A B2W teve alta de faturamento no primeiro semestre deste ano, mas os prazos de fornecedores se deterioraram e aumentou a necessidade de capital de giro (Montagem/Place.it/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2015 às 09h31.
São Paulo - A venda do endereço de e-commerce Ingresso.com deve possibilitar uma entrada de caixa bastante necessária para a B2W, segundo a avaliação de analistas do mercado. Os R$ 280 milhões obtidos com a venda vão representar uma redução na dívida líquida da companhia, que nos últimos trimestres tem apresentado queima de caixa.
"A conclusão da transação é claramente uma boa notícia para a B2W porque não apenas libera valor escondido na empresa como também levanta caixa muito necessário para a empresa continuar financiando sua jornada e parar sua queima de caixa", escreveram Tobias Stingelin e Giovana Oliveira, do Credit Suisse.
A B2W teve alta de faturamento no primeiro semestre deste ano, mas os prazos de fornecedores se deterioraram e aumentou a necessidade de capital de giro. Ao mesmo tempo, o lucro líquido tem sido afetado pelo impacto da alta dos juros das despesas financeiras.
O UBS acrescentou que o valor total da venda equivale a uma redução de 10% da dívida líquida ajustada. "Embora as ações possam reagir positivamente à notícia, acreditamos que ainda é cedo para comprar B2W uma vez que a companhia sustenta um ritmo de queima de caixa", dizem os analistas Gustavo Piras Oliveira, Guilherme Muller e Alejandra Obregon.
Eles citam que a companhia está na transição para um modelo de negócios de maior capacidade de geração de caixa, o marketplace, que permite que varejistas terceiros vendam pela plataforma da companhia pagando uma comissão.
A B2W firmou um contrato, por meio de sua subsidiária 8M Participações, com a empresa norte-americana Fandango Media, LLC para a venda de 100% da Ingresso.com, subsidiária prestadora de serviços de venda de ingressos pela Internet.
A Fandango comercializa ingressos para cinema pela internet e pertence à NBC Universal Media, subsidiária da Comcast Corporation, o maior conglomerado de mídia do mundo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.