A gigante chinesa CNOOC: agora sócia da Petrobras no Campo de Libra (Philippe Lopez/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 17h20.
São Paulo – Foram necessários apenas cinco minutos para que um consórcio formado pela Petrobras e mais quatro petroleiras estrangeiras arrematarem o Campo de Libra, o maior já levado a leilão no Brasil.
As empresas foram as únicas a apresentarem uma proposta. O consórcio vencedor é composto pela Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNOOC (10%), e CNPC (10%). O grupo ofereceu o lance mínimo previsto no edital, ou seja, uma participação de 41,65% para a União no óleo excedente.
Veja, a seguir, as estrangeiras que serão as sócias da Petrobras no Campo de Libra, que tem reservas estimadas pela ANP de 15 bilhões de barris – o equivalente a duas vezes o que a Noruega possui.
CNOOC
A China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) é a terceira maior petroleira da China, atrás somente da PetroChina e da Sinopec. A companhia é controlada pelo governo chinês e emprega atualmente cerca de 100.000 funcionários.
Com faturamento anual de quase 38 bilhões de dólares, a CNOOC registrou lucro de 11 bilhões de dólares em 2012 e está entre as maiores petroleiras do mundo, segundo ranking da Platts. Em ativos, a companhia soma mais de 60 bilhões de dólares.
A CNOOC opera em seis áreas diferentes que vai da exploração e desenvolvimento de petróleo a serviços financeiros.
CNPC
A China Petroleum & Chemical Corporation (CNPC) é a controladora da PetroChina, maior petroleira do país asiático. A companhia, por sua vez, é controlada pelo governo chinês, que detém metade de suas operações por lá.
Com sede em Pequim, a CNPC figura como a 12ª maior petroleira do mundo. Em 2012, seu lucro somou mais de 11,5 bilhões de dólares. A companhia tem ativos que somam 180 bilhões de dólares e receita de cerca de 400 bilhões de dólares.
Total
A Total é hoje a sétima maior petrolífera do mundo, segundo a lista organizada pela consultoria especializada Platts. Presente em 130 países, a companhia encerrou o ano passado com receita de mais de 200 bilhões de dólares.
A empresa francesa vem investindo no exterior de diversas formas. Em setembro, a firma anunciou aquisições de blocos de exploração na África do Sul. Além disso, a empresa assinou contratos em Trinidad e Tobago no mesmo mês
Shell
Entre as gigantes do setor petrolífero, a Shell foi a única que se prontificou a participar do leilão de Libra. De origem holandesa e com receita na casa dos 470 bilhões de dólares em 2012, a companhia ficou em segundo lugar no ranking das empresas do ramo organizado pela consultoria especializada Platts.
Curiosamente, a Shell já foi dona de parte de Libra, mas antes da descoberta do campo. Dificuldades de exploração no então chamado bloco BS-4, em Santos, fizeram com que a empresa tivesse de devolver a área - da qual volta a ser dona após sair vitoriosa do primeiro leilão do pré-sal.