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Varejistas estão melhor preparadas para a Black Friday 2014

EXAME.com falou com algumas das principais redes de varejo de diferentes segmentos no país para saber como elas se organizaram para o evento


	Consumidor observa prateleira em Black Friday americana - evento começou nos Estados Unidos e acontece no Brasil há quatro anos
 (Getty Images)

Consumidor observa prateleira em Black Friday americana - evento começou nos Estados Unidos e acontece no Brasil há quatro anos (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 16h10.

São Paulo – A quarta edição da Black Friday no Brasil acontece amanhã – no entanto, algumas varejistas se preparam há meses para atender a demanda da data que tem se tornado uma das mais importantes do varejo no país.

EXAME.com conversou com algumas das maiores redes do varejo de diferentes segmentos para saber como elas se organizaram para o grande dia. Algumas delas começaram a pensar no evento no dia seguinte à última edição, ou seja, mais de um ano atrás.

“Começamos a preparar a Black Friday 2014 assim que acabou a do ano passado. Nos reunimos, primeiramente, para discutir o que foi positivo e o que precisaria ser melhorado para o próximo evento”, afirmou Ilca Sierra, diretora de marketing multicanal do Magazine Luiza.

Este será o primeiro ano que a varejista promove a Black Friday em suas lojas físicas. Nas edições anteriores, a rede só realizava o evento em seus canais de vendas on-line. Segundo Ilka, além da atenção especial para a infraestrutura do e-commerce, o estoque de produtos, a equipe de vendas e o departamento de logística foram reforçados especialmente para a data.

O Walmart também começou um ano atrás a preparar a Black Friday 2014. Segundo  Patrícia Alves Nina, vice-presidente comercial da rede, as negociações com os fornecedores foram fechadas seis meses atrás.  “Neste ano, com certeza as TVs LED, notebooks, tablets, smartphones e eletroportáteis serão os principais responsáveis pelos bons resultados”, disse a executiva.

Negociação antecidapa

O Extra foi a primeira varejista a promover a Black Friday em suas lojas loja física no país. Desde a primeira edição, a companhia melhorou a maneira de atender os clientes na data. Segundo Jorge Faiçal, diretor comercial da rede, algumas negociações com fornecedores são feitas exclusivamente para o evento, com o intuito de ofertar os melhores descontos do mercado.

Para Rodrigo Borer, presidente do Buscapé Company para América Latina, site que faz comparações de preços de produtos vendidos pela internet, é importante que as varejistas calculem de maneira cuidadosa os descontos que pretendem oferecer.

“Negociar descontos com fornecedores com antecedência é fundamental. É necessário fazer planejamento para não descapitalizar os estoques. Não adianta vender muito com preços baixos, mas sem nenhuma margem”, afirmou Borer.

Ajuste nos preços

Pelo segundo ano participando da Black Friday,  a Giuliana Flores, maior loja on-line de flores, vai ofertar 144 itens de seu portfólio pela metade do preço. De acordo com Clóvis Souza, fundador da varejista, no ano passado os descontados eram maiores, de até 60%, mas o resultado não foi positivo.

“Neste ano, queremos vender na data o que vendemos em quatro dias”, disse o empresário.

Para isso, tanto o estoque, mas, principalmente, a logística da companhia foram reforçados para a data. “Vamos dobrar o número de motoristas responsáveis pela entrega dos nossos produtos”, disse.  

Atenção para tecnologia

Com a expectativa de vender sete vezes mais que a edição anterior, a Dafiti, maior varejista on-line de moda do país, investiu em infraestrutura a fim de garantir que nenhum imprevisto com sistema aconteça na data.

“No ano passado, fomos um dos poucos sites que não saíram do ar no dia do evento e queremos repetir isso nesse ano. Há três meses estamos trabalhando para reforçar nosso departamento de infraestrutura em tecnologia”, disse Malte Huffmann, co-fundador da Dafiti e responsável pela área de marketing da empresa.

Garantir que as vendas aconteçam sem percalços também foi uma preocupação da Hering. Para esta edição a companhia melhorou a infraestrutura de servidores e implementou o atendimento 24 horas via chat e e-mail especificamente para a data.

“As varejistas on-line precisam estar preparadas para dar conta de receber os visitantes no período da Black Friday. Diferentes das lojas físicas, qualquer problema na estrutura pode fazer com que o consumidor desista da compra e procure os concorrentes”, disse Luan Gabellini, sócio fundador da Betalabs, empresa que presta serviços para e-commerces no país. 

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