubro deste ano, a variação no preço da gasolina por conta dos ajustes feitos pela petroleira foi da ordem de 1,4 por cento, enquanto que o impacto dos tributos foi de 21,1 por cento.

No caso do diesel, o aumento a ser atribuído a Petrobras é de 4,1 por cento enquanto a alta atribuída aos tributos chega a 14,6 por cento.

"A grande variação de preços no período tem a ver com tributos."

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