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Vale rejeita temor por maior produção chinesa de minério

A empresa acredita que os custos de produção tendem a crescer no país asiático


	Vale: a empresa pretende reduzir linha de despesas pré-operacionais entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões
 (Divulgação)

Vale: a empresa pretende reduzir linha de despesas pré-operacionais entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 17h27.

Rio - O diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, descarta que o crescimento da produção de minério de ferro na China terá um grande impacto no mercado internacional.

A justificativa dele é que, embora o país esteja elevando o volume produzido em suas minas, o teor do minério chinês é baixo e, com o passar do tempo, os custos de produção tendem a se tornar cada vez mais altos.

Para Martins, as mineradoras chinesas terão dificuldade em lidar com o nível maior de exigências ambientais para a atividade mineradora e a produção deve, no máximo, permanecer no nível atual.

Serra Sul

Até abril, a Vale espera obter todas as licenças necessárias para o desenvolvimento do megaprojeto Serra Sul, no Pará. A previsão é da diretora executiva de RH, Segurança, Sustentabilidade e Energia da mineradora, Vania Somavilla. Os executivos participam nesta quinta-feira de teleconferência para comentar o balanço de 2012 divulgado na noite passada.

Orçado em quase US$ 20 bilhões, o projeto Serra Sul é a principal aposta para o crescimento da companhia nos próximos anos. O presidente da Vale, Murilo Ferreira, tem deixado claro que os holofotes da empresa estão todos virados para o projeto, que terá capacidade para produzir 90 milhões de toneladas. Segundo ele, a companhia está focada em projetos de classe mundial, "que possam maximizar o retorno aos acionistas".

Redução de despesas

A Vale calcula que poderá reduzir entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões sua linha de despesas pré-operacionais neste ano, caso mantenha os projetos dentro do orçamento original, conforme declaração do diretor executivo de Finanças da companhia, Luciano Siani, em teleconferência com analistas. A empresa tenta cortar custos de todos os seus projetos, incluindo os que estão em fase de desenvolvimento.

A maior economia virá do projeto de níquel de Nova Caledônia, na Oceania. O cálculo de Siani é que a redução possa alcança US$ 350 milhões. "Tudo dependerá do sucesso do ramp-up (que vai gerar receitas para esses projetos) especialmente Nova Caledônia e, depois, Salobo."

A expectativa é de que o projeto de cobre de Salobo possa até zerar suas despesas pré-operacionais, o que representaria economia de cerca de US$ 120 milhões. A previsão também leva em conta as paradas das plantas de pelotização de Tubarão I e II e São Luís, considerados não recorrentes. Siani preferiu não fazer projeções para as despesas extraordinárias.

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