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Vale suspende atividades em barragem de Minas

Enquanto a disposição de rejeitos em Itabiruçu estiver suspensa, a barragem adotará o protocolo de emergência em Nível 1

 (Adriano Machado/Reuters)

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Publicado em 21 de outubro de 2019 às 18h42.

São Paulo — A mineradora Vale informou que suspendeu temporariamente, a partir desta segunda-feira, a disposição de rejeitos na barragem Itabiruçu, localizada no Complexo de Itabira (MG), enquanto conduz avaliações sobre as características geotécnicas da estrutura.

No mesmo fato relevante em que informou sobre a barragem, a empresa reafirmou seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas de 307-332 milhões de toneladas para 2019, mas, "em função da paralisação de Itabiruçu e pela revisão do seu plano de vendas, espera que estas se situem entre o limite inferior e o centro da faixa".

Até o início do mês, a Vale esperava que as vendas ficassem no centro da faixa do guidance.

Enquanto a disposição de rejeitos em Itabiruçu estiver suspensa, a barragem adotará o protocolo de emergência em Nível 1, de acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), que não requer evacuação da população a jusante, destacou a companhia.

"A decisão de paralisar as atividades dessa barragem derivou de avaliação da própria Vale, acordada com órgãos de fiscalização externos, sobre a necessidade de realizar estudos complementares sobre suas características geotécnicas. Os estudos serão realizados por empresa contratada pela Vale, durante o prazo de 30 dias", ressaltou.

De acordo com a mineradora, a barragem Itabiruçu teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) emitida em 30 de setembro de 2019, que permanece válida.

O impacto na produção devido à paralisação na barragem Itabiruçu, que recebe rejeitos da mina de Conceição, estará limitado a 2019 com cerca de 1,2 milhão de toneladas, "uma vez que o plano de produção de 2020 já previa a paralisação momentânea desta barragem em grande parte de 2020".

Deste modo, continuou a companhia, está mantido o plano de retomada da produção de aproximadamente 50 milhões de toneladas, capacidade ainda paralisada por conta do desastre em Brumadinho (MG), no início do ano.

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