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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - Criada para ser a supertele nacional, a Oi está em uma posição vulnerável, no momento em que pode ser alvo de interesse internacional. Segundo levantamento da Economática, seu valor de mercado caiu 46% desde 24 de abril de 2008, um dia antes de a empresa anunciar a compra da Brasil Telecom (BrT). O valor da empresa caiu de R$ 23,3 bilhões para R$ 12,6 bilhões na quarta-feira, mesmo depois da fusão. No mesmo período, o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subiu 0,4%, passando de 64.567 pontos para 64.829 pontos.
Analistas de mercado corroboram a visão de que o preço da Oi está baixo. A Brascan Corretora tem como preço-alvo para as ações preferenciais da Telemar (Oi) R$ 53,73. Ontem, o papel fechou cotado a R$ 28,05. Ou seja, o valor da empresa está 48% abaixo do que seria o seu potencial.
Essa vulnerabilidade explica a reunião feita na semana passada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os controladores da Oi, que pediram blindagem contra pretensões da Portugal Telecom (PT) de participar de seu controle. Outro motivo para a reunião, segundo fontes de mercado, foi garantir uma participação importante no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), abocanhando uma fatia importante dos contratos estatais que serão repassados para a Telebrás.
A Oi não quis comentar o assunto. Seus controladores - Andrade Gutierrez e La Fonte (do empresário Carlos Jereissati) - também preferiram não se pronunciar. Na próxima quarta-feira, uma assembleia de acionistas da Portugal Telecom decidirá sobre a oferta de 6,5 bilhões de euros da Telefónica pela fatia dos portugueses na Vivo. A Oi está sendo apontada como a principal alternativa para a PT continuar no Brasil, caso a venda da Vivo seja consumada. Juntos, Andrade Gutierrez e La Fonte têm somente 38,65% do capital da Telemar Participações, dona da Oi. O restante pertence a fundos de pensão e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.