Silvio Santos: o apresentador não teria gostado do preço oferecido pelo BTG Pactual
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 15h26.
São Paulo - A venda do banco Panamericano ao BTG Pactual ainda estaria dependendo de dois pontos importantes: o preço pelo qual será negociado, e as garantias que o empresário e apresentador Silvio Santos teria que dar, a fim de que o BTG não fosse atingido pela eventual descoberta de novos rombos.
De acordo com informações da imprensa, o banco de André Esteves teria aceitado assumir as dívidas do Panamericano - agora estimadas em 4 bilhões de reais, ante os 2,5 bilhões anunciados inicialmente. Em contrapartida, porém, o valor que o BTG Pactual pagaria pelo banco seria pequeno - o que teria desagradado Silvio. Além disso, ele teria de usar, necessariamente, parte do dinheiro recebido na quitação do empréstimo contraído junto ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Garantias
Outro item do acordo ainda em negociação seriam as garantias que Silvio teria de apresentar. Essas garantias serviriam como uma espécie de “seguro” para o BTG Pactual, no caso de os novos controladores descobrirem outros rombos na contabilidade do Panamericano.
Como Silvio já havia dado todo o seu grupo - um conjunto de 44 empresas - como garantia dos 2,5 bilhões de reais que havia obtido do FGC para cobrir o primeiro rombo descoberto, os negociadores buscam agora que tipo de garantia adicional o apresentador poderia oferecer. Em novembro, o FGC havia avaliado o Grupo Silvio Santos em 2,7 bilhões de reais.
O BTG Pactual é o único banco que apresentou uma oferta firme de compra do Panamericano. Na semana passada, circularam informações de que Bradesco, Santander e Safra também estariam interessados na instituição. Na manhã desta segunda (31/1), o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, negou que o banco tenha interesse no Panamericano (leia a reportagem completa).