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Vanguarda prevê investir R$1,6 bi para ampliar plantio

Companhia prevê elevar em quase 80% o plantio de grãos e oleaginosas no período de cinco anos


	Vista de pés de soja: Vanguarda tem meta de aumentar a área plantada para 500 mil hectares, contra 281,5 mil hectares na temporada atual
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Vista de pés de soja: Vanguarda tem meta de aumentar a área plantada para 500 mil hectares, contra 281,5 mil hectares na temporada atual (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 16h43.

São Paulo - A Vanguarda Agro, uma das principais companhias agrícolas do Brasil, prevê elevar em quase 80 por cento o plantio de grãos e oleaginosas no período de cinco anos, com investimentos previstos em 1,6 bilhão de reais, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo da empresa.

A companhia tem meta de aumentar a área plantada para 500 mil hectares, contra 281,5 mil hectares na temporada atual (2013/14), e para isso precisará buscar junto a acionistas ou investidores um montante de 250 milhões a 300 milhões de dólares, disse Arlindo Moura.

"Os recursos a gente não imagina fazer com endividamento. Temos comentado possibilidade de ser aumento de capital com os atuais acionistas... a outra é um investidor estratégico, temos sido procurados... A outra é uma empresa de terras (para viabilizar ganhos imobiliários, na qual a Vanguarda teria o controle)", disse o presidente da empresa, Arlindo Moura, durante a teleconferência para comentar os resultados do primeiro trimestre.

A empresa teve lucro líquido de 33,2 milhões de reais no primeiro trimestre, ante um prejuízo de 51,4 milhões no mesmo período do ano passado. Por volta das 15h15, os papéis da companhia subiam 2,9 por cento na Bovespa.

Procurada para esclarecer o plano de expansão citado na teleconferência, a assessoria de imprensa da Vanguarda disse que 575 milhões de reais precisam ser viabilizados em um primeiro momento para a compra de terras, com a companhia buscando elevar o percentual plantado em áreas próprias de pouco mais de 20 por cento para 50 por cento em cinco anos.

Os valores restantes para completar o projeto de 1,6 bilhão de reais --para a compra de maquinário, correção de solo, armazenagem e outras ações-- seriam levantados por outras fontes, como Finame (linha de financiamento do BNDES), por exemplo, para o caso das máquinas.


Moura ainda disse que a empresa poderia arcar com parte do investimento.

Para quase dobrar o plantio em cinco anos, a Vanguarda precisaria de 120 mil hectares a 150 mil hectares de novas áreas, observou o presidente. Em grande parte de suas áreas, a Vanguarda realiza plantio de duas safras ao ano.

Segundo o executivo, o lucro obtido no primeiro trimestre deste ano, após uma série de resultados negativos, é o passo inicial para o Conselho de Administração da companhia autorizar a retomada do crescimento da empresa.

"O crescimento está atrelado aos resultados da companhia, primeiro teríamos de mostrar resultados...", destacou, observando que a empresa poderia avançar no processo de compra de terras já no segundo semestre.

Crescimento em 15/16

Enquanto tem planos de crescimento no futuro, Moura reafirmou que o plantio da empresa cairá na próxima safra (2014/15).

"Para a próxima safra talvez tenhamos de 2,5 a 3 por cento de redução de área", disse ele, lembrando que a empresa está devolvendo áreas arrendadas que não possuem uma boa relação custo/produtividade, algo que já aconteceu na temporada atual (2013/14).

Mas para a safra 2015/16 a empresa já trabalha com aumento de área plantada.

"A gente já imagina ter um crescimento (em 15/16). Como estamos já gerando os resultados esperados, em função das mudanças em 2013, imagino que o Conselho vai nos liberar para no segundo semestre avançarmos ou em arrendamento ou novas áreas", afirmou.

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